segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Eu sou assim

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E depois uma pessoa que admiro demonstra confiança nas minhas capacidades e nem sei o que hei-de fazer com isso.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº285)

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Uso a mesma escova-de-dentes há uns 5 ou 6 meses. Só hoje reparei que tem um botão que a faz vibrar.

Não sei se isto diz mais sobre a minha falta de atenção ou sobre os cuidados que tomo com a minha higiene dental.

Negligente

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Eu sei, eu sei. Não tenho prestado atenção a este blog... Não sei que vos diga. Quando tenho trabalho é porque tenho trabalho, quando não tenho trabalho é porque não estou capaz de escrever.

Amanhã é feriado. Talvez hoje faça uma cura de álcool.

Parvoíce aos Quadradinhos (nº35)

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Tenho-me sentido assim, ultimamente.

domingo, 29 de novembro de 2009

Tente mais uma vez, sopre com fervor

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Ela não sabe assobiar e eu já não sei como lhe posso explicar melhor. Deixo-lhe aqui isto, pode ser que a inspire.

Estereótipos

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Às vezes é bom tentarmos ver em que estereótipo encaixamos. Nem que seja para chegar à conclusão que não encaixamos completamente em nenhum e que continua a não ser desta que nos conseguimos definir.

O site Exactitudes é bom para isso.

Eu situo-me algures entre os Geeks, os Brandies e os Yupsterboys.
E vocês?

Suspeitos do costume

Já no carro depois de sairmos do café, que estava cheio de gente a ver futebol. Nós não ligámos ao jogo e estivemos o tempo todo a falar de coisas sem interesse.

D - Fogo, a miúda da mesa ao lado não parava de olhar para nós.
Eu - Não era só impressão minha, pois não?
D - Não pá, era terrível.
Eu - Até incomoda um gajo. Sempre que eu dizia "mulheres" a gaja olhava.
D - E não só. Estávamos a falar de literatura e ela olhava com uma cara...
Eu - Yah. Do género "Estes gajos caíram d'aonde?".

É sempre assim.

Há gajos com uma lata...

No café com o D

Eu - Vá esta pago eu.
Dono do café - Diga.
Eu - Para mim é um Moscatel.
D - Olhe, para mim também.

D - Isto parece que tem assim um certo travo a champanhe...
Eu - Não acredito, nunca tinhas provado Moscatel?
D - Eu não. Só pedi porque tu também pediste.
Eu - Quer dizer então que eu podia ter pedido a pior zurrapa à face da Terra que tu pedias o mesmo?
D - Quero lá saber. Eras tu a pagar.

sábado, 28 de novembro de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº284)

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Ando a pensar meter nas minhas orelhas daqueles cartões que se vêem pendurados nas portas dos hotéis e que dizem Do not disturb.

Digo nas orelhas porque o cérebro não tem protuberâncias para pendurar seja o que for.
E sim, isto foi uma metáfora. Ofereço uma cigarrilha a quem perceber o significado, porque eu próprio ainda não cheguei lá.

Fucked in the head

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Faz semanas que ando viciado nisto.

Comecei a escrever mas

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não consegui acabar. Acho que ando uma daquelas fases.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº282)

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Sempre que ouço o meu iPod na rua, dou por mim a andar ao compasso das batidas.

Alors, allez-y, venez danser

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Vivo com a distinta sensação de que, quando morrer, haverá pelo menos uma mulher a beber champanhe e a dançar na minha campa.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Lista de pedidos para o Pai Natal

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Querido Pai Natal. Sei que falta um mês, mas é melhor pedir já estas coisas. Não vás ficar apanhado nas compras de Natal de última hora em que é tudo uma confusão.

  1. Quero paz no mundo e todas essas coisas que eu sei que são impossíveis mas que peço à mesma nem que seja porque até parece mal não o fazer.
  2. Quero que os condutores passem a fazer piscas nas rotundas. E sê simpático que este ano eu já nem peço que seja sempre, só nas rotundas.
  3. Quero que a Mariana faça um desenho com a frase "Tenho o teu sémen no meu umbigo". Porquê? Porque acho a frase gira.
  4. Quero uma guitarra eléctrica nova. Uma Gibson. E também quero um Ukelele. E um banjo. Olha, um afinador novo também era bom, já agora. E o afamado piano de brincar que nunca consegui encontrar.
  5. Quero que Ela me dê um feliz natal em privado, várias vezes, durante várias horas.
  6. Quero poder beber muitos copos com os meus amigos mais próximos.
  7. Quero que toda a comunidade blogger aprenda a escrever. E é segundo as normas anteriores ao novo acordo ortográfico, porra.
  8. Quero que o Paulo Portas contraia herpes genital e se torne público, obrigando-o a ter de explicar a situação.
  9. Quero também uma garrafa de whisky do bom.
  10. Já agora, e por fim, quero também que isto do Natal pare de ser uma época tão capitalista e consumista. Mas só depois de me satisfazeres os 9 pedidos anteriores.

