sábado, 31 de outubro de 2009

Everyone hail to the pumpkin song

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A verdade é que eu amo o Halloween.
Tenho montes de coisas preparadas para hoje. Até aprendi a fazer uma bebida chamada Ectoplasm.

Como tal, já fazia cá falta esta música que já se tornou cliché.

As mulheres sempre foram assim

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e vão ser sempre assim.

Como é dia das bruxas

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Hoje à noite vamos fazer uma maratona de filmes de terror estúpidos - retirados da minha videoteca, claro.

Acabei de decidir que vou mascarado de Niilismo. Não consegui pensar em nada mais assustador.

Pensamentos Divergentes (nº109)

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E os teus lábios

Os teus lábios eram negros como amoras podres de sofrimento

e sabiam a morte eminente

a minha.

Sempre quis ver isto e não sabia

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Eu como não percebo alemão, não sei se isto é criatividade ou se é só alguém a tentar lixar os gajos da liga da protecção dos animais

Googlices (nº16)

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"o que significa essa palavra erm portugues hey.watsup?" - Bem, se quiseres uma tradução literal será "Ei, que se passa?" mas em género de comprimento a tradução seria mais do tipo "Ei, tudo bem?". Esclarecido(a)?

"pensamentos dos traseuntes" - A mim pode-me tratar por peão, se faz favor, que eu não o conheço de lado nenhum.

"ses de natal" - Devia começar a pensar nuns, devia.

"o que fazer quando levamos uma tampa do nosso namorado?" - Simples. Arranjas um melhor. Não percebo qual é o teu problema.

"meu branquelo preferido" - Eu? A sério? 'Dass, mau gosto.

"o que é sonhar com um amigo sendo internado" - Eu diria optimismo, dependendo do amigo.

"o que fazer para o jantar hoje" - Olha sei de uma receita de caril de franco que é de daqui, ó! (Não consegues ver mas estou tipo a agarrar no lóbulo da orelha direita).

"homenspicante.com.br" - Isto veio cá parar? Epa, obrigado. Já ganhei o dia.

"sitio hipotetico" - Diz que sim.

"frases com hipotetico" - Diz que sim, também.

"SE TE Dissects TO DIE TOMORROW ME What you say to me? o que isso significa?" - Olha, eu não sei. E dúvido que alguém saiba.

"hoje vou sair vou beber" - A gente encontra-se por aí, então.

Pensamentos Divergentes (nº108)

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Quero uma frase minha,
só minha,
que eu possa cantar todos os dias
e que me eleve sempre,
cada vez mais alto que a última.

Mas as palavras
essas saem-me sempre mais curtas que o desejo
por isso digo antes:

Sou como todos vós.
Apenas isto que sou,
eternamente isto que sou
e nada mais.

Winds howl around us

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Feliz Dia-das-Bruxas.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº254)

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Só agora me comecei a aperceber que há mais de uma ex-namorada minha que foi viver para outro país, uma delas chegando até a mudar de continente.

E Ela, daqui por uns meses, vai trabalhar para a Áustria.

Começo a desconfiar que as mulheres, depois de estarem comigo, querem a maior distância possível.

O problema é que antes do meio-dia parece mal

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Esta noite sonhei que desiludia e deixava mal toda a gente à minha volta.

Um whisky agora pela manhã sabia-me bem.

Acho uma estupidez isto do medo da vacina da Gripe A

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mas se houvesse uma vacina para a loucura, essa já não sei se a tomava.

Follow it through!

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Hoje as coisas já estão mais assim

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº253)

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"Aquele decote não era só generoso. Era a Cruz Vermelha dos decotes."

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº252)

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Fico nervoso quando uma rapariga olha fixamente para mim. Principalmente quando olho para ela e mesmo assim não desiste. Foda-se.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Liga-Desliga

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Um gajo acorda cedo e tal, come qualquer merdinha antes de sair de casa só para poder dizer que tomou pequeno-almoço sim senhora, vai trabalhar.

Um gajo trabalha, atura uma data de coisas, chega a hora do almoço, não dá tempo de nada, vai ao café comer qualquer merdinha, volta para o trabalho.

Um gajo volta para casa, vai relaxar um bocado, deixa-se dormir no sofá.

Um gajo acorda no sofá já quase às 10 da noite, epá que chatice, levanta-se tipo zombie e vai mas'é ver se come qualquer merdinha.

Assim gasto eu um dia.

Amor Bipolar

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Ela disse-me várias vezes que a letra desta música era sobre mim.
E eu não tenho outro remédio senão admití-lo.

Merda. Ao menos podia ser uma música de que eu gostasse.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº251)

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Por alguma razão, uma das minhas partes favoritas do dia é quando presencio o instante em que se ligam as luzes da cidade.

It's getting kind of hard to believe things are going to get better

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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Desabafo...?

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Que se foda a vossa compreensão. Estou farto de palmadinhas nas costas. Engulam toda a miséria do mundo com os vossos ouvidos já que os têm tão abertos. Estou farto,ouviram? Já não há quem aguente, não tenho paciência para mais nada. Quero sossego, porra. Não me chateiem mais com merdas, já tenho chatices que cheguem. Não aguento agora, está bem? Só um bocado foda-se, deixem-me viver a mim e mais nada só um bocado. Quero que me deixem ser engolido pelos livros, pela musica, seja o que caralho que for que me dê na gana. Quero que batam à porta à vontade que eu não estou para ninguém. Deixem-me sozinho, catano. Se é para me darem mais problemas não me incomodem, já chega foda-se.

Não desenterrem quem quer morrer em paz

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº250)

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A mensagem dela dizia

"Odeio-te por teres feito isto".

Luxúria pela amnésia

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Hoje tive um momento de introspecção enquanto conduzia. A minha namorada aponta várias vezes como é difícil a minha personalidade contraditória, na qual os oposto coexistem e se sobrepoem constantemente.

