terça-feira, 31 de agosto de 2010

I don't wanna go down like this

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Foda-se, tenho saudades de tocar em grupo. Alguém aí que saiba tocar instrumentos e tenha gosto musical interessante quer fazer uma banda?
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Coisas Que Um Gajo Coiso (nº438)

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Sou a única pessoa que, ao despejar sem querer chocolate em pó em cima do balcão ou mesa da cozinha, lhe passa pela cabeça que a forma mais fácil de limpar aquilo era snifando?

I'd like to stumble to bed and lay beside you

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A melhor coisa que vejo em muito tempo. Não sei se o meu coração se deva inspirar ou partir.


Para evitar o cliché de dizer que por vezes a loucura é a única forma de algumas pessoas se manterem sãs, limito-me a dizer que às vezes precisamos de delírios para ter alguma normalidade.

6 coisas que quase ninguém sabe sobre mim

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A Luz desafiou-me para isto. Acabei por demorar bastante tempo a fazer a lista porque me acobardei de dizer aquilo que praticamente ninguém sabe sobre mim e tive de pensar noutras coisas um pouco mais seguras.

1 - Durante a minha adolescência receitaram-me anti-depressivos. Que eu rapidamente deixei de tomar.

2 - Desde os 13/14 anos que corto os pelos do nariz porque durante a puberdade o meu código genético decidiu que era evolutivamente urgente ter mais pêlo dentro do nariz que barba e se eu não os desbastar chegam-me quase até à boca.

3 - Toda a auto-confiança que eu faço por transparecer é treta. Sou na verdade muito frágil, emocional e inseguro e odeio isso em mim.

4 - Tenho guardadas todas as minhas relíquias dos amores de adolescência numa caixa que faço questão de nunca abrir.

5 - Escrevo poesia desde muito novo. Quando era puto recitaram uns 7 poemas meus num evento literário na minha cidade. Não gostei e até abrir este blog quase ninguém alguma vez leu algo que eu escrevesse.

6 - É muito raro eu chorar, em parte por dificuldades físicas em fazê-lo. Parece que as minhas glândulas lacrimares não são grande coisa. Mas depois também parece que em bebé e criança era muito pouco frequente eu fazê-lo.

domingo, 29 de agosto de 2010

Live long and lick it - Os geeks também lambem

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O Benjamim, como bom mineteiro que é (pura conjectura), acabou de apontar que esta é uma boa imagem que apoia o movimento (já algo esquecido) BDHM - Bloggers pelo Desenvolvimento de Homens Mineteiros.

Salve Benjamim Machado, és grande.

Nepenthaceae

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Diziam-me teus lábios salgados
que deviam ser beijados
entre
tropeções
de
turpores púrpura
e mágoas indigestas foram-me entrando em bocejos
aos bocadinhos
nas peles dos desejos.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº437)

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Passei agora de carro por duas miúdas estrangeiras, giríssimas e de malas às costas, a pedirem boleia. Ainda pensei seriamente em fazer um grande desvio da minha rota e partilhar com elas a boa música que estava a ouvir como Architecture in Helsinki e The Libertines. Mas de repente lembrei-me que tinha namorada e das grandes facas de cozinha que ela possui.

sábado, 28 de agosto de 2010

Lying on my face going ringy dingy ding dong

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O mundo como o conheço está a chegar ao fim.

Como se querem

No bar

D - Olha R, passou ali uma miúda que faz o teu género.
R - E qual é o meu género?
Eu - Morenas e fáceis.
R (indignado) - Desculpa?!
D (completando-o) - "Morenas?!"

O pior não é este peso no coração

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O pior é não saber de onde ele vem.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº436)

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Hoje estive com uma senhora idosa que em vez de dizer cachecol diz "cassecol".

Hoje ninguém pode dizer que tenho problemas de auto-controlo porque fiz de conta que não se passava nada e nem me ri. E ela disse-o 5 vezes.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº435)

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"O problema de fazer sexo é que acaba."