Morpheuridone

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Gostava de poder matar fisicamente os sonhos que tenho enquanto durmo. Ou de pelo menos lhes dar uns antipsicóticos.

Mama?

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Tenho uma regra geral para este blog. Se algo me faz rir mais do que uma vez, coloco aqui. Nem que seja para balançar a habitual tristeza que aqui transcorre. É o caso deste vídeo.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº281)

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8 horas de trabalho, 15 minutos de almoço. Foda-se!

Uma simples experiência

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Twilight, Crepúsculo, Robert Pattinson, despido, nu.

Querem ver o número de visitas neste blog disparar que nem um foguetão?



Actualização: Porra, não deu certo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº280)

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Hoje, para poupar tempo, decidi escovar os dentes enquanto defecava.

Foi uma experiência menos épica do que aquilo que estava à espera.

It's somebody's birthday today

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A K faz anos. Parabéns, K!

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº279)

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Eu geralmente sou um gajo pacifista. Mas há alturas em que ouço merdas que me deixam...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº278)

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Vou-vos colocar uma questão hipotética.

Imaginem uma pessoa em que todos os dias mandam vir com ela no local de trabalho por causa da roupa que usa. Imaginem agora que um dia, poderia até ter sido hoje, levava para o trabalho a sua roupa mais crescida e em melhores condições, e mesmo assim ao chegar lá ouve pela centésima vez que continua a não estar devidamente apresentável.

Exactamente, que diz isso sobre dita pessoa em questão?

Googlices (nº17)

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"tenho o carro riscado" - Olha, não o deves ter mais riscado que eu.

"OS MAIRE CARALHOS DO MUNDO" - Em primeiro lugar, tens de aprender a escrever como deve ser... ou isso era tudo entusiasmo? Em segundo, tens de aprender a escrever sem ser tudo em maiúsculas... ou era também o entusiasmo? Em terceiro, para que queres tu ver isso, hein?

"meu amigo faz anos hoje" - Dá-lhe os meus parabéns, então. E já agora vê se me consegues roubar uma fatia de bolo de anos.

"é que ando um bocado farto disto" - Foda-se, também eu.

"qual o efeito que os rebuçados de mentol faz na ercção do homem" - Depende... se meter os rebuçados directamente na erecção, refresca-lhe o pénis... Digo eu.

"hoje pareço um zombie" - Andas-me a roubar o look.

"homens ratos cobardia" - Eu se visse homens-rato também me acobardava.

"a minha vida é um tédio" - Arranja um passatempo, pá...

"moças quentes" - Não é época disso, parece-me. Todas as que conheço andam cheias de frio.

"pesquisa a gala e a galinha" - Há pesquisas do google que me dão vontade de conversar com as pessoas que as fizeram só para perceber o que raios está por trás delas.

Pensamentos Divergentes (nº117)

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que força é essa dentro de ti
que é a tua maior fraqueza
que se alimenta de incerteza
e te faz duvidar

não lhe consegues dar um nome
porque ninguém a nomeou
e mesmo assim ela te consome
e te rouba a identidade

não tomes mais dessa mágoa
de nunca ninguém saber exactamente
quem tu és realmente
pois o que é real afinal

Everything you do I can do better

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Alguém sabe se há alguns comprimidos que se possam tomar para aumentar a auto-estima?
É que acho que até me davam jeito e esta música já não faz o efeito que fazia.

Hein?

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Eu - Eu não percebo o que é que esta gente vem fazer ao meu blog.
Ela - Ora, o teu blog é uma goluseima.
Eu - Hein?
Ela - Sim. Ver o teu blog é a primeira coisa que faço ao ligar a net depois de verificar os meus mails.
Eu - Sim, mas isso és tu.
Ela - Ora. O teu blog tem sempre qualquer coisa: partilhas pensamentos e sentimentos, falas de coisas interessantes, e costuma ter um pouco de humor.
Eu - ...

Pensei em mandá-la à merda mas achei que seria despropositado.

domingo, 22 de novembro de 2009

Flashbacks de Conversas Passadas (nº16)

Há 8 ou 9 anos atrás

Alguém - Esta música lembra-me de ti.
Eu - Porquê?
Alguém - Sei lá, tem a ver.

Parvoíce aos Quadradinhos (nº34)

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Por vezes sinto-me completamente impotente, mas depois lembro-me que não o sou onde verdadeiramente conta.

Foda-se! (nº25)

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No Público Online, no artigo sobre terem arquivado as escutas de José Sócrates, li o seguinte comentário de um leitor:

"Agora começo a entender a razão de Salazar ter uns tantos "Socialistas" nos calabouços. Libertaram-se e o esgoto rebentou... é por isso que o país cheira mal que tresanda !"


Esta é uma das razões pelas quais eu bebo.

sábado, 21 de novembro de 2009

Pensamentos Divergentes (nº116)

Sintonizem todas as estações
em todos os canais
Não larguem as televisões
e tudo o que houver mais

A notícia não saiu em nenhum óbito
muito menos nos jornais
Não foi gritado ao infinito
nem lido nos subtis sinais.