Durante a tarde perguntei-me como é possível desejar tantas vezes poder apagar a minha memória de vida toda, quando um dos meus maiores medos é vir a ter a doença de Alzheimer como o meu avô.

Acho que se calhar sou só eu que às vezes me farto de tudo.

Back pockets full of dynamite

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Soube disto aqui e é tão bom tão bom tão bom.

Hold your head up high

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Anda difícil um gajo manter-se animado, mas

Pensamentos Divergentes (nº107)

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diz-me minha mãe
porque é que às vezes o amor desaparece,
está-se sempre a perder,
e por mais migalhas que eu lhe desse
ele nunca encontraria o caminho de volta para mim

mas amanhã é manhã
e o doce lar dos monstros há-de se fechar,
fico eu com os restos
daquilo que ontem não houve para me dar.
Tu já nem me respondes que a vida é mesmo assim.

I hope I can love you just like you deserve to be - Talk is cheap

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Um dia destes meto a guitarra às costas e fujo daqui para sempre e nunca mais ninguém volta a ouvir falar de mim.

Só falta saber se nesse dia hei-de levar companhia ou não.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº249)

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O R em vez de pertencer ao NEE (Necessidades Educativas Especiais), pertence ao NAE (Necessidades Amorosas Especiais).

Link.

Pensamentos Divergentes (nº106)

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Mais uma vez, cavalgou-lhe cabeça adentro a mesma ideia.

Somos todos iguais, todos filhos da mesma dor. Idênticos nas maneiras por termos sido forjados do mesmo metal, no mesmo fogo.

Lembrou-se da Morte e da cobra esfomeada que guarda no seu estômago. Cada dia um prego no caixão, cada celebração o pesado arrastar de um momento que não se deixa agarrar.

Ela enfeitava as veias com agulhas invisíveis. Ninguém as via, ninguém as queria ver. Já o tabaco tinha deixado de ser um ócio, não chegava a ser um hábito vicioso. Era fundamental para respirar miligramas de força para aguentar o simples passar do tempo que lhe escorria através dos olhos secos.

Já nem me lembro se se chegou a matar, mas aquilo não era vida. Bateram-lhe na alma até mostrar bandeira branca.

E os miúdos sempre a gritar na rua "O meu pai é melhor que o teu".

domingo, 25 de outubro de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº248)

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O pior disto de viver e de amar não é andarmos na expectativa de nos partirem o coração, mas sim sabermos que mais tarde ou mais cedo havemos de partir sucessivamente o coração a alguém que não o merece.

E, contráriamente ao que nos foi dado a entender pelo MacGuyver, nem tudo se resolve com um pouco de fita-cola.

Isto lembra-me:

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Há imenso tempo que não jogo snooker.

Blá blá blá blogs blá blá blá

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Temos aqui um problema do caralho.

O meu problema do caralho é que ando a seguir demasiados blogs, e o vosso problema do caralho é que acabei de meter nada mais nada menos que 19 novos links a blogs ali à direita e quero que vão vê-los todos.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº247)

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Esta cena da mudança da hora dá-me completamente cabo do sistema.

O culto da mulher

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Poucas pessoas sabem (ou adivinham) isto sobre mim, mas a verdade é que sou um feminista.

Não, não estou a falar da igualdade de direitos entre homens e mulheres, embora me pareça impossível hoje em dia ainda haver quem lute contra isso.
Refiro-me a uma adoração do sexo feminino.

É, siceramente, a única religião que me faz algum sentido.
As mulheres são seres extremamente belos, misteriosos, sedutores e impossíveis de compreender - o que só provoca um maior desejo e vontade de podermos ser banhados pela sua luz divina.
E é verdade que me queixo muitas vezes das mulheres e da sua forma de pensar que por vezes desafia a lógica, mas até os deuses gregos eram frequentemente neuróticos.

Parece-me também óbvio que homens e mulheres, embora merecedores de iguais direitos e deveres, são tudo menos iguais ou equivalentes. Parece-me também óbvio que qualquer mulher tem o potencial para ser em tudo superior ao melhor dos homens.
O corpo feminino é, particularmente e sem exagero, já em si uma obra prima de tirar a respiração e de fazer acelerar o batimento cardíaco. Por outro lado, o corpo masculino parece uma experiência que correu extremamente mal.

Além do mais, as únicas alturas em que me sinto realmente feliz por ser homem são aquelas em que me apercebo do privilégio que tenho em poder apreciar e possuir um pouco da divindade feminina como apenas um homem o pode fazer.

As mulheres fazem com que a vida valha a pena ser vivida, particularmente as bonitas. Seja qual for o nosso sentido estético.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº246)

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O meu pai comprou uma máquina fotográfica fantástica, assim daquelas que eu sempre quis ter.

(Quando era adolescente tive uma fase fotográfica, andava sempre com uma máquina na mochila a tirar fotos a tudo e mais alguma coisa. Nos eventos e jantares de turma, costumava ser o fotógrafo designado.)

Estou, portanto, a elaborar planos complicadíssimos para a surripiar assim que puder.
Ou seja, gamá-la assim que ele virar as costas.

I do fall easy

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Se esta música tivesse sido feita para mim, ter-me-ia apaixonado num instante.

Fly like a butterfly, sting like a bee

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Esqueci-me de dizer que esta Sexta-Feira, a caminho do meu trabalho, passei por um jovem casal à briga.

Ela era bonita, com um ar cuidado e delicado, pequena e magrinha. Entre os 17 e os 20 anos, certamente não mais que isso.
Ele era igualmente magro, mas consideravelmente mais alto. Parecia também ser bastante mais velho que ela.

Uma face feminina, que podia ser bem mais bonita não fosse o contexto, contorcia-se num misto de dor, repulsa e raiva. Já ele parecia ter o peso do mundo sobre os ombros e um torniquete a apertar-lhe os testículos.

