terça-feira, 29 de novembro de 2011

Conversa Conjugal (nº28) - Se há algo em que não sou hipster é no sexo

Estávamos a passear de carro e a falar de fetiches e de como eu aparento ter um grande número destes

Ela - (...) Pelo menos não tens aquele fetiche da empregada sexy.
Eu - Erm...
Ela - A sério?
Eu - Erm...
Ela - Epá, mas isso é tão cliché...
Eu - Mas eu sou um gajo cliché