24 years overdue

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Para todos aqueles com daddy &/or mommy issues.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº434)

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Estou a entrar naquela idade tramada em que parece que toda a gente que me atende em lojas é da minha idade ou ligeiramente mais novo que eu. É estranho e deixa-me um gosto a mofo na boca.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Flashbacks de Conversas Passadas (nº22)

Num daqueles ajuntamentos de adolescência

Amiga - Olhó! Estás bom?
Eu - Então, já não te via há imenso tempo. Estou bem e tu, que contas?
Amiga - Estou bem! Olha, sabes que mais?
Eu - Diz.
Amiga - Já não sou virgem!
Eu - ... uh, parabéns?
Amiga - Ahah, obrigada. Vou ali falar à xxxxxx, já falamos melhor!
Eu - Ok...

You know I'd stay but I just can't stand it

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Having a wonderful time

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Estou farto de tudo e estou a dar em doido e a minha cabeça já não dá para nada. Blahg blahg blahg.

Rabiscos (nº19) - Miserável & Pandilha

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Ela tem capangas e vai dominar o mundo, por isso o melhor é passarem a seguí-la no blog dela se quiserem sobreviver após o golpe de estado. Também vos aumentaria a probabilidade de se safarem se seguirem os outros dois, o sacana e a Menina Limão.


P.S. - O doloroso choque de cores é a razão pela qual eu normalmente me limito a desenhar a preto e branco.

Problemas de auto-estima? Eu?!

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Vêem? Sou o máximo.
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Bastante preciso

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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Matem-me já

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Coisas Que Um Gajo Coiso (nº433)

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Hoje aprendi a fazer a gravata sozinho. Não sei se deva ficar contente com o feito ou se deva tocar na minha guitarra eléctrica uma música punk aos altos berros para mostrar à sociedade que ainda não me conseguiram domar.

Se calhar vou só beber café e pronto, assunto arrumado.

THE POWER OF BALANCE, BITCH!

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Querida malta do design e o catano (de preferência aqueles que não usem pulseiras para conseguir andar sobre dois pés), alguém me pode dizer porque raios demoro o dobro do tempo a fazer seja o que for em adobe illustrator quando supostamente é tão e bom e porque raios não consigo usar o balde de tinta sem foder completamente a imagem?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Óbito

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Quando me foco no círculo negro preso pela cor desses olhos sei que vou morrer. Sei com todo o impacto a realidade óbvia e inescapável de que vou morrer. Vou morrer. Vou morrer. Vou morrer. Tudo o que alguma vez foi, é e será acaba no resultado inevitável da minha morte e só não o sei a cada outro segundo de cada outro dia porque sou cego, sou cego e louco e abraço a minha cegueira e embebedo-me da minha loucura. Vou morrer. Vou morrer e eu queria ser imortal mas vou morrer. Queria ser imortal, queria encontrar a minha imortalidade no círculo negro desses olhos mas nunca a vou encontrar e vou morrer.

Foda-se! (nº 44)

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Ultimamente tenho dificuldade em encontrar blogs giros por conta própria, só de pesquisar na net. Mas encontrei vários blogs de miúdas a falar dos namorados, uma miúda a falar do ex-namorado e a dizer "senti que me abandonas-te", um rapaz de 17 anos a pedir a namorada em casamento pelo blog, e finalmente o blog de uma agência funerária.

The kingcraft of a meritless crown

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Idiota inerte e inútil.


Não se trata de amor ou auto-estima. É a verdade de quem se conhece melhor que ninguém.

domingo, 22 de agosto de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº432)

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"As leggings são melhores que as calças porque as leggings são mais fáceis de despir."

Funniest girlfriend ever?

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Recentemente queixei-me à minha namorada que estava farto de receber publicidade no telemóvel; há semanas em que chego a receber 3 mensagens por dia. Para não falar de que recebo avisos de que já não tenho saldo no cartão só depois de o carregar.
Hoje de manhã ela foi andar/correr os tais 10 quilómetros comigo. Acabei de receber a seguinte mensagem:

Aviso: namorada a precisar de transplante de pernas para se conseguir movimentar de forma não ridícula. Se puder ajudar ligue para 2pernasja.

Quero fazer o mesmo e é JÁ

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Carta de Protesto Cruzado

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Exmo Sr. ou Srª. responsável pelas palavras cruzadas da edição do Público de hoje, nomeadamente a dita "Cruzadas 7444" de 22.09.10.

