sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Escape from a bad turn


Um 2011 tão bom quanto possível para todos, mas de preferência melhor para mim.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº468)

A pensar no cão de Pavlov

"Será que há actrizes pornograficas que, por força do hábito, engolem depois de escovar os dentes?"

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Dr. Mengele


Pensava que já há muitos anos me tinha deixado da mania de manipular e testar as pessoas só para observar as suas reacções, mas hoje apercebi-me que se continuo a tentar fazer algum tipo de arte é por alguma razão.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

I can't help my feelings, I'll go out of my mind


Podeis ir todos à merda, sem excepções.

É como passar a noite a ver filmes com péssimos orçamentos

Esta manhã a dar-lhe boleia para a cidade

Ela - Ainda cheguei a ter pesadelos com o Black Swan.
Eu - Eu sonhei que um grupo de mulheres tinha sido colocado numa ilha por uma organização secreta e que a ilha tinha a propriedade de que ninguém lá morria. Só que afastado do centro da ilha havia um problema, se morresses transformavas-te em zombie.
Ela - Os teus sonhos têm sempre de ter zombies.
Eu - Nem sempre... às vezes são vampiros ou monstros.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

:(:

A tomar o pequeno-almoço num café

Ela - Eu não te compreendo. Dás-me cabo da cabeça.
Eu - Então?
Ela - Já te esqueceste de ontem?
Eu - Não...
Ela - Num momento falo contigo por telefone e estás na merda, no outro telefonas-me todo entusiasmado e parecias outra pessoa. Tu às vezes pareces é bipolar.
Eu - ...
Ela - A sério.
Eu - Bem... entre telefonemas eu bebi um bocado...
Ela - Pois, mas isso não resolve nada.
Eu (em pensamento) - Resolve pois...

wish you were dead



O estado em que estou; bêbedo, 24 anos, a tentar ler partituras e em estado catatónico sem saber o que fazer para fugir aos blues.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Peace on Earth


Estou em ressaca do espírito de Natal. E o meu Natal podia ter sido tão mais divertido.

póspectiva

Porque quis escrever algo mesmo que não fosse bom

Dentro de mim
há um homem que julga ter pernas infinitas
afastado da sujeira da terra, do fértil e de um lugar
Dentro de mim
mora uma mulher que chora todos os dias por ser ela
ela como as ondas que naufragam sem rebentar
E dentro de mim
vive um miúdo carregando dois potes vazios de amar.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Awesome fucking Christmas

  1. Um kit profissional de poker
  2. Um livro do meu escritor de crónicas português favorito
  3. Um piano flexível

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº467)


Hoje, numa fila causada pelo trânsito de hora de ponta, apercebi-me que não me custa tanto ficar à espera numa fila desde que não seja o último dessa fila. O mesmo no supermercado ou em qualquer outra ocasião em que tenha de pacientemente esperar por outros indivíduos. Conforta-me ligeiramente ter alguém atrás de mim que está para todos os efeitos numa situação pior/mais atrasada.
Apercebi-me também que, como eu me sinto com as filas, é como muita gente se deve sentir com a vida. Custa-lhes menos desde que tenham alguém atrás deles que possa ver que eles estão numa posição melhor. São o tipo de pessoas que eu chamo de filhos da puta (o que é injusto para as prostitutas).
Descobri portanto que sou um bocado filho da puta. Mas pelo menos é só em filas.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Confessor (you wouldn't know what to do with me)



Sinto pena de todas as raparigas/mulheres que alguma vez se apaixonaram por mim. Principalmente porque nem sequer dei por maior parte delas se não até muito mais tarde. Mas pelo menos ficaram todas elas a saber quão baixa era a sua auto-estima para se terem apaixonado por mim em primeiro lugar.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº466)


Ocorreu-me que mesmo que melhore em breve, podia fazer de conta que permaneço doente só para não ter de fazer de todo as compras de Natal que negligenciei fazer até agora.

