sexta-feira, 28 de outubro de 2011

I never knew a part of you you didn't set in ink


Tu vê-te ao espelho, eu vejo-me ao papel. E entretanto não nos vemos um ao outro.

Tédio


Minha gente, ando tragicamente entediado e cansado de pensar apenas para mim próprio. Alguém me estimule. Façam-me perguntas no Formspring, até.

Célula ao rubro


Aos escritores e poetas e pretendentes a tal que aqui passam, aproveito para divulgar que a revista poética de Faro procura autores:


"Nova revista poética de Faro. Leia-se Poética e não literária. Porque a poesia é bem mais que isso.
Aos poetas, leitores e aficcionados interessados em participar no projecto contactem:


gavinerubro@live.com.pt


é só mandarem poemas e a razão pela qual querem fazer parte do projecto e responderei com dedicação."

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 535)


Sei que não há muita excitação para ser vivida na minha vida quando me sinto o John McClane só por conseguir apertar o cinto das calças enquanto conduzo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 534)


"Não sei o que faz o Outono mais triste: este céu cinzento ou a súbita falta de raparigas bonitas com vestidos de alça."

Pensamentos Divergentes (nº208)


À espera sempre em frente da porta daquele bar
com vista para a janela onde ela se ia mostrar
antes dela se deitar virava a roupa ao pijama
com as formas a estraçalhá-lo antes de ir para a cama

Em noites frias a persiana é uma chata
em noites quentes nos seus lábios aquela lambidela à vira-lata:
a cerveja só aumenta o que brilha
e o amor dele entalado na braguilha

Era a mesma armadilha que ela já tinha tecido
coxas meigas no tecido só para lhe lembrar
o que podia já ter sido se ele soubesse o seu lugar
à espera sempre em frente à porta daquele bar

domingo, 23 de outubro de 2011

It's gotta be a rose 'cause it rhymes with Mose'


Reparei agora que hoje este blog faz 3 anos! Por isso parab... ah que se foda. Segue um vídeo.

sábado, 22 de outubro de 2011

It's always up to you if you want to be that



Não me venham com conversas sobre "para o bem das crianças". Se estivéssemos preocupados com o bem das crianças não as deixávamos por um pé dentro de uma escola.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Fluxodrama


Para processar esta noite, decidi roubar o método da Bolacha. Perdoem-me a falta de originalidade.


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 533)


"Morre de barriga cheia quem está disposto a passar a vida a comer merda dos outros"

So hard to fake


Lembro-me de quando cheguei à realização de que somos todos monstros esfomeados por sexo e movidos apenas pela oportunidade do mesmo.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O amor em pratos limpos


Não és se não a oportunidade inconscientemente processada pela minha imperativa geneticamente programada de propagar a minha informação cromossomática através de preferências estabelecidas e filtradas pela nossa compatibilidade hormonal e pela nossa história desenvolvimental e cultural. Ainda assim, acho-te bonita.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Who wants their teeth done by the Marquis de Sade?


Depois de ter ido hoje a uma nova clínica dentária cheguei à conclusão que eu devia era ter estudado para ser dentista.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 532)


"Um dia hei-de ter Alzheimer só para poder dizer que bebo para esquecer."

Balada anónima


Todos os dias dedicados a esquecer o primeiro amor que me deste a conhecer, com o abraço a estrangular-me os espasmos contendo o barulho das teclas em piano desastrado - os dedos de ataque massajando-me o corpo fraco, exalando as tuas delícias e o teu carinho vingativo com todo o altruísmo de quem força a semente num contentor estreito e mudo. E não há letras que cheguem para eu nomear por ordem alfabetica todo o mal que me fizeste nem há vida em mim larga o suficiente, mas toco todos os dias as mesmas teclas desastradas para lembrar que no fim o fim também é o fim de tudo o que é mau.

domingo, 16 de outubro de 2011

But I'm sorry it ever is


Durante o meu tempo por cá coleccionei vários ódios para amamentar a vida inteira. E de todas as vezes que me tentei recriar, a primeira coisa a fazer era sempre deixar esse ódio por trás - coisa que nunca resultou a longo prazo. E lamento.