Não houve um piu assim que amanheceu
e toda a noite esteve calada
A verdade é que o nosso amor morreu
e ninguém deu por nada.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº277)

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O que me fazia mesmo bem agora era estar a dar um concerto com uma banda pseudo-punk.

I can feel it coming

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Estava capaz de pagar umas cervejas a estes gajos só por me terem animado um bocadinho à conta disto.

In a frozen ground


O Inverno é cruel. Há qualquer coisa no Inverno que me deixa terrivelmente melancólico.
Parece que tudo se arrasta. Talvez seja porque a miséria, como a chuva, ensopa tudo tornando-o mais pesado.

Pausa de sono

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Ando um bocado farto das pessoas e do mundo. Pensei que depois de um intervalinho a dormir acordava e tava melhor, mas não.

Por muito que durma, o mundo continua um chato.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº276)

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As 24 horas de um dia não me chegam para nada, foda-se.

Vem aí o Natal, pelos vistos

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Eu não consigo evitar rir sempre que vejo isto.

Dependências

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A dependência é sabermos que a droga, seja qual for a droga, nos faz mal. Sabermos que a droga inequivocamente nos faz mal, sabermos que a droga inevitavelmente nos faz mal, sabermos que a droga inegavelmente nos faz mal.

E mesmo assim ter vontade de a tomar.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A culpa é minha

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Admito que a culpa é minha. A culpa é minha porque sou eu que acredito que a tristeza é algo extremamente belo. E por isso a depressão e a dor atraem-me como os braços de uma amante nua.

E por isso só estou contente quando não o estou. E é por isso que sou como sou.

E é por isso que um dia destes o meu coração já não aguenta mais.

Deliver us from evil and carry your own cross

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Borrei-me todo ao ver isto. Mas no bom sentido.

Emancipação Andrógena

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A verdade é que a nossa sociedade trata muito mal as mulheres. Pelo menos em questões sexuais.

Forçamos-lhes a ideia de que o sexo é algo mau, perigoso, que tem de ser sempre acompanhado por amor senão torna-se sujo e vergonhoso. É curioso que diz-se da virgindade que ela se "perde" como se se tratasse de uma perda irrecuperável, a morte da bela inocência. Só para as mulheres claro, homem virgem é maricas.
É que com os homens a acção sexual é perfeitamente natural. Temos um duplo padrão ao qual eu admito já ter sucumbido mais que uma vez.

Pura e simplesmente, por um prima moral, não é permitido às mulheres que sejam algo que não um ser assexuado. Tudo tem de girar à volta do amor, esse objecto idolatrado que disfarça a acção em si. Porque, sejamos honestos, sexo é uma coisa e amor é outra e são raras as vezes em que realmente cruzam em oposição às ocasiões em que não se cruzam.
Por isso também nos damos muito a eufemismos para mascarar a terrível verdade humana do sexo feminino. Do homem diz-se que está "excitado", da mulher que está "carente". Do homem diz-se que "quer foder" aquela mulher, da mulher que "acha o homem atraente". Do homem que "quer levá-la para a cama", da mulher que "está apaixonada".

E eu não censuro as mulheres por tentarem enganar o mundo todo, fazendo de conta que não têm impulsos animais exactamente iguais aos dos homens. É que vai a saber-se a verdade em relação a alguma e cai-lhe o mundo em cima. As mulheres compatriotas acabam por dizer mal dela e ostracizá-la para encobrir as suas próprias inseguranças, e os homens por alguma estúpida razão (ou pela falta dela) acabam por perder-lhe o respeito partilhando pormenores insidiosos, frequentemente falsos, com quem se dispuser a ouvir.
Uma mulher que seja capaz de ter relações sexuais ocasionais, sem problemas, é uma oferecida e uma puta desavergonhada. Um homem que faça o mesmo... tem simplesmente uma pila entre as pernas. (Claro que tudo depende do nível de maturidade e da forma como as pessoas encaram o sexo em si, mas isso fica para outro texto.)

Não posso ser só eu a achar isto ridículo.

Por isso faço-vos uma proposta. Vamos tentar acabar com isto, está bem? Acho que o mundo já teve mais que a sua parte de gerações sexualmente inibidas e opressoras. É assim tão difícil aprendermos a respeitar-nos a nós próprios e ao outro e deixar o acto sexual ser apenas a partilha de um momento de prazer no qual duas pessoas estão o mais fisicamente ligadas possível? Que as mulheres têm desejos sexuais iguais aos dos homens e que os homens têm sentimentos iguais aos das mulheres?
Bem que podiamos fazer um esforço, nem que seja para que os nossos filhos não saiam tão complexados como nós.

Eu, para ser sincero, acho que nos falta a maturidade para isso... mas porra, tentar não custa nada.
Ou melhor, custa. Mas custa menos que a alternativa.