Nada comigo. Avancei caminho até começar a ouvir batuques estranhos.
Olho para trás e, o que meros segundos atrás parecia ser uma figura de bailarina era agora um animal feroz. A rapariga desferia golpes uns atrás dos outros, umas vezes bofetadas outras murros de punho cerrado.
Ele agarrou-a pelos pulsos e ela, não satisfeita, começou à biqueirada e quase caiu ao desequilibrar-se com a força de um dos pontapés.

Fiquei pasmo. Olhei em volta e só eu estava na rua para ver a cena.

O que achei curioso foi que em primeiro lugar pensei "Há-de lhe ter metido os cornos" e em segundo lugar "Ou então a gaja é louca".
Ainda considerei também a hipótese de ser um misto dos dois, mas a minha intuição imediata só me permitiu elaborar estas explicações. O que eu acho triste.

Pior ainda é que depois deste tempo todo ainda são as hipóteses que fazem mais sentido na minha cabeça.

Pensamentos Divergentes (nº105)

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diz-me, podias ficar aqui eternamente,
contando os mundos que tenho emaranhados nos cabelos,
sabendo que pelo menos metade te morderiam os dedos
e te cuspiriam o teu próprio sangue na cara

?

sábado, 24 de outubro de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº245)

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Tenho saudades de ser mais novo, mais irresponsável, e de poder dar-me ao luxo de passar um dia inteiro na cama a fazer amor com alguém.

Há dias em que era melhor nem sair da cama

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E hoje estou com um feitiozinho que vai lá vai...

For now I love someone

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Para quem possa estar apaixonado, por agora (porque o amor é sempre por agora, mesmo que dure sempre)

Fui só comprar tabaco

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A velha que mora na rua onde eu trabalho está sempre à janela. Se a idade se contasse pelas rugas, podia ser mais antiga que o pó.

Espera à janela como quem espera pela Morte, com o chá sentado no fogão e a conversa preparada na cabeça.
Ou talvez ela já seja um fantasma que apenas ainda não foi arrastado por uma brisa forte.

Passo quase todos os dias por ela e nunca consigo arranjar coragem para lhe dizer bom dia ou boa tarde.

Pensamentos Divergentes (nº104)

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Dá-me sismos desdobrados em mel
e um sorriso-manhã com os lábios atravessados
(descruza as pernas só mais uma vez, para eu ver
Há tanta coisa que me prometes sem te aperceberes)

E aquelas três sílabas demonizadas
(a palavra que mais parece uma pequena maldição)
utilizadas para fecundar o angustiante sopro do coito

São elas que se amontoam com os dias
e se empilham na nossa inevitável perdição

Tudo morre.
(Abraça-me, portanto)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Agora estou cheio de saudades de viver em Lisboa

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Merda merda merda.

Este blog faz 1 ano de vida

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E eu não achava possível ele durar tanto tempo.

Obrigado a quem ainda anda por cá a ler isto e pelas pessoas que me motivaram a não largar esta coisa.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

That's impossible!

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Como sabem eu adoro este tipo de coisas e fiquei maravilhado com a tecnologia.

Mas incomoda-me que a primeira coisa de que eu me lembrei ao ver este video tenha sido esta:




Quem percebe bem o porquê, não é boa pessoa.

Conversa Parva (nº16)

No meu irish pub favorito

G - Vocês já namoram há imenso tempo...
Ela - É verdade.
Eu - Pois. Já imaginaste a quantidade de gajas que já podia ter levado para a cama durante este tempo? A quantidade de pussy que andei a perder?
Ela - Não concordo. Tiveste até muito mas foi sempre da mesma.
Eu - Está bem, foi mais estável. Mas não é a mesma coisa.
Ela - Não sei de que te estás a queixar.
Eu - Tens de perceber uma coisa... as vaginas são como os cajús. Não dá para comer só um.


E pronto, assim se ri com coisas estúpidas enquanto se bebem uns copos.

De volta de Lisboa

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Foi bom. Fui às minhas antigas zonas, de quando lá morei. Visitei sítios que não visitava há anos e anos.
Almocei com a minha irmã e conheci o seu namorado, bebi uma cidra no meu irish pub favorito, e ainda estive com a K e com a B como bónus.

Mas acho que o melhor de tudo foi estar num café e o empregado a fazer-se ao G. Embora não perceba o que ele tem que eu não tenha, isto faz-me mal à auto-estima.

Mesmo assim estou satisfeito.

A caminho de Lisboa

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Como tenho sido um bom trabalhador e um menino responsável, tenho folga amanhã. Vou aproveitar para ir visitar a capital e matar saudades dos sítios (os bons) que frequentava quando andava por lá.

Até logo.

It's only a day, it's only a day

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Porque noites chuvosas e ventosas deixam-me assim

Pensamentos Divergentes (nº103)

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A cintura caiu-lhe na cama
É bom? Sim.

Dois, não - três ventos pela cabeça lhe passaram
tinha dedos a mais na testa e um relógio de bolso por fechar

Pensamentos Divergentes (nº102)

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Em câmera

lenta

caiu o seu coração ao chão.

E o vento varreu as sobras.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº244)

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Por vezes sinto-me sujo quando chove.

Não sei se será porque, em termos comparativos, o resto do mundo está a tomar um duche prolongado.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº243)

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O problema de passearmos pelas ruelas do nosso cérebro é que corremos o risco de tropeçar em armadilhas para ursos que nós próprios lá deixámos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Let's make a meal of love

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Adorava que a vida do dia-a-dia fosse assim.


Pareço um zombie quando me levanto de manhã para ir ao trabalho

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I just wonder what it means

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A verdade é basicamente esta:



Difícil é encontrar alguém que consiga lidar com isto.

Music when the lights go out

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Por vezes, sonho com música. Mas quando acordo nunca me consigo lembrar suficientemente bem da melodia para a tocar.