Apesar das longas e prazerosas sessões de frustração lexical que V.Exa e seus colegas me têm proporcionado, não posso deixar de protestar com a execução das palavras cruzadas em questão. Antes de mais, gostaria de saber como é que V.Exa espera que um modesto citadino como eu saiba qual o nome do "Peso antigo equivalente à quarta parte do quintal, ou seja, 23 arráteis e hoje arredondado em 15 quilos"? Julgo ser perfeitamente aceitável a completa ignorância do que é um arratél - atrevo-me até a sugerir que é uma ignorância desejável - e que antigamente se pesavam quintais em quartas partes. E não me interprete mal, eu nem era (muito) mau aluno a matemática, mas a inédita noção de "a quarta parte de um quintal" induz-me hoje em dia num abismo de fracções que prefiro evitar a todo o custo.

No entanto até este ligeiro contratempo seria, em qualquer outra situação, aceitável e negligenciavel. Não pretendo presumir que tenho um vocabulário ou um conhecimento do mundo tão vastos que me permitam responder ao desafio à primeira vez e sem qualquer dificuldade. O que me consternou, Exmo Sr. ou Srª, foi a primeira palavra da linha 7 horizontal: "Aquele que, entre os Alentejanos, instiga outro à briga".
Naturalmente, um homem de origem e vivência alentejana como eu, esperava à primeira leitura resolver rapidamente esta parte do quebra-cabeças, visto que mais do que uma vez testemunhei um alentejano a querer quebrar a cabeça de outro.

"Estúpido!" - pensei eu imediatamente. Letras a mais e seria, claro está, demasiado simplório para um puzzle de tal nível intelectual. Concentrei-me profundamente. "Provocador?" - pensei de seguida. "Não pode ser, letras a mais".
Decidi, Exmo Sr. ou Srª, que o termo simplesmente me escapava da mente de momento. Estava confiante de que em breve me ocorreria algo, nem que tivesse de primeiro preencher as palavras circundantes de forma a obter mais pistas. E assim foi, a verdade começou a tornar-se óbvia - a terrível verdade.
Exmo Sr. ou Srª., sinto-me profundamente ofendido por aquilo que, a meu ver, é a única palavra possível para resolver esta alínea. "Atiça".

"Atiça"?

Jamais, em todos os meus anos como alentejano, usei ou ouvi qualquer outro alentejano a usar tal expressão para "Aquele que, entre os Alentejanos, instiga outro à briga". Devo de forma indignada perguntar-lhe qual é, exactamente, o seu nível de conhecimento sobre a cultura alentejana. Ou está V.Exa a insinuar que os membros do dito nobre povo português se "atiçam" uns aos outros quais comuns animais ferozes?
Julgo que a escolha de palavras foi lamentável e desejaria que V.Exa estivesse mais atento a este tipo de erros no futuro.

Se V.Exa deseja expandir o seu conhecimento desta cultura, da mesma forma que eu tento resolver as palavras cruzadas de V.Exa para expandir o meu conhecimento da língua portuguesa, convido-o a comer uma açorda alentejana em minha casa e, quem sabe, instigar brigas que resultem em aprendizagem à base de cajado.

Atenciosamente,
T.

Como é que é possível haver gente que diz que a política não tem piada nenhuma?

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Na página 7 do Público de hoje lê-se um título e cito:

« Jerónimo de Sousa acusa PSD de ser "patomineiro" »

É um frase que desperta o sentido de humor da nossa imaginação e já me deu muita alegria só para hoje. A notícia chega a ser mais hilária mas não me apetece transcrevê-la.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº432)

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10 quilometros, com corridas pelo meio, para um gajo que não faz desporto há anos e fuma como uma besta não está nada mal. Vamos ver é como é que vou estar amanhã.

A minha próxima tentativa de realização hoje vai ser resolver outra vez os Sudoku's do Público, mas acho que estou a abusar da sorte.

sábado, 21 de agosto de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº431)

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"Não sou temente a Deus, mas sou temente a tudo o resto."

Knowing my ignorance to modern life

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Desconfio que tudo o que sou é tão pequeno que tudo o que há para saber sobre mim cabe nesta música.


Sabem o que é chato chato?

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É gastarmos uma tarde, a pedido de um amigo, a fazer o cabeçalho para o seu blog que ao fim de 2 posts e 2 meses sem actualizações foi apagado sem se quer utilizar o dito cabeçalho.