Nothing is pure anymore but solitude

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Hoje dei por mim a tocar isto numa guitarra. A verdade é que me tenho sentido um pouco assim... nos últimos 10 anos.

Conversa Parva (nº19)

Só para contextualizar, o G é um grande fã de Harry Potter. Tanto que às vezes até me chateia. Isso e eu gosto de às vezes falar inglês com os meus amigos, não me perguntem porquê. De qualquer forma, estava a dar-lhe uns pequenos murros só para me meter com ele

Eu - Faggot!
G - I'm not a faggot!
Eu - Yes you are!
G - Ow! That hurt!
Eu - Aaaw, poor little faggot. If I ever write a children's book it will be called The Marvelous Adventures of Poor Little Faggot and it will be about a boy who's just like you.

No carro, a dar-lhe boleia para casa

Eu - Ok, let's think about the titles of the books... The first Harry Potter one is Harry Potter and the Sorceror's Stone, right?
G - Yeah...
Eu - So this is a basic one, I'll just call mine Poor Little Faggot and the Sorceror's Stones.
G - Ok.
Eu - Next is Chamber of Secrets. Uh... Poor Little Faggot and the Anus of Secrets?

(...)

Eu - Third one, Prisioner of Azkaban. Oh, this one's easy. Poor Little Faggot and the Prisioner of Ass-kaban. Which totally sounds like the title of a gay porno.
G - Haha.
Eu - Next is the Goblet of Fire, right?
G - Yeah.
Eu - Ok, Poor Little Faggot and the Gobbling of Dicks.
G - I thought you would say something more like The Dick of Fire.
Eu - Well... yeah, it could be. If the book was about STD's - Sexually Transmited Diseases.

(...)

Eu - Ok, what comes next?
G - The Order of the Phoenix
Eu - Poor Little Faggot and the Order of Fucking, I don't know. Next.
G - Hmm... The Half-Blood Prince. That one's harder.
Eu - Yeah... Oh! Poor Little Faggot and the Half-Male Prince.
G - Good one!
Eu - And finally is...
G - The Deathy Hallows.
Eu - Oh, fuck... uh... Ah! Classic! Poor Little Faggot and the Deathly Swallows.
G - Ahahaha.


Sim, tenho consciência de que provavelmente sou o gajo mais anormal à face da terra.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº275)

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Eu juro-vos que, ao fim de tantos anos, deixei de conseguir perceber se sou eu que me explico mal ou se são os outros que simplesmente não me compreendem.


P.S. - E ao fim de tantos anos ainda não aprendi a ficar só calado? Foda-se.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Inércia

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Admito, esta manhã não fui trabalhar. Acordei com o despertador a horas, tudo nos conformes. Não me sentia doente nem nada, simplesmente não consegui arranjar forças para enfrentar o mundo lá fora.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº274)

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Hoje é o Dia Nacional do Não Fumador.

Bolas, toda a gente tem um dia especial menos eu.

Oh...

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A K sugeriu que eu sou parecido ao gajo/gaja deste vídeo. Além dos óculos não lhe vejo grande semelhança, mas posso estar errado.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pensamentos Divergentes (nº115)

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Olhamo-nos olhos nos olhos, mas não nos vemos uns aos outros. Procuramos o nosso próprio reflexo em escassos milímetros de escuridão circunscrita pela íris.
São tudo mentiras. Rebentamos sonhos para ver cores de um confetti de luz - as coisas mais belas são aquelas mais fáceis de destruir. A virgindade, não a de corpo, mas a virgindade da alma. Essa lâmina que dia após dia perde um pouco mais da certeza do gume.

Dói-me a língua. Tenho o corpo fraco. Tenho feridas nas mãos - umas de lutar, outras de amar, outras de acidente... Todas de escrever.

Minto. Sei bem que minto. Eu já só sei mentir.

Little boy in blue

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Por muito que nos tentemos mudar a nós próprios há coisas que nunca mudam, há coisas que nunca mudam, há coisas que nunca mudam, anos passam e há coisas que nunca mudam, há coisas que nunca mudam e eu sou fraco, tão fraco.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº273)

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A sorte do meu fígado é eu já não ter whisky em casa que eu hoje dava já cabo desta merda toda.

'Dass.

domingo, 15 de novembro de 2009

Mais vale tarde que nunca

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Aos 23 anos de idade ando a aprender a ser pessoa.

Kick-Ass


Deixem-me explicar-vos uma coisa. O Mark Millar é um visionário da banda-desenhada.

Foi ele que escreveu o Kick-Ass que é a sua última BD a ser adaptada para o grande ecrã depois de Hollywood sodomizar o Wanted e tudo o que ele representava (nem o corpo nu da Angelina Jolie visto de costas chegou para acalmar a fúria com que saí da sala de cinema).

Já o Kick-Ass, felizmente, parece ter hipóteses de não ser uma grande merda, nem que seja por terem mantido a maioria dos elementos originais, bem como a profunda violência gráfica que caracteriza a BD. Seja como for, estou entusiasmado com esta adaptação que parece estar a ser muito mais fiel ao material original.