Uma pergunta só para quem tem blog

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Ouçam lá, é impressão minha ou metade do pessoal que anda nisto anda a querer comer a outra metade do pessoal que anda nisto?

É que acho que só agora é que me comecei a aperceber.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pensamentos Divergentes (nº101)

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No seu quarto as luzes só rastejam.
Estão deitados - ele encontra-se de costas para ela tentando perceber onde o que ele é começa e onde o que ele não é acaba.

Vira-te para mim, disse-lhe ela.
Ele tenta. Não me estou a virar para ti, estou-me a virar para o escuro.

Ela acendeu a luz.
Não percebeu.

Pensamentos Divergentes (nº100)

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A meus pés não existem senão precipícios.
Na boca tenho o gosto de uns lábios gretados que ficaram por provar e o seu sabor metálico dilui-se pelo resto do corpo, empurrado por um sopro sem nome.

"Um dia destes, é dia."

A meus pés não existem senão as mágoas.
Porque é mais fácil agarrar-me à dor que uso como ornamento ocultista à volta do pescoço. E ajuda-me Pai, pois eu nunca aprendi a perdoar.

"Um dia destes, é dia."

A meus pés não existem senão dentes.
E o mal nem é da droga. São os cigarros e o álcool que por vezes não chegam para enganar a fome.

I wait my turn

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Infelizmente ando outra vez com saudades de coisas que não me fazem bem...



Merda.

O mago

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Tem-me apetecido comentar neste blog alguma coisa sobre os últimos comentários de Saramago sobre a religião judaico-cristã e consequentes reacções, mas depois paro um bocadinho e percebo que afinal não me apetece.

O Plano

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Passo nº1 - Ir relembrando a minha namorada de como foi fixe o filme dos Watchmen.

Passo nº2 - Descobrir onde raios existirá um baile de máscaras do Halloween na minha cidade.

Passo nº3 - Convidar a minha namorada a ir comigo.

Passo nº4 - Convencê-la a usar isto:



Passo nº5 - Fazer com que ela nunca mais vista outra coisa em toda a sua vida

BOOM!

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A vocês não vos passa pela cabeça o quanto eu DESEJO um aparelho daqueles só para mim.



Preciso de um, .

Segunda-Feira, a sério?

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Tenho de parar de sonhar sobre aquilo que escrevo, é desconcertante.

"OH SHIT, WAKE UP!!!"

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É a mensagem que meti num software gratuíto que saquei e que funciona como alarme.
Tudo para me levantar a horas ao som desta música:

domingo, 18 de outubro de 2009

Pensamentos Divergentes (nº99)

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Quero ver um amor profundo
[de tão fundo] imerso em breu,
e ouvir uma voz que diga a outra:

Anda, aproxima o teu fogo.
Deixa-me aquecer as mãos.
E bebe do silêncio que durante a noite
a cor das perguntas é sempre desespero.

Irmãos Grimm

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Se existisse a porra do Google Maps na altura, a estória de Hansel & Gretel era bem mais curta e os catraios tinham poupado chatices a muita gente.

Salvem-me!

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Amanhã começo a trabalhar no estágio. E é nos sítios mais caóticos que alguma vez conheci.

Estava capaz de iniciar apostas sobre quando terei o primeiro esgotamento nervoso.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº241)

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Hoje fiz uma loucura e comprei um Moleskine. Era para o usar agora no trabalho mas as páginas estão mesmo a pedir uns desenhos...

Conversa Conjugal (nº32)

Ontem à tarde, no café

Ela - Devias era deixar de fumar tanto.
Eu - Fogo, a sério? Estás-me a chatear com isso agora? Epa, dá-me uma semaninha a fumar à vontade e depois lá me chateias o que quiseres mas agora preciso de fumar.
Ela - Sim, mas andas a fumar muito mais.
Eu - É normal, não? Com tudo o que tem acontecido...
Ela - É normal, mas estás a fumar muito agora e por isso é que te estou a dizer. Se te dissesse daqui por uma semana já tu tinhas voltado a fumar o habitual e não to podia dizer.
Eu - Mas... se tu própria sabes que daqui por uma semana já não estou a fumar tanto e dizes que é normal, porque é que me estás a dizer isso?
Ela - Porque agora é que estás a fumar mais.
Eu - ...

My Kung-Fu is better than your Kung-Fu

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Hoje vou para casa dos meus sobrinhos com o único propósito de brincar com eles.
Mas com o feitio com que eles andam espero que a coisa acabe mais ou menos assim:

sábado, 17 de outubro de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº240)

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Não sei porquê, parece que já não tenho tanto gosto pela pinga.

"Cada um tem aquilo que merece"

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É uma frase detestável.

É sempre pronunciada de uma forma acutilante, com uma espécie de satisfação macabra. Tem um toque de um gosto pela desgraça dos outros, como quem saboreia a miséria humana de alguém que por alguma razão é merecedor de desgraça.
Os alemães chamam-lhe Shadenfreude.

Por outro lado, as pessoas que a usam são as mesmas pessoas que, perante as suas próprias desgraças ocasionais, abraçam a noção de uma vida injusta imposta por um mundo cruel e totalitário no qual as pessoas boas e inocentes são destinadas ao sofrimento.

Não compreendo. É uma simplificação dualista muito infantil e contraditória que, após breves migalhas de introspecção, deveria ser prontamente eliminada do funcionamento "lógico" da pessoa.

E, não me levem a mal este reparo, mas por alguma razão as pessoas que eu mais vi a fazer isto eram mulheres.
Também não percebo porquê e qualquer comentário que pudesse tecer sobre isso seria vazio e provavelmente com alguma conotação chauvinista que prefiro evitar.



... Que se foda, as mulheres são estranhas criaturas emocionais.

"La la la la la"

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Um café, uma cerveja, um cigarro, e uma forma ironicamente positiva de ver a vida para balançar a amargura cínica é tudo o que eu preciso para voltar ao normal.