G, se estiveres a ler isto, ficas já a saber que exijo que faças outro blog nem que seja para eu ler o que escreves porque gosto do que escreves. Isso e quero uma cerveja de recompensa por este fracasso.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº430)

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A minha maior vitória no último mês foi completar o Sudoku mais fácil da edição de hoje do jornal Público em menos de 30 minutos.

Tem sido um mês triste.

I wanna drink drink drink smoke fuck fight

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Algo para ajudar a sair da ressaca e da depressão porque quero voltar a beber esta noite.

Alerta de neuroticismo

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Não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim, não gosto que falem sobre mim.

Mas...

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Alguém me explica como e porque é que anda a vir gente a parar a este blog através de um link manhoso de um supermercado holandês?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Foda-se! (nº 43)

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O sacana decidiu, naquilo que eu presumo ser a intenção indemovível de me quebrar o espírito e a vontade de viver, mostrar-me esta notícia.

Um helicóptero de combate a incêndios foi apedrejado pelo proprietário do charco onde este helicóptero foi abastecer água para ajudar a apagar um fogo em Escalhão.
O homem foi identificado pois dirigiu-se aos bombeiros exigindo que a água que lhe tinha sido retirada fosse restituída.

Hoje devo beber whisky.

I was led astray

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O F.D.P. Carvalho, que às vezes é um FDP só, viciou-me nisto.

Ama-me mais

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A musa negra tem cara de irmão. Quer ser quem tu realmente és. Vai-te agarrar a mão, forçar-te o uso, encher-te os pulmões na injecção da memória.
A tua vida é feita de mentiras. É só dar um trago.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Próximos objectivos de vida: Divorciar-me e tornar-me aposentado por tempo indeterminado

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Segundo este artigo os divorciados tendem a ter mais relações sexuais que solteiros e casados e a diferença não é pouca. Pelo menos na Grã-Bretanha.
Aqui estão os resultados principais.

"O levantamento apontou que 68% dos divorciados têm relações sexuais de seis a 20 vezes por mês - uma proporção maior do que entre os casados (44%), solteiros (38%) ou casais que vivem junto (43%)."

"A pesquisa indica ainda que 11% dos divorciados têm relações sexuais mais de 21 vezes por mês - quase o dobro dos britânicos casados."

"Entre os aposentados, 29% fazem sexo mais de 11 vezes por mês, em comparação a 24% dos que trabalham em período integral e 20% dos que trabalham meio período."



P.S. - Agradecimentos ao R pela indicação.

Overdose de idiotismo pseudo-intelectual

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Há bem pouco tempo viciei-me em audiobooks. Era fantástico - andava com o meu iPod para todo o lado. Podia estar, para todos os efeitos, a ler livros que queria ler enquanto fazia outras coisas do dia-a-dia: enquanto preparava algo para comer, enquanto ia de um lado para o outro, até mesmo enquanto fazia a barba. Era idílico.

Até que dei por mim, sentando na sanita, a ouvir a voz de Douglas Adams a ler para mim um dos seus livros hilários enquanto eu tentava resolver o Sudoku do jornal do dia.

Decidi fazer uma pausa de audiobooks.
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Gonna be leavin' soon

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Hoje vou tentar ser melhor do que aquilo que fui ontem.

Wh...what? Double what plus what?

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Diz-se que a moça percebe do assunto.
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Este sou eu, mas não sou eu

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Ela olha-me do outro canto do bar. O olhar tem aquele distinto sotaque de sedução com o qual só alguns olhos femininos falam. Os franceses, e principalmente os idiotas, chamam-lhe por simplicidade e frustração "Je ne sais quoi" - não há maior exercício na futilidade do que dar a algo que não se sabe o que é o nome de algo que não se sabe o que é. Homens mais inteligentes e sofisticados limitam-se a não lhe dar nome. Eu chamo-lhe A Ilusão, porque aquilo são olhos de uma mulher que sabe o que quer.

E uma mulher não sabe o que quer.