Parvoíce aos Quadradinhos (nº33)

Achei esta cena tão mas tão estúpida que não consegui conter uma gargalhada. Nem consigo decidir qual destas coisas tem mais piada:

  1. Uma versão feminina do Rambo ter medo de ratos só pelo facto de que é uma mulher e todas as mulheres têm medo de ratos;
  2. A luta colossal em que a mulher entra para não cair num truque extremamente óbvio, como se o próprio desenho da mulher estivesse a lutar contra as vontades chauvinistas do escritor;
  3. Na altura isto ter sido feito com toda a seriedade.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº272)

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Uma vez em cada lua-cheia penso que poderia deixar-me desta treta de me tentar manter incógnito no blog, mas depois vejo que é melhor não, é melhor não.

Það besta sem Guð hefur skapað er nýr dagur

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Para todos aqueles que andam a dizer que a homossexualidade é uma aberração.

Conversa Conjugal (nº33)

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Ela - ... Mas as pessoas são sempre egoistas. Mesmo quando fazem algo pelos outros é sempre com um motivo egoísta, porque no fim de contas isso as faz sentir melhor. Mesmo tu. Não é isso que tu sempre disseste? E eu começo a achar que tu tens razão.
Eu - Sim. Mas eu não quero que tu sejas como eu. Nunca quis.
Ela - Eu nunca seria capaz de ser como tu.

sábado, 14 de novembro de 2009

Pensamentos Divergentes (nº114)

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Sonho com o dia em que já não tenha mais nada a dizer
- mais nada a ouvir -

tudo é claro e desnecessário,
a conversa só serve para nos enrolarmos
- a nós e aos outros -
nas nossas teias de confusão.

(são hábitos antigos, antiquíssimos, antiquados)

Põe a minha mão no teu peito.
O resto são só palavras.

Conversa Parva (nº18)

De conversa com o G depois de o ir apanhar ao aeroporto

G - ... Afinal de contas estive em Berlim, a capital do sexo.
Eu - A capital do sexo é onde eu estiver, pá.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Nem tudo nem nada

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Amar implica esquecermo-nos de nós. Sermos capazes de nos largar a nós. Ter a capacidade de por meros instantes viver sem os nossos problemas, as nossas fragilidades e preconceitos. É sempre nos pequenos instantes que encontramos as melhores coisas; Deus existe entre milésimas de segundo.

E não me convenço que o amor não poderá afinal de contas ser uma perturbação psicológica momentânea. Uma obsessão cleptomaníaca que nos impõe a vontade irresistível de consumir uma pessoa por inteiro. Algo ainda mais destrutivo que o homicídio.

Claro que ninguém consegue ser sempre assim, mas como eu já aqui disse ninguém ama a tempo inteiro.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº271)

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Queria fazer arroz para o meu jantar.
Usei um pacote velho que tinha em casa.
Alguns dos bagos de arroz eram larvas e não bagos de arroz.

Nunca mais me posso esquecer de ver da validade das coisas, porra.

Foda-se parem de meter o vosso bedelho onde não é chamado, porra!

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A eutanásia "traduz a falta de empenho de uma sociedade em procurar meios que permitam viver dignamente todas as fases da existência humana", considera a Conferência Episcopal Portuguesa.

In Público

Foda-se! (nº24)

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Depois do almoço, a caminho do trabalho, vi uma rapariga a mexer no telemóvel enquanto conduzia a sua scooter.

O medo que tive foi quase que equiparado pelo espanto que senti por tal proeza.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº270)

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Há dias em que acordo relativamente bem disposto, mas depois abro os olhos, olho para o mundo e penso "Foda-se, acordei para isto?".

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Leitor de blogs obsessivo-compulsivo

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Porque é que eu não consigo gostar de um blog quando a única coisa que tem de mal é estar infestado de constantes erros ortográficos que me fazem ranger os dentes?

Arg.

Os meus pensamentos ao entrar no chuveiro esta manhã

Foi tal e qual assim:

Estalaste os joelhos. Os dois. Antes não costumavas estalar. Foda-se. Sabes o que é? Já não és tão novo como eras. E há quantos anos não fazes exercício regularmente? Tinhas-te prometido a ti próprio que agora ias recomeçar, tentar ser um pouco mais saudável, mas nunca encontras tempo não é? O único exercício que fazes agora é durante o coito (se calhar devia sugerir-lhe a Ela que uma rapidinha por dia dá mais saúde e alegria que uma maçã - essa conversa havia de correr bem, havia). Mas tu também nunca ligaste muito a exercício físico. Nasceste com defeito de fabrico, desde pequeno que te habituaste ao pensamento de que nunca terias jeito ou futuro em desporto (porque é que às vezes me trato por Tu nos meus próprios pensamentos?). Depois não eras popular nem particularmente bonito, desinvestiste em tudo o que fosse relativo à aparência e concentraste-te em coisas da mente, querias compensar todas as tuas falhas biológicas, tornar-te mais inteligente e compreender tudo e todos. Tem resultado bem, isso? Merda, tens é de parar de te psicoanalisar durante o duche, vais chegar atrasado ao trabalho.