Querido Pai Natal:

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Isto entra na minha lista de coisas a ter.
E sim, é um gajo a pilotar aquilo.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Alguém me sabe dizer como me livrar deste peso de não ter ido ver o meu avô quando ele mo pediu?

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Merda.

Prometo que amanhã já não falo tanto de morte e o caraças.

Viagens (uns voltam, outros não)

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Os funerais matam-me. Hei-de morrer num funeral.

Não vinha a esta casa há quanto tempo? Cinco... não, sete anos? Ressoam ainda as palavras viscosas e automáticas do diácono. Quero lá saber de Jesus Cristo, enterrem-no antes a ele.
Percorro a casa a sós. O cheiro é o mesmo. É sempre o nariz que nos indica onde está o passado. Poucas coisas mudaram - alguns móveis migraram para se encostarem a outras paredes, mas são alterações insignificantes.

Subo as escadas (antes pareciam ser tantas) até ao escritório do meu avô. Os quadros são os mesmos, mas parecem mais tristes.
A mesa no centro retém algumas relíquias. Guardo-a para o fim.

Nas paredes as estantes com os isqueiros; o meu avô fazia colecção mesmo depois de deixar de fumar. Lembro-me de quase todos, uma vez trouxe-me um caixote inteiro para eu escolher aquele de que eu mais gostava. Já não sei dele, devo tê-lo perdido para sempre.
As pautas de cavaquinho e de guitarra. Onde guardou ele os instrumentos todos? Não os vejo.

Na mesa central, livros e a lupa. Já via muito mal, devia ficar aqui a esforçar-se imenso. Tem um livro de poesia aberto. Notas e marcas a caneta em todo o lado.
Fiquei um pouco a ler os poemas que foram, provavelmente, a última coisa que ele leu na sua vida.
E isso chegou-me.

Não quero

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Não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral, não quero ir a outro funeral.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

I'll get through

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Morreu o pai do meu pai. E há muito a dizer sobre a família do meu lado paterno. Dizem-me que cada vez estou mais parecido com o meu pai, mas sempre me disseram que era a cara chapada do meu avô.
Tal como as feições, o temperamento parece ser algo que corre no sangue dos membros desta família. Por isso é que se deixaram todos de falar uns com os outros, suponho. Isso e inúmeros erros cometidos sem um posterior pedido de desculpa e um sentimento de orgulho tão profundo que se torna cancerígeno.
O meu avô morreu sem resolver as coisas com o meu pai. O mesmo se poderá dizer entre a minha avó, o meu tio, a minha irmã... Vamos ver durante quanto tempo se perpetuará este ciclo já antigo.

Eu vou fazer tudo para não ficar igual. Mas entretanto, estes últimos meses começam a levar a melhor de mim.

Blog Action Day

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Parece que tenho o dever de alertar e consciencializar para as alterações climáticas (que antes nos referiamos como o problema do buraco do ozono).

Erm... O que dizer?
Ok... Bem, o problema existe. 'Bora tratar dele?

1 - 1 = 0

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Parece que, oficialmente, já não tenho nenhum avô.

Amanhã tenho o funeral em Setúbal. Acho que não contribuirá nada para a minha relação com a cidade.

Entretanto, lembrar-me-ei que 2009 foi dos anos mais chatos de sempre.

Rabiscos (nº18)

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Espírito Santo
(e o Imaculado Coração)

Em primeiro lugar, ando a passar demasiado tempo a desenhar uma só peça e a tentar experimentar coisas novas.

Em segundo lugar, acho que ando a desenhar porque agora não consigo/não quero escrever os meus pensamentos.

E em terceiro lugar, hoje vi muitas pinturas religiosas no Museu de Évora, à parte isso não me façam perguntas que eu não vos sei dizer nada.

Um assunto um pouco à parte do habitual...

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Fui hoje ao Museu de Évora pela primeira vez desde a sua reabertura.
Fiquei bastante bem impressionado, fora a pouca informação que existe sobre as peças que, à falta de um bom folheto informativo, só pode ser compensada com um guia turístico.

Recomendo vivamente a zona das pintura.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº239)

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Não sei como raios é que me hei-de habituar a ser tratado por Doutor.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

When there's a cloud in the sky...

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Olha Judy, tu calas-te se faz favor que ninguém te perguntou a tua opinião.

'Dass.

Só para o caso de existir o Karma...

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... sou capaz de começar a jogar no Euromilhões.

O meu avô (que teve um AVC a semana passada) teve outro AVC e está entre a vida e a morte.

Perder dois avós num mês é obra.

Away we go now

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Para acordar.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº238)

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O que eu precisava era de arranjar maneira de beber café ainda antes de acordar.

Introjecção

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Algumas das pessoas de quem mais gostei durante a minha vida (amantes ou amigas) eram aquelas que me faziam sentir feio, por dentro e por fora.

Não sei o que pensar disto. Ou melhor, sei mas não quero.

Pensamentos Divergentes (nº98)

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bebe até à exaustão comigo,
vamos soltar tempestades em soluços
(aquelas que fingimos não viver)
e gritar por uma presença ausente no tórax

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº237)

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Hoje dancei nú ao som de Animal Collective.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº236)

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Estou aqui a tentar decidir o que seria mais triste: bocejar durante a masturbação ou bocejar durante sexo com outra pessoa?

Merda, vamos ter outro livro do Dan Brown

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"Peritos de arte acreditam ter encontrado um novo quadro do pintor italiano Leonardo da Vinci (...)"
In Público

À parte o desagrado do novo material para o medíocre Dan Brown, tenho de dizer que é bem mais bonita que a Mona Lisa.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Rabiscos (nº17)

Não fui ter com a minha namorada porque distraí-me a desenhar.


E foi isto que saiu. Nem sei porquê.

O Bambi foi o primeiro filme que fui ver a um cinema. Lembro-me de o ter detestado.