Estes olhos, que são menos olhos e mais reflexos de adagas por tingir, costumam pertencer a mulheres bonitas e inundadas por uma aura de doce tristeza. A característica mais fascinante destas mulheres é a forma como irrevogavelmente, todas as vezes, parecem dizer ao ouvido masculino "Tens lume?" quando na verdade o que dizem é "Tens quem te aqueça a cama? Sinto-me sozinha e preciso de alguém que me engane a tristeza e me faça sentir bonita durante uma hora ou duas".
São o pior tipo de agarradas e de pedintes. Vivem da auto-estima que os outros lhe emprestam.

Morreria de pena delas se não fossem tão convenientes de usar.

Kiss me, you illustraded man!

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É por isto que eu gostava de um dia ainda ser escritor. A fama e as groupies.


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Corpo dela que é meu também

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Um dos desenhos que fiz hoje na perna d'Ela enquanto viamos televisão de forma intermitente:


Os olhos tapam duas cicatrizes semi-circulares que ela tem devido a um acidente há 2 anos atrás... no qual eu a atropelei sem querer. Não me façam perguntas.
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Ideia atractiva

Sem termos muito que fazer nesta tarde nublada, comecei a fazer desenhos no corpo da minha namorada. Acrescentava valor artístico às suas pernas (já de si dignas de exposição num museu de arte) quando pousei em reflexão nos seus joelhos.

Ela - Vais-me pintar também nos joelhos, é?
Eu - Estava a pensar desenhar em cada ímanes de carga positiva.
Ela - ...
Eu - Porque se repelem.
Ela - ...
Eu (abri-lhe as pernas)
Ela - ...

Loaded like a gun

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A pena que eu tenho de não saber de um armazém abandonado aqui para estes lados. Há dias em que dava jeito.


"Not in this town. There's eyes everywhere."

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº429)

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"Só porque estou deprimido isso não quer dizer que eu esteja triste."

Equilíbrios

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Estas pulseirazinhas andam a ficar famosas. É suposto darem maior equilíbrio, saúde e sensação de bem estar às pessoas através do poder de um holograma... que optimiza o fluir do campo de energia de um corpo...

Bem, eu sei que isto já anda a ser muito falado e não vou repetir tudo o que se anda por aí a dizer. Só venho quebrar com aquilo que será a ideia errada de que eu sou contra estas pulseiras. Muito pelo contrário, sou 100% a favor.

É que são invenções muito práticas. É uma forma óptima de identificar idiotas sem termos de nos dar ao trabalho de falar com eles. Poupam-me tempo e energia. E sem se quer precisar de hologramas.

A minha vida anda a precisar de algum entusiasmo e aventura

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Coisas Que Um Gajo Coiso (nº428)

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Quando nasces metem-te num berço. Depois disso tens um quarto, uma casa. Andas em infantários e escolas até te fecharem num escritório para arranjares uma caixa só tua onde tu te possas enfiar, talvez com mais alguém.
Passas a vida inteira colocado em caixas ou a saltar de uma caixa para outra, até morreres e eles te meterem numa caixa até não restar nada de ti para meter seja onde for.

Shout at the world because the world doesn't love you, lower yourself because you know that you'll have to

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A imensidão da minha inutilidade é tão vasta que não consigo evitar sentir-me impressionado.

domingo, 15 de agosto de 2010

"PIDE, Tarrafais e o carago"

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Na secção de economia do Público de hoje (não sei que me deu para ler a área de economia mas devia consultar o meu médico), há uma crónica de opinião por Dani Rodrik, professor de Economia Política na Universidade de Harvard, que fala no mito de que os regimes autoritários têm mais sucesso ou crescimento económico. Segundo ele trata-se de um mito pois por cada caso de sucesso económico em regime autoritário, há muitos outros de insucesso. As democracias, por outro lado, têm, com relativa consistência, um desempenho económico superior. Dani Rodrik explica também a aparente excepção da China, mas não quero deambular muito da conclusão central, muito melhor elaborada pelo autor, que é: a ditadura e o autoritarismo nunca fez nenhum bem a nenhum país e muito menos aos seus habitantes. A democracia é, até hoje, a marca do sucesso social e económico.