Rotina de doente

  1. Acordar. Perceber que ainda estamos doentes e praguejar contra todas as divindades que se conhecem.
  2. Desejar morrer.
  3. Levantar da cama
  4. Desejar morrer novamente.
  5. Tropeçar pela casa para tentar arranjar algo que comer e encontrar um pacote de lenços por usar, talvez até fazer um chá não porque achamos que adiante algo mas porque estamos desesperados e toda a gente diz que o chá faz bem mesmo que toda a gente saiba que é treta porque quando eles estiveram doentes também estavam desesperados e tinham gente a dizer-lhes que chá fazia bem.
  6. Ir à casa-de-banho apenas quando estamos quase a rebentar porque levantar da cama para coisas supérfluas como necessidades biológicas primárias é um luxo a que apenas gente saudável se pode dar.
  7. Os remédios que diminuem os sintomas da gripe começam a fazer efeito e entra-se num delírio megalómano; pensamos que já podemos fazer as coisas que realmente queremos fazer e assim que tentamos quebrar a rotina de doente percebemos que fomos ludibriados e não existe bondade no universo.
  8. Voltar para a cama.
  9. À volta da cama só há lenços usados. Recorrer às mangas do pijama.
  10. Ver filmes que nunca chegámos a ver por "falta de tempo".
  11. Lembrarmo-nos que a razão pela qual nunca chegámos a ver os tais filmes era porque não eram grande coisa para começar. Vê-los à mesma porque qualquer outra distracção parece inútil de qualquer das formas. Além do mais estás doente, mereces é afundar-te na miséria e tens sorte de não estar a dar nenhum filme lamechas com o Richard Gere na televisão.
  12. Novo mantra: "Estar doente é um tédio, estar doente é um tédio, estar doente é um tédio".
  13. Decidir tomar uma pequena sesta, pode ser que a doença desapareça por magia quando acordarmos ou que pelo menos nos sintamos melhor.
  14. Acordar pior que nunca. Desejar morrer.

Sinatra Blue


Estou doente e completamente só. Lá fora chove e faz frio. Aproveitaria para escrever mas não me consigo concentrar na tarefa. Mas o Bon Iver reconforta-me um bocadinho.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº465)


Não sei o que é que o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes tem de tão especial. Eu desde que fiquei doente faço o milagre a multiplicação do ranho; por mais que assoe há sempre o dobro à espera logo a seguir. Não devia ser possível um mísero mortal produzir tanta viscosidade.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Piadas secas que me aumentam a febre

Por telefone, a propósito de estar doente

Eu - Epá, eu queria era já estar bom amanhã.
D - Não, amanhã sentes-te só melhor. Mas Domingo és capaz de já estar bom.
Eu - Espero que sim. Meu, eu em sumo já ingeri o equivalente a oito laranjas para ver se sobrecarrego o meu corpo com vitamina C e esta merda passa.
D - Ainda morres é de rrose.
Eu - . . .

Christmas time with the common cold











Estou podre de doente e aproxima-se o Natal e vou mas'é passar o dia a beber sumo de laranja e a drogar-me porque estou farto desta merda.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Escrita = Sexo

De conversa com o D, foi mais ou menos assim

D - ... Não te vou contar agora o que escrevi porque assim perde pouca piada que pode ter, mas depois quando leres percebes.
Eu - É como se me fodesses.
D - ?!...
Eu - Queres manter o suspense da coisa. Em vez de me dizeres ao ouvido "Agora vou-te tocar aqui; Agora enfio-te isto naquilo e depois faço-te o outro" preferes surpreender-me mesmo que no fim não goste.

I journey through the desert of the mind with no hope


Hoje estou numa de fazer nada, mas se estivesse numa de fazer alguma coisa queria era ter uma bateria no meu quarto e coordenação suficiente para a tocar.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Dia de supermercado


Ontem, depois de comprar os ingredientes para o jantar, fui com a minha namorada à zona dos brinquedos para ver se nos surgiam deias do que oferecer aos meus sobrinhos pelo Natal. Deparámo-nos com isto.


Uma boneca da Floribela com uma expressão de plástico que ameaça absorver-nos a alma.


Para tentar atenuar o trauma decidimos ir à zona dos licores e depois demos de caras com isto.


Fomo-nos embora do supermercado sem brinquedos e sem licor.

Just a little attention attractor


Quando crescer quero ser artista.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Já que se anda a falar de assédio sexual...