Factos engraçados sobre o Bambi: sabiam que afinal ele tinha não um mas dois olhos e que nenhum deles era verde?



P.S. - É possível que ande a ser demasiado influenciado pelos desenhos da Mariana.

And i don't make particular plans 'cause they don't matter

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Porque é que gosto tanto de música que se pode descrever melhor como "esquizofrenia auditiva"?

His mind's not right at all

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O H. Gabriel do mymindisnotright.blogspot.com come rebuçados PEZ directamente da embalagem, sem boneco.

O H. Gabriel do mymindisnotright.blogspot.com não merece o ar que respira, quanto mais os PEZ que consome.


Toda a gente sabe que os PEZ só sabem bem quando extraídos à dentada da jugular de um boneco de plástico, e as acções de H. Gabriel constituem uma abominação à natureza e à ordem do universo.

Alguém arranje um boneco PEZ ao rapaz antes que eu tenha de criar uma liga de apoio para uma causa que consista em impedir que alguém alguma vez mais tenha de passar pelo flagelo miserável de comer aquilo sem um intermediário de plástico.

A única coisa que não gosto nos PEZ é que torna-se impossível saber quando vem o último rebuçado.

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Não só passo pela ansiedade da antecipação de quando terei o último doce a derreter na boca, como tenho sempre de passar pelo deprimente momento em que puxo para trás a cabeça do boneco inúmeras vezes para estar certo de que já não há mais, desiludindo-me a cada fútil tentativa.

É como a punição de Sísifo, só que mais estúpido.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº235)

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A propósito do post anterior e não só, estou a pensar criar uma categoria neste blog intitulada "Ela vai-me bater por isto".

É que ando a receber cada vez mais porrada da minha namorada à conta de coisas que aqui escrevo sobre o sexo oposto.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº234)

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Agora que já descansei e tive oportunidade de acalmar, houve algo que eu aprendi ontem. Existem muitas raparigas agradavelmente bonitas a viver na minha freguesia.
Por outro lado, o aspecto negativo é que eu não conhecia quase nenhuma.

Acho que se calhar devia tornar-me menos "tímido" com as pessoas, mais sociável. Parece que compensa.

domingo, 11 de outubro de 2009

Anarchy in Portugal

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Só para condimentar o meu post anterior e provar que sou capaz de ser gajo para isso:

A Democracia só me dá sovas

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Tenho o corpo feito em cocó. Tenho 14 horas de trabalho secante de mesas de voto em cima depois de 3 horas de sono.
Depois há sempre stresses de última hora e o caralho.

E a abstenção neste país anda a dar-me cabo da cabeça. Raios vos partam a todos vocês que não votaram. Irra!


P.S. - Ah! E sobre a merda do gajo candidato ao Partido Socialista que pregou um tiro no outro tenho uma coisa só a dizer - O mundo da política que vá levar no cú, eu a partir de agora cago para vocês todos e torno-me anarquista, pronto.

Ai a minha vida...

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Daqui por 4 horas estou a acordar para ir para trabalhar para as mesas de voto.

Eu só espero é não voltar a aparecer a praguejar numa gravação do telejornal.

Moviegasm

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº233)

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"Aposto que a coisa mais socialmente embaraçosa do mundo seria ficar com uma erecção visível depois de fazer a alguém a Manobra de Heimlich."

sábado, 10 de outubro de 2009

Mais um desabafo

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Sinto que nos últimos 6 meses servi de depósito do lixo. Tenho tido de ser a pessoa mais forte à minha volta, como pilar para os outros, porque não tem havido outro remédio.

Sinto que mais dia menos dia esta merda vai dar cabo de mim num relâmpago.

Googlices (nº15)

"brincar com sopa." - A minha mãe que não te apanhe a fazer isso.

"musicas calminhas arctic monkeys" - Assim não vais lá.

"o'que é demasiadas" - ... 'Tás a gozar, certo? Por favor diz-me que estás a gozar.

"mordido por rato o que devo fazer" - Outra vez?! Já te disse, porra. Primeiro tratas dessa merda, depois preocupa-te com o google.

"caNTOR ANDA ARMADO" - soCORRO (em falsete).

"depois quem sou eu" - Tu? Foda-se, então e eu?

"a coisa mais estranha do mundo" - Quem diz é quem é.

"bzz bzz" - Eu por acaso não sei se não serei alérgico a vespas.

"blogspot coiso do coisas" - 'Tá bem...

"quem ganha búfalo ou lobo" - Depende do búfalo e depende do lobo... e também se algum deles anda armado.

Hoje, Setúbal

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Setúbal. Merda, como eu odeio esta cidade. Os prédios decadentes, esclorosados, apoiados em muletas. Merda, odeio mesmo Setúbal.
O meu pai é de lá, bem como a minha família do lado paterno. Fui lá em criança, várias vezes e já na altura abominava o sítio.

Até a porcaria do hospital é especialmente mais deplorável que os outros hospitais que já conheci (vou tentar lembrar-me de não dizer mal do da minha cidade durante uns tempos).
Acompanhei o meu pai, não quis que fosse sozinho ver o pai dele que está internado depois do AVC. Está lá, atirado na cama como um trapo amorfo, uma figura em barro desfigurada que se assemelha apenas vagamente àquilo que já foi. Onde está o teu acordeão agora? Para onde foi a tua voz sempre forte e confiante, como se o mundo já tivesse sido derrotado há incontáveis épocas atrás?

Odeio Setúbal, foda-se. Odeio as tensões sanguíneas dos membros de uma família que nunca se souberam aturar, quanto muito dar. Hoje fiz de psicólogo, de mediador e de apaziguador para várias pessoas e estou de rastos.

E eu, eu gostava de um dia fazer as pazes com Setúbal. Desagrada-me não gostar de uma cidade só porque sim e há-de ter muito mais para me oferecer do que eu tenho consciência.
Mas é possível que a nossa relação já não tenha cura.