Tenho pena que este artigo de opinião esteja enterrado nos latifúndios intelectuais que são as páginas de economia, uma área cheia de estigmas e que escapa à vista e ao interesse da maioria das pessoas (onde eu estou incluido apesar de, como muitos economistas, usar óculos e ter profundos atrasos no meu desenvolvimento social). Tenho pena porque é um mito importante de desfazer pela mão de ferro com que domina os portugueses.
Tenho pena por causa das fastidiosas afirmações como "Um Salazar fazia bem à economia deste país" ou então o famoso, e por razões quase óbvias mais incinerante, "O Salazar é que fazia cá falta". Estes comentários, tanto quanto consegui averiguar durante a minha vida, provêm de três fontes diferentes mas não mutuamente exclusivas: 1) estúpido fervor direitista, 2) ingenuidade na repetição de máximas proferidas por outros e 3), a mais perigosa de todas, pura e docemente aceite ignorância.
Em relação ao período pré-revolução, há muito menos famílias a morrer à fome em Portugal. As crianças têm todas o direito e oportunidade de continuar na escola - são aliás obrigadas a isso. Já não temos de ter medo de falar uns com os outros, de estender a mão a outro ser humano. Temos acesso a conhecimento e a outros modos de vida. Vivemos mais tempo, vivemos melhor e mais saudáveis.

Não faz cá falta nenhum António Oliveira Salazar. O que faz falta é, como país, ultrapassarmos este síndrome de mulher batida que parecemos ter de querer voltar a quem nos trata mal porque não gostamos de nós próprios. Precisamos de ultrapassar o trauma e começar a falar nos meios de comunicação sociais, e principalmente uns com os outros, sobre como eram as coisas sob a sola do Botas.
A nossa democracia já tem 36 anos. Já devíamos ser crescidos que chegue para nos fazermos à vida e para nos recusarmos ao desejo de ter um paizinho que nos espanque quando somos maus.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº427)

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Sou fraco. A pressão de grupo produzida pelos meus amigos e a minha namorada convenceu-me a acordar hoje, um Domingo, às 7:30 da manhã para ir correr/andar porque é saudável e não nos faz mal nenhum e tal.
Ainda mais parece que é para se tornar um hábito. Estou fodido.

Desafio "(Des)Vantagens de ter um blog"

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A Luz lançou-me há uns tempos um desafio no qual só agora reparei. Se isso acontecer ou já aconteceu a mais alguém não é por mal; eu tento, em larga medida sem sucesso, ler e acompanhar vários blogs e não é incomum passarem-me coisas ao lado. Nestas situações, se alguém quiser mesmo que eu responda a um desafio, o melhor é contactar-me através de comentários no meu blog ou então através do meu e-mail.
Em 1º lugar tenho de indicar 3 vantagens ou 3 desvantagens (consoante o nível de optimismo de cada) em ter um blog. Em 2º lugar devo dizer quem não convinha ler o meu blog. Em 3º é passar o desafio aos blogs onde passo mais tempo.

1º - Como eu sou pessimista e o sou ainda mais no que toca a este blog, escolho as 3 desvantagens. Primeiramente, e de forma mais marcada, é a paranóia que em mim causa poder ser "descoberto" por pessoas que me conhecem pessoalmente. Depois há os dias (felizmente não são todos) em que parece que as pessoas que mais gostam de me ler são algo vácuas - o que me faz sentir que o blog é de facto uma merda e consequentemente eu sou uma merda. Finalmente, vejo outros blogs que são incrivelmente melhores que os meus (maior parte das vezes com menos seguidores que o meu) e sinto-me mais uma vez um fracasso.

2º - Convinha não haver ninguém a ler o meu blog. Pelo menos ninguém que me pudesse conhecer. Pelo menos é esse o meu desejo mais intimo, mas faço por lutar contra isso.

3º - Esta é que me fode porque sou muito preguiçoso e mesmo que não fosse tinha demasiado medo de me esquecer de alguém; além do mais acho que os donos dos blogs onde passo mais tempo sabem que passo lá tempo. Mas para o caso de assim não ser, desafio quem quer que se sinta desafiado e lhe apeteça responder a isto.

sábado, 14 de agosto de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº426)

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"Nunca vamos ficar sem palavras, inventá-las-emos para toda a eternidade consoante as nossas necessidades. Nunca vamos ficar sem palavras e elas nunca irão ser suficientes."

O amor é o oposto da cegueira

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Ela vê em mim o rapaz neurótico que finge que não cresceu e que finge que se cresceu então não cresceu agarrado a livros e a histórias imaginadas na sua cabeça. Ela vê em mim os meus vícios, as minhas drogas, as minhas crises e as minhas ilusões.
Ela vê tudo o que sou e apesar disso vê mais do que alguma vez poderia pensar ser.