E cheguei.

They think I know shit, but that's just it

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Tudo o que uma mulher alguma vez precisa de saber sobre mim.

Conversa Parva (nº17)

Ontem, na pausa do trabalho, dois colegas meus falavam de futebol

Eu - Vocês são é paneleiros.
Colega1 - Então?
Eu - As mulheres falam só dos actores giros, vocês falam só dos jogadores de futebol, seja como for toda a gente só fala é de homens. Logo, paneleiros.
Colega2 - Não porque nós estamos a falar do futebol em si, não de jogadores de futebol.
Eu - Deixa-te de merdas, nunca te ouvi a falar de jogos de futebol feminino.
Colega2 - Pois não.
Eu - Paneleiros.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Salvem-me, Hades existe e eu estou preso nele

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Quase todos os dias me queixo

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mas depois há dias como este em que gosto imenso daquilo que faço e sinto que tomei as decisões acertadas em relação à minha vida profissional.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº269)

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"Se alguém escrevesse um blog sobre a quantidade de coisas que não sabe, o resultado era este blog."

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº268)

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Arrependo-me de 1/3 do que aqui escrevo e de 2/3 do que aqui não escrevo.

Entretanto isto dá 100% de qualquer coisa, mas não sei do quê.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O meu estado de espírito

No MSN, ainda agora

D - Hey
Eu - Hoy!
D - Um livro, ã?
Eu - I don't know, fuck.
Eu - Queria escrever algo mais cómico em forma de história, para coisas tristes chega-me a poesia e os escritinhos à socapa que nem adolescentes a fornicar às escondidas dos pais
Eu - Preciso de algum equilíbrio Ying Yang senão ainda me fodo.
D - Mas quê, tipo BD?
Eu (perdoem a confusão de palavras, mas lembrem-se que estou alcoolizado e que isto é no MSN, isto só está assim tão bonito porque eu faço questão de "traduzir" um pouco para algo mais reconhecível como língua portuguesa) - Não, queria mesmo algo escrito nem que seja para treinar a escrita no mínimo
Eu - Escrevi um parágrafo e parei.
Eu - It's soooooooooooooooooooooooo bad
Eu - Really, I swear, it kinda sucks ass.


Blá blá blá, apoio moral, blá blá blá.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº267)

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Ok, a minha experiência foi um falhanço absoluto. Perco a concentração necessária para escrever coisas desenvolvidas.

O R lembrou-se que me devia dinheiro e eu aí lembrei do Big Lebowski e agora vou ver o filme pela milésima vez enquanto bebo umas cervejas.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº266)

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Estou a alcoolizar-me de propósito mas não é porque tenho um problema com a bebida, é porque hoje tenho tempo para escrever e quero fazer umas experiências literárias enquanto embriagado.

Nomeadamente, quero ver se consigo ter mais piada.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº265)

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Estava aqui a pensar se a razão pela qual a maioria dos católicos são contra o casamento entre homossexuais, com toda a conversa sobre considerarem isso uma "tentativa de desestruturar a sociedade portuguesa", pois a vida humana deve assentar na "complementaridade do homem e da mulher", é porque no fundo lhes faz confusão a forma como aquele casamento haveria de funcionar.

É que assim das duas uma: ou na relação não há uma mulher para ser oprimida, ou então não há um homem para ser opressor.

Admito que é, de facto, confuso e pouco habitual.

Holy Fuchs!!!

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Jerry Fuchs, o baterista de uma das minhas bandas favoritas - os !!! (Chk Chk Chk) - morreu hoje... ao saltar de um elevador que tinha ficado preso.

Foi uma morte um bocado estúpida, mas não se pode dizer que não tenha morrido da mesma forma que viveu. A verdade é que sou egoísta e fico contente por pelo menos tê-lo visto ao vivo uma vez num concerto espetacular.

Não digo RIP (Rest In Peace), mas antes RIFG (Rest In Fucking Glory).


P.S. - Mudei a música porque o significado se adequava mil vezes mais. É verdade que todos os meus heróis são extremamente bizarros, incluindo o pessoal dos !!!.

Pela 7ª vez este ano

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e pela 382ª vez na minha vida, estou a pensar escrever um livro ou assim.

A diferença é que desta vez não sei bem sobre o quê.

Purgação

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Esta foi a forma que a minha geração encontrou de purgar os seus demónios. É um ritual como qualquer outro.

Eu, de vez em quando, escrevo para tal efeito. Outras vezes desenho.
Sempre sai mais barato.

Ich Bin Ein Berliner

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Faz hoje 20 anos que caiu o muro de Berlim.

É só isso, não tenho mais nada a dizer. Era muito novo para me recordar bem do evento, mesmo que me tivesse interessado na altura. Mas acho que foi uma coisa bonita e hoje sou capaz de ver o Goodbye Lenin pela 5ª ou 6ª vez só por piada.