Não querendo menosprezar a importância do problema em si nem invocar uma dúzia de comentários furiosos, devo admitir que há algumas mulheres que por vezes me fazem pensar que a diferença entre romance e assédio sexual reside algures entre o homem em questão ser atraente ou não.

Onde se compra?


O princípio do fim


Hoje vi o princípio do fim.

Quando comecei a fumar a sério já tinha 18 anos. Idade para ter juízo, diziam-me; mas fumar na altura apresentou-se como uma espécie de salvação. Era uma forma de me obrigar a sair do meu quarto e da minha casa, nem que fosse só para comprar tabaco ou fumar um cigarro à pressa. Era também uma forma de me obrigar a ter de falar com alguém mesmo que fosse só para dizer "Era um JPS preto, se faz favor".
Ao mesmo tempo, dava-me algo que fazer. Tinha algo com que ocupar as mãos enquanto falava com colegas ou raparigas e isso mais a pequena pedrada de nicotina ajudavam-me a mascarar o meu nervosismo e os meus maneirismos que eu sentia fazerem as outras pessoas acharem-me bizarro. Além do mais, todas as pessoas cool que eu algum dia quis ser fumavam ou tinham fumado numa altura ou noutra, de músicos a poetas e escritores e até mesmo personagens de cinema. Tinha como esperança que o bafo do cigarro me transferisse propriedades que nunca tinham sido minhas: a auto-confiança de um par de pulmões moribundos por escolha e o descanso de mandar tudo à merda "A saúde que se lixe, não quero chegar a velho nesta porcaria de mundo". Talvez por isso fosse, durante a minha infância e início de adolescência, a marca dos rapazes - e principalmente das raparigas - que me assustavam e fascinavam ao mesmo tempo. Deixei de ver uma distinção entre medo e desejo, talvez porque sejam a mesma coisa.
Senti, por isso, alguma surpresa quando vi hoje um rapaz por volta dos seus 18 anos a comer uma laranja na rua. Era relativamente atraente e tinha o ar cool de quem está dentro da moda da sua geração mas que se está a cagar para o que é moda ou a sua geração. Encostado ao carro, telemóvel sufocado entre ombro e orelha, descascando a pele feia da laranja com as mãos e comendo-a gomo a gomo. O que foi estranho para mim é que o cenário teria toda a coerência se a laranja fosse substituída por um cigarro. Mas o tolo esbelto e saudável parecia não ter tal vontade. Afinal de contas, quem é que ele pensa que é?

Já se passaram alguns anos e entretanto fumar tornou-se um daqueles vícios que tenho dificuldade em controlar. É uma benção para todas as ocasiões. Quando ouço uma boa música, acendo um cigarro. Quando bebo um bom licor, acendo um cigarro. Quando estou na merda acendo um cigarro. Quando estou nervoso acendo um cigarro. E quando estou a relaxar, que se lixe, acendo outro. Já não se trata do circunstancial abandono niilista ou do aspecto suavizado que me pode dar, tornou-se algo que faz tão parte de mim como qualquer outra das minhas características.
Talvez comer laranjas na rua seja a marca da gente da cena do futuro. É mais saudável, a casca que cai para o chão é biodegradável, e não incomoda quem está à volta à excepção de uma ou outra ejaculação cítrica causada por demasiada pressão no fruto. Mas eu, como sempre apreciei os clássicos, vou permanecer fiel aos cigarros por agora. Além do mais, que quero eu saber das modas ou das novas gerações?

Matar o vício



Acho que isto da arte minimalista foi feito para mim, visto que parece ser fruto natural de uma combinação de preguiça e falta de talento.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº464)



Quando há WC Pato pendurado na sanita é impossível eu não jogar Duck Hunt enquanto urino. Estou programado para apontar na direcção da ave.

sábado, 4 de dezembro de 2010

It's a battle, not a war


Relações entre duas pessoas com baixa auto-estima implica que se magoem um ao outro tentando não se magoar um ao outro.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Pinóquio


À chegada do Inverno não havia Terça-Feira à noite em que não morresse. Às vezes um copo de whisky gelava-lhe os dedos mas cobria a base do estômago como um pontapé de existencialismo; Porque enquanto não cheirasse a sexo não seria de verdade - só quando não pudesse escapar do cheiro a sexo se sentiria real. Aprendera com o pai.

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