Reaching up to grab me

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Sinto uma queda para breve.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Gostava de escrever

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Mas sinto que não tenho nada de interessante para dizer.

É que enquanto sóbrio não me iludo com pretensões de que sou sensual e cativante.

Estou completamente viciado em

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DOCTOR WHO

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº425)

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A fumar no quintal ocorreu-me que o universo podia terminar a qualquer momento e eu nem daria por nada.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Não percebo patavina disto mas ele há-de perceber

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Esta é para o G que está na Alemanha há demasiado tempo e me deixa com saudades.

Estou rebelde

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Fui para o Algarve sem preparação. Levei pouco mais que a roupa que tinha no corpo; nem escova de dentes levei e o meu marfim está a precisar de uma boa esfrega.

Mas estou de volta.

P.S. - Parabéns atrasados à minha querida Joana.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pensamentos Divergentes (nº161)

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Meu lindo cancro vermelho
que fermenta na minha boca
[sou mais eu quando rompes
sou mais eu quando rompes]
- são mais eu quando me esperam em cacos nas prateleiras da eternidade,
os imortais que ninguém recorda dos dedos a história contada em cotos.

Dá-me o veneno.

Dá-me vida eterna.

Dá-me a razão antes que morra.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº424)

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Sabem o que é um óptimo snack para após a meia-noite? Banana com manteiga de amendoim.

Não têm de quê.

sábado, 7 de agosto de 2010

Pequenos prazeres

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Estou bêbedo, estive com amigos, falei de literatura com um gajo que não via há pelo menos 3 anos, e uma rapariga que fazia anos convidou-me aparecer numa foto com ela só porque sim.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pautas Velhas

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Ultimamente tenho pensado bastante sobre as minhas características e de onde elas vieram. Nomeadamente a relação que poderá existir entre essas características e a minha própria família e interacção entre os seus membros. Estes pensamentos são incitados pelo facto de notar cada vez mais em mim os traços faciais da minha família paterna. Não ajuda também ter visto ontem vídeos de quando eu era pequeno - uma criatura irritante, impulsiva, aberrantemente ignorante e com um aparente impedimento da fala se não do cérebro - na presença de uma namorada que não me fazia esquecer, de 20 em 20 segundos, como eu era "querido" e "fofinho". Ênfase no tempo verbal da palavra era.
Voltando a essas características, há certas coisas que aparentemente são incontornáveis e fáceis de constatar para além dos tais traços físicos inevitavelmente observados por amigos cruéis e por uns tantos familiares do paleolítico, para todos os efeitos nossos desconhecidos, que felizmente só encontramos a cada raro alinhamento dos astros, mais frequentemente manifestados através de casamentos ou funerais.
Por exemplo, no meu caso, a música.

Tanto quanto percebo, venho de uma considerável linhagem de músicos frustrados. O meu falecido avô paterno deixou para trás neste plano uma enorme variedade de instrumentos musicais nos quais ele era relativamente propenso. Mas que seja do meu conhecimento nunca investiu neste passatempo como mais do que um passatempo por questões financeiras.
Já o meu pai (tal como, suspeito, eu próprio) poderia inserir-se num Manual de Estereótipos Humanos. Com uma "formação musical a sério" nunca fez carreira como músico apesar do seu talento no piano e no violino - isto é, se não contarmos (e não há razão para o fazermos) com a sua banda de juventude que editou um disco obscuro e sem sucesso. Como se não bastasse, há pelo menos 20 anos que ouço o meu pai, sentado ao piano, a tentar qual Sisifo terminar a sua Grande Composição de forma infrutífera.

Esta história terá deixado alguma marca em mim, pois parece ser uma propensão hereditária. Conto no meu arsenal musical: 1 kazoo, 1 harmónica, 1 melódica, 1 flauta, 1 pandeireta, 2 campainhas de bicicleta, 1 ovo (equivalente a uma maraca), 1 microfone, 1 amplificador, uns quantos cabos, 1 pedaleira loop station, e finalmente e mais importante: 3 guitarras (1 acústica, 1 electro-acústica e 1 eléctrica) e 1 cavaquinho que para todos os propósitos transformei num ukulele.
A supracitada colecção de quinquilharia cacofónica seria no entanto mais impressionante se eu fosse particularmente habilidoso no que toca a performance musical. Não apenas isso como não tenho, de momento, intenções de carreira musical de qualquer tipo. Estive, em curtos períodos de tempo, em duas pseudo-bandas que não deram em nada e também deixei de passar dias inteiros a compor a minha própria música.