Ah, e isto também.

domingo, 8 de novembro de 2009

Hell hath no fury

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A próxima vez que um gajo me chatear sobre o porquê de eu não dar umas facadinhas nas minhas relações, mostro-lhe este vídeo para ele saber do que uma mulher é capaz.

Enxague de seguida, repita se desejar

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Partiu-se em dois à minha frente, como se nada fosse. Assim, casualmente, como quem acende um cigarro.

Déjà vu. Esta história já eu a conheço.

Partiu-se em dois o seu coração, que coisa mais banal. Até parece mal repetir o cliché. Olhou-me nos olhos para me mostrar o que eu já sabia - nada tem volta atrás, a partir deste momento tudo será diferente.

Merda. Odeio quando isto acontece. Esta distinta sensação de ter acabado de passar a saída correcta na auto-estrada.


Fechei o estor, desliguei as luzes. Não está ninguém em casa.

Lábios pegajosos

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O problema é conhecermo-nos melhor com cada dia que passa.

Ficamos a saber como a humanidade é podre porque vemos a nossa própria podridão. Conseguimos perceber e detectar em nós cada acto egoísta, cada movimento lascivo, cada motivação mesquinha. Descobrimos, no fundo, que somos patéticos sob qualquer tipo de escrutínio. Compreendemos também que não somos os únicos, que as nossas acções são espelhos das acções dos outros. Vemos tudo o que há de feio nos outros e em nós.
Os melhores momentos, os momentos de luz, são aqueles em que deixamos tudo fluir através de nós. Sem filtro, sem análise, sem consciência. Uma fotografia desfocada daquela vez na feira, ao pé do algodão doce.

Mas não estou completamente certo que esta seja a verdade.

É que quanto mais provamos de um copo, mais vazio ele fica.

You're on your way to Berlin

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Para o G, que vai hoje para Berlim.



Kick it up!

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº264)

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Adoro estar bêbedo, adoro estar bêbedo, adoro estar bêbedo, adoro estar bêbedo, adoro estar bêbedo, adoro estar bêbedo, adoro estar bêbedo, adoro estar bêbedo, adoro estar bêbedo.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº263)

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Dói-me o umbigo, não sei porquê.

sábado, 7 de novembro de 2009

But what did you expect?

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Hoje fazia-me falta caminhar sozinho à beira de um mar ou de um rio.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº262)

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"Faltam-me amigas lésbicas com quem possa falar sobre mulheres."

Sou de pedra, tenho poros

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Conheço cada vez melhor esta sensação. Sinto-me cansado, uma fatiga de sono a flutuar-me das pálpebras à nuca e um peso a alongar-me a gravidade do corpo.
Fico aqui petrificado, sem me mover. Num estupor reflexivo que me cobre como um manto de inércia aparentemente impossível de quebrar.

Já passaram pelo menos 300 anos desde que comecei a escrever isto. E quando chegar ao fim desta frase já terei perdido a conta aos milénios intercalados nas teclas do computador.

Devia-me ir deitar, devia-me ir deitar, devia-me ir deitar quantas ondas de inexactidão já me molharam os pés neste preciso momento?
Dói-me a garganta de prender as palavras que não sei dizer.

Tenho a alma a marinar.

Pensamentos Divergentes (nº113)

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no bairro do meu olhar
nenhuma rua tem um só nome
mas nenhum nasce da minha boca

meu amor, se pudesses não me deixar morrer
antes do conquistar
de todos os infinitos impossíveis
ainda assim a amargura custaria a sarar

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Há mini-saias que não viram só cabeças...

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Juro que não percebo. Eu se tivesse uma rapariga gira com aquela mini-mini-mini-saia a passear-se na minha universidade, ficava mas'é quieto e caladinho a observar-lhe as pernas o mais sorrateiramente possível.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº261)

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Trabalhar é ter planos combinados com pessoas e ter de desmarcar tudo por telefone porque "surgiu um imprevisto no trabalho" e temos de fazer mais horas do que aquilo que esperávamos.

With communication we can achieve peace, unity and understanding

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Tenho de me lembrar de ser mais paz e amor todos os dias. Vou manter esta música na cabeça.



P.S. - E juro que é coincidência este vídeo vir no dia seguinte a eu referir o casamento entre homossexuais. Juro mesmo.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº260)

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Se existir um Além e se existir um Inferno, estou certo de que o caminho para lá somos nós que o fazemos de carro, numa estrada sempre em traço contínuo, atrás de um gajo que não sabe fazer piscas e cuja velocidade máximo são 30km/h.

'Dass.

Pensamentos Divergentes (nº112)

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Bebe do meu ardor.
Digo-te que és bonita
[que tens bom cheiro]
mas o que quero mesmo
é conhecer-te as dobras do interior

E se a pele rasga [melhor que o vestido]
[e pior ainda] se o grito dói ao ouvido

não chores meu amor,
isso já passa

[eu penso no sabor,
tu pensa no depois]
e se o punhal arrasta
é para a paixão escorrer melhor


encharquemos os lençóis a dois.