A minha sobrinha é um amor

Durante o almoço

Sobrinha - Avó, se o tio não comer tudo mete-o de castigo, 'tá?
Mãe - De castigo? E que castigo lhe dou eu?
Sobrinha - Uh... dá-lhe um pontapé.
Eu - Então? Isto agora é assim?
Mãe - Um pontapé? Mas ele é tão grande, como lhe dou eu um pontapé assim?
Sobrinha - Seguras e PUMBA!

Parvoíce aos Quadradinhos (nº32)

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Há muito tempo que não fazia um post destes, mas o meu mundo tem andado estranho e acho que esta imagem traduz bem isso.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Não me traz grande conforto saber que não é só a mim que a nossa cultura e a sociedade dá cabo da cabeça

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"Todos os anos 15 por cento dos portugueses desenvolvem uma doença psiquiátrica."


A notícia adianta ainda que a depressão é a patologia de maior prevalência e que já está a decorrer um estudo que dentro de meses poderá fornecer uma maior compreensão sobre as causas e as origens destes valores elevados.

Tenho cá para mim que não é preciso estudo nenhum porque já todos nós temos uma ideia.

Everything does end, dammit

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Death Cab for Cutie é uma das minhas bandas favoritas desde a adolescência.

Para minha infelicidade, fizeram uma música para o novo filme da estória Twilight.




E ainda porcima não é completamenta má.

O mundo está de pernas para o ar e já estive mais longe de cortar os pulsos.

Quero umas iguais em minha casa

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Pensamentos Divergentes (nº97)

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Se eu fosse melhor poeta,
sentiria a caneta na mão
como a extensão da tinta preta,
Mais que sangue, mais que uma greta
onde todos os mundos nascem e morrem,
e onde nada se mantém ou se liberta.

Se eu fosse melhor poeta,
a minha vida seria a minha arte
e em toda a parte a minha obra completa
Nas minhas palavras a emoção discreta
saberia circunscrever um valor maior,
e todos os meus versos rimariam.

Se eu fosse melhor poeta, que não sou,
conseguiria escrever sobre as tuas coxas
inconstantes
curvilíneas
em meras oblíquas alíneas num caderno de pé na cova.

Se eu fosse melhor poeta, quem me dera,
lançar em fitas o meu desafogo, este desassossego louco,
esta ansiedade palpitante que não me deixa descansar
como se mais uma linha, mais um verso,
mais um pensamento desconexo me pudesse curar
do grito afiado, cintilante, que baila na estante
de uma goela dentro de mim que não consigo alcançar
ou estrangular.

É que é este silêncio oco que me afoga,
o silêncio de quem devia estar a ouvir mas não ouve
sempre à procura, sempre com fome
sempre à procura, sempre com fome
De quê?
De mais uma palavra abalroada pelo bater taquicárdico de um coração? De mais um nó no laço fino que ato ao pescoço e que prende às minhas costas o peso de um mundo que nunca é meu?

Tudo para que um dia me enterrem juntamente com os dedos e a boca.
E os dedos de um morto não escrevem.
E a boca de um morto não fala.
E tudo o que fui e poderia ter sido é menos que pó, e tudo o que fiz é menos que um sussurro no vácuo.
"Nunca foi feliz, coitado. Escrevia para tapar o buraco. Agora está lá enfiado e tapamo-lo nós com terra. Olhai por ele, Senhor; Tu sabes sempre o que a nós nos convém."

Quando eu morrer, matem-me também esta ânsia mais a pressa de viver.
E para o caso de me enganar, enrolem-me num lençol de linho com uma caneta com a qual eu possa escrever.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº232)

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Acho que se calhar o capitão Kirk sabe algo que eu não sei sobre como lidar com mulheres.


Pensamentos Divergentes (nº96)

Às vezes, só às vezes, ajuda pegar na guitarra às altas da madrugada.

O teu peito é mais bonito do que o meu
tem duas rosas plantadas no meio
tem na braguilha um recado que nasceu
para provar um doce devaneio

E um dia eu vou ouvir o que ele diz,
fazer da minha boca o coração

Não me deixes não
que as minhas mãos não sabem voar
e a confissão
é que o papão
é mais maior
que o amor
que ainda mal passou

Pensamentos Divergentes (nº95)

Trancou o coração numa gaiola,
tinha deixado de cantar.

Recortou um pedaço de mágoa,
colou uma cópia em cada olho,
e etiquetou à alma a esperança
de já não ter lágrimas para dar.

A figura sempre à porta
à espera de uma nesga de oportunidade.

O chacal em forma humana,
e uma avé-maria abortada,
foram a pouco e pouco rasgando
a cicatriz da sua costura.

Nasci assim.

Assim até valia a pena fazer parte da carneirada

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Pensamentos Divergentes (nº94)

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Em cima da mesa-de-cabeceira, sempre a mesma arma acarinhada - encosta a cabeça
os teus olhos foram consumados nesse leito de merda e de miséria

pega coragem na mão
e escreve

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

I'm an adult!!!

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Vocês não sabem o que eu me ri com isto. Acho que é porque já conheci gente assim.

Geoblografia

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Tenho reparado numa coisa que acho curiosa e que me ocorreu por ter ido bastantes vezes ao Algarve este Verão.

Não tenho leitores do Algarve.

Em Lisboa e no norte do país bastantes, muitos mais até do que no "meu" Alentejo. Mas Algarve nada. Ora, eu acho isto interessante porque existem bloggers do Algarve (cerca de 29.300 só no blogspot - fui verificar) e só dessa zona é que não vem parar aqui ninguém.
São os algarvios que não gostam de mim ou há aqui outra coisa qualquer?

Ora e lembrei-me disto porquê? É que parece que agora só no Algarve é que não tenho uma réstia de paranóia que alguém vá descobrir que este blog é meu. Um dia mudo-me para lá.