Não obstante é um passatempo que eu não largo. Há algo de inerente em mim que tem prazer nas pequenas coisas relacionadas a estes instrumentos e à música no geral. Por exemplo, obtenho uma peculiar satisfação em trocar as cordas de uma guitarra. Agrada-me o manusear da guitarra e toda a elaboração que é por vezes necessária na qual tenho de me auxiliar de alicates, afinador e uma mão cheia de doce paciência.
Também há algo nisto que apela ao maníaco-depressivo que há em mim, como a exilariante experiência de estar a afinar uma corda e, subitamente, alguma parte caquética da guitarra ceder sobre pressão levando a uma inevitável pequena "explosão". No furor da adrenalina causada pela surpresa do acontecimento (que em retrospectiva não deveria ter sido surpresa nenhuma) e pela dor aguda num ou mais membros do corpo, é com um misto de alívio e desilusão que olho para a minha mão e constato que, apesar do tom preocupantemente vermelho desta, não me falta nenhum dedo.

Sei que o moral desta história privada (se é que há algum tipo de moral nos meus devaneios mal construídos) aparenta ser "Não consegues fugir do passado". Mas vamos antes fazer de conta, porque é mais agradável e mais construtivo, que existe um moral e que este é "Maior parte das vezes isso não interessa desde que gostes do que fazes". É mais comprido e provavelmente menos universal, mas acho que consigo viver bem com isso.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº423)

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Uma das poucas vantagens de se ter de usar óculos para... tudo, é que posso cortar as unhas dos pés sem o medo constante de vasar um olho - perigo que, lamento dizer, seria bastante real caso estivesse isento de qualquer tipo de protecção para a vista.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº422)

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É o 4º dia que uso a mesma t-shirt. Acho que vou tomar um banho até me sentir parte integrante da sociedade outra vez.

domingo, 1 de agosto de 2010

A pergunta mais frequente

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Esta é basicamente a relação que tenho com os meus amigos e namorada.

Insightful but hollow

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A propósito do post anterior.

Segredo de Adulto

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Uma coisa que não nos contam quando somos jovens é que o nosso coração não muda depois da adolescência. Não muito.
Crescemos, é verdade. Aprendemos muita coisa, se nos permitirmos a isso, e as nossas perspectivas alteram-se de forma brutal ao longo do tempo. A nossa personalidade consolida-se, ganha novos tons. É o mundo que mais muda à nossa volta, mas o peito fica quase o mesmo.

O meu amigo D diz que é aos 18 que deixamos de contar a nossa idade e é verdade. Ainda me vejo na minha cabeça como quando tinha 17 anos. Lembro com carinho o sentimento de desespero constante, as noites, as paixões novas a cada minuto, o fumo, as bebidas em copos de plástico e os comprimidos tomados em palma da mão.
Os lábios das raparigas ficavam mais bonitos. Os toques e os cantos escuros mais convidativos. Os amigos eram mais amigos, as mágoas eram da cor mais profunda, as alegrias brilhavam em supernova e os amores eram os mais lestos e pulsantes.
Tudo era eterno, tudo era efémero. Viviamos circunscritos em tudo o que alguma vez tinha existido e alguma vez existiria. Reinávamos as nossas terras de ninguém e jamais alguém poderia mudar isso, até que um dia mudou sem que se desse por isso.

Nunca ninguém nos falou disto. Nunca ninguém nos avisou que iamos ser sempre adolescentes, que nunca iriamos parar de crescer e que sempre quereriamos ser putos, sentindo-nos putos à mesma. E pior ainda, nunca ninguén nos disse que não há mal nenhum nisso.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº421)

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Acabei de chegar a casa e sinto-me mal porque acho que interrompi uma das raras sessões amorosas dos meus pais.

Amanhã não vão estar simpáticos comigo.

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