Pensamentos Divergentes (nº111)

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Quero fazer minhas as suas palavras
quero consumi-las em segredo
e nunca as mostrar a ninguém

Faz mais frio cá dentro do que lá fora.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Bloqueio de não escritor

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Pior do que não conseguir escrever, é só não conseguir escrever por causa de um barulho cacarejante e intermitente que nos assombra às gotinhas a inspiração.

Quero viver numa casa com isolamento acústico.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº259)

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Se um homem pudesse receber sexo oral sempre que quisesse não existiriam guerras, exploração, violência, indústria, tecnologia, arte, cultura... de facto não existiria raça humana de todo por falta de reprodução, pois ninguém salta em direcção ao bolo de chocolate quando tem ao lado uma fonte infinita de M&M's cobertos de heroína.

On a reupholstered bed of nails

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Já alguma vez sentiram que andavam a lutar para poderem manter uma parte de vocês, a parte mais brilhante?

Gostava de poder ter a liberdade de ser eu mais vezes, sem ter medo dos outros me acharem excêntrico ou desajustado.

Pelo menos tenho um quarto onde posso barricar as minhas criancices e insanidades.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº258)

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"Se as pessoas soubessem a quantidade de coisas que penso sobre elas quando as tenho à minha frente, aí é que ninguém me conseguiria suportar de todo."

Sou um gajo liberal, pronto

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Admito-o. E embora não me identifique completamente com partido algum, devo também admitir que se for absolutamente necessário catalogar os meus ideias, estes serão mais de esquerda.

Por isso fiquei contente com esta decisão do governo sobre não se fazer o referendo ao casamento entre homossexuais e passarmos directos à acção, embora tenha as minhas dúvidas sobre a proposta vir a ser aprovada.


P.S. - Com isto aguardo também, impacientemente, o retorno das insinuações homofóbicas de que o Primeiro Ministro é um paneleiro.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pensamentos Divergentes (nº110)

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No teu coração

qualquer barco flutua

há um lar em cada rua

e toda a boca é tua

If it's broken, they'll try to fix it

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Gostava que esta música tivesse sido feita para mim. Bem que podia.

Considero-me um homem de ciência

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E portanto orgulho-me de ser um céptico. Há algo de masturbatório no pensar que a nós "ninguém nos passa a perna". É essa a realidade, não há como a evitar.
Outros como eu dirão ter pena daqueles que se deixam enrolar em artimanhas sem nexo, tapando a vista para o mundo de forma a sentirem-se mais aconchegados por dentro. Mas a verdade é que a esses outros como eu também lhes agrada serem incrédulos como forma de afagar um ego que bem precisa de ser mimado. É que a esses não há esoterismo para lhes dar conforto.
Nem sempre fui assim, acho que foi algo que aprendi com o tempo. Lembro-me de ver mais magia no mundo, e esta forma de ser pesa muito. Mas não sei se a trocava por outra, mesmo que pudesse.

Não ser capaz de suspender a incredibilidade não é uma qualidade, é um defeito incapacitante.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Estou cansado

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Estou cansado a nível físico e não só. E acho que estou a ficar doente.

Merda. Vou-me ali enrolar na cama.

nocturnoctomia

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Já não sabias o que era ter o frio a correr-te pelo corpo.
É a única coisa que te vai mantendo em pé, deixaste de saber ler os ponteiros. E vais aturando aquele tempo lânguido que não se mata nem se deixa matar; fica ali a definhar indefinidamente como uma baleia que fica presa na costa a uivar sibilosamente.
E cada vez que isso acontece pensas que nem um estúpido De onde conheço eu esta baleia, hein?

Tentas prender o bocejo com as mãos mas ele foge-te por entre os nós dos dedos
(É só mais uma coisa que te foge por entre os nós dos dedos, não é? A vida é um bocejo, bem te dizia alguém que nunca existiu).
Entretanto queres construir Roma num dia, tentas agradar gregos e troianos, e rezas para que os persas não te batam à porta a pedir indemnizações de carne como o Shylock.

É só mais um dia, amanhã vem outro e por aí adiante.

domingo, 1 de novembro de 2009

Em relação a ontem e um pouco sobre hoje

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Devia estar muito bem disfarçado. A cadela da minha namorada estava cheia de medo e escondeu-se debaixo da mesa da cozinha a tremer durante meia-hora. E olhem que ela adora-me e costuma saltar-me para cima sempre que entro pela porta.

A tal bebida chamada Ectoplasma era na verdade deliciosa. Sou bem capaz de a fazer mais vezes.

Vimos o Planet Terror (o melhor filme de sempre) e um pouco também do The Rocky Horror Picture Show e do Young Frankenstein.

Enfim, se me sentir generoso sou capaz de por aqui uma ou outra fotografia... ou não.


Quanto a hoje... Ela faz anos à meia-noite. Vai mais uma jantarada.

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