Would you like to be my little girl for life?

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Só queria contar a alguém que estou entusiasmado com o novo projecto/banda de Devonte Hynes, intitulado Blood Orange. Parece promissor e a sua foleirice sincera de adolescência mal resolvida cativa-me, não sei porquê.


Depois não digam que ninguém vos explica como funcionam os homens

À saída do café, com o D, depois de passar por nós um grupo de raparigas

D - Sabes o que é que me irrita?
Eu - Diz-me lá o que é que te irrita.
D - Sabes quando estás a andar na rua, e passa por ti um grupo de raparigas assim todas aglomeradas...
Eu - Sim...
D - E depois tens de decidir qual delas é a mais gira?
Eu (rindo) - Fiz exactamente a mesma coisa.
D - É, não é?
Eu - Para mim era a da camisola verde com a mala branca.
D - Para mim a da direita.
Eu - E isso, aposto, é das coisas que todos os homens fazem.
D - É terrível.
Eu - Depois, ainda por cima, fazemos equações complicadíssimas em questões de segundos para determinarmos uma hierarquia. "Esta é mais gira do que a que ia em frente mas não tão gira como a que está atrás dela". Já imaginaste a quantidade de poder cerebral que gastamos nessas coisas?

E é isto, meninas.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº231)

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Bem, vou por à prova a teoria do D de que não vale a pena tentar afogar as mágoas porque elas flutuam.

Desabafo saudável

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Com a notícia do meu avô, Ela já me disse que tenho de cuidar melhor da minha alimentação. Tudo bem, não é nada com o qual não me tivesse comprometido já, bem como voltar a tentar fazer exercício regularmente, que é coisa que rapidamente cancelo com as minhas outras tarefas do dia-a-dia.

A merda é que não é por isso que vou deixar de fumar. Admito, é uma muleta para alguém que não tem resiliência psicológica para aturar sozinho a repetida sodomia da vida quotidiana e da sua própria mente. É isso e o álcool do qual por vezes abuso por razões semelhantes.

Merda para isto. Acontece tudo de seguida. O cabrão do Universo nem me deixa ter algum descanso, foda-se.
E o pior de tudo é que isto só me dá mais vontade de fumar.

Tenho um património genético do caraças

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Não bastou o meu avô, que tinha Alzheimer, morrer a semana passada e a minha avó ter também uma demência devido a pequenos AVC's, hoje o meu outro avô foi para o hospital com um AVC.

Foda-se, que um gajo não consegue ter sossego.

You are so beautiful to us

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Quem vem de uma família disfuncional faça o favor de levantar a mão. E dançar.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº230)

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Cada vez me apercebo melhor que há mulheres/raparigas que mal me conhecem antipatizam automaticamente comigo apesar do meu incontornável carisma, e rapidamente afirmam não me suportar.

Não faço ideia do porquê e, mais estranho ainda, elas também não.

Cessar fogo

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Há alturas em que este meu coração me diz Irmão, coloca um cravo nessa tua arma e descansa.

Existe razão para tanto mal? Provavelmente não, mas não faz mal.
Choveu hoje. Pode ser que amanhã apareça o Sol.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Haemmmmm

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É possível que eu nunca mais volte a dormir. Por outro lado, encontrei uma alternativa ao LSD.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Morreu Mercedes Sosa

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Uma grande senhora, que deveria ser mais conhecida do que é. Esta foi a música dela que me marcou.



Os teus desejos eram iguais aos meus. Esperemos que haja alguém a ouvir.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº229)

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O facto de existirem soluços é um ponto a favor do ateísmo. É um dado indicativo de que nenhuma divindade omnipotente iria criar propositadamente um erro tão estúpido e frustrante num organismo que é, de resto, extremamente complexo e sofisticado. Ou isso, ou Deus tem o sentido de humor de um miúdo de 11 anos que não tem mais que fazer.


P.S. - Na viagem de volta para Évora estive vinte, vinte, minutos com soluços.

Nestes dias na praia

  • Apercebi-me que não recuperei da morte do meu avô tão bem como pensava.
  • Aprendi que, devido à cena da gaivota da última vez, já não me sinto tão à vontade com gaivotas a pairar sobre a minha cabeça.
  • Li textos técnicos na praia e nem me custou muito.
  • Tive que enfiar uma sandes inteira na boca para apanhar as toalhas e as coisas antes que a onda gigante molhasse tudo, o que fez com que eu agradecesse à senhora inglesa que me veio acudir com um solene Mrr mh mm.

sábado, 3 de outubro de 2009

Território inimigo

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A minha namorada vai-me arrastar simpaticamente para o Algarve este fim-de-semana.
Estou a horas de chegar a terra de gaivotas, por isso se me acontecer alguma coisa fiquem bem.

Monsters of Meh

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Tenho dois problemas. Um deles, é que já percebi que quando se junta muita gente de diferentes bandas espetaculares, o resultado é frequentemente mediocre. Ainda não entendi a causa nem desvendei um algoritmo matemático que previna tal coisa, o que me leva a constantes desilusões e desgostos amorosos.

O outro problema, é que nunca consegui gostar muito de folk. Não seria algo tão grave se não fosse pelo novo projecto intitulado Monsters of Folk. O dilema é causado pelo facto de Conor Oberst, que faz letras de música brilhantes e tem um absoluto investimento emocional nas suas canções, fazer parte desta banda.

Ouvi o CD todo e não consigo gostar. E queria mesmo gostar.
Enfim, deixo aqui a música que ainda assim mais me cativou.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Que disse ele sobre mortadela?

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Como não arranjo gente porreira com quem criar música, acho que esta vai ter de ser a minha alternativa.

Rock on.

Hoje queria escrever qualquer coisa

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sobre funerais e como foi algo odioso, mas não consigo. Vamos fazer de conta que falei sobre o assunto exaustivamente para eu poder falar de outras coisas amanhã, ok?

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