Sem roupa nos ossos


respira o meu ar
naquela rua de prata
onde me encontraste primeiro
numa pilha fumegante de tentações
e onde orámos com os olhos
Que o subtexto das nossas palavras
não se perca nunca mais
no redemoinho das conversas circunstanciais

sábado, 15 de outubro de 2011

'Cause if you don't you'll never make a memory that will stay


Vamos aproveitar o dia. Pelo menos um deles. É que sem antíteses eu não me movo.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 531)


"A perfeita intersecção entre a coragem e a javardice é um gajo estar a ser masturbado e começar a cantar Mão direita mão direita é penalti..."

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Justificações


Recuso-me a falar da situação económica de Portugal, das medidas de austeridade ou do 1º Ministro por duas razões. A primeira é a de que quem acompanha este blog sabe ou intui facilmente as minhas opiniões e de qualquer forma não estaria se não a ecoar o que muitos outros escrevem pela blogosfera. A segunda é a de que de momento o meu mecanismo de defesa de eleição é fazer-me de autista e encapsular-me no meu próprio mundo para não ter de olhar nada disto nos olhos.


P.S. - Que, verdade seja dita, é no fundo o que a maioria das pessoas faz de qualquer das formas.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 530)


No dia em que fumo apenas um cigarro, chega à noite e sonho que vou comprar tabaco do bom e do caro. De seguida, acordo cheio de vontade de fumar. É por estas e por outras que odeio o meu subconsciente.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

I can't trace time


Quanto mais as coisas mudam, mais elas ficam na mesma.

Aprende a distinguir

Depois de beber uns vários copos em comunhão, o G tentava orientar-se com a sua nova máquina fotográfica

G - Não percebo porque é que isto não foca...
Eu - Está ajustado para leão-marinho
Todos - ?
Eu - Não-foca...
Todos - Foda-se.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

17 razões para o suicídio - II


Merda das horas. Esta noite levas aquele vestido, não vá lá estar a estúpida da Cristina que pensa que é melhor que tu só porque o teu ex a queria comer enquanto namorava contigo. E se aparecer o filho da puta do João hás-de te enrolar com o primeiro gajo giro que te coma com os olhos no bar. É que podem ir para a cama contigo mas ninguém te fode - hás-de ser tu a fodê-los e é o que merecem. E amanhã, se não chegar, vais outra vez para a internet para mostrar fotografias tuas para que sintas que hajam os invisíveis a desejar-te, que é melhor que ter de os aturar. É que o problema é vê-los. Quem vais tu amar se quem tens para amar é só um reflexo de ti.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

I need something that works faster



Nada se esquece. Tudo fica a fermentar por trás dos olhos até nos espumar de podre pela boca fora.

Pensamentos Divergentes (nº207)


Alando insossa o amarrotar dos verbos
passa-me tangente com prenúncia calma
o barulho dos meus movimentos internos
com tons de esboços eternos
- a cacofonia da alma.
Eu nunca quis morrer
tudo o que tentei foi escutar o silêncio.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Pensamentos Divergentes (nº206)


Eu uso os sapatos que me fazem parecer crescido
e tu usas aquele vestido que me faz imaginar
E tudo o que eu queria era o teu ventre aquecido
e uma faca afiada nas palavras de amar
E tudo o que tu querias era um espaço em mim
e um tempo para esquecer o teu fim.

Aos beijinhos no escuro
com os teus pais no quarto ao lado
ficámos de princípio selado.

domingo, 2 de outubro de 2011

Pensamentos Divergentes (nº205)


Espero pelo regresso
em que serás meu e eu tua
fácil de amar
como tu meu querido
quando voltares dessa guerra em que és único soldado
pendurar a farda suja e deitares-te a meu lado
e aquecer-te as mãos frias do dia a matarem-te com o passado.

Pensamentos Divergentes (nº204)


era conseguir mostrar-te
- sem sombra ou dúvida -
as coisas mais terríveis que me dão a mão
e que me encavalitam pelos dias fora

e mostrar-te melhor ainda
as belas coisas que vejo e os mundos bonitos
guardados por baixo da pele
com sóis a aquecerem-nos o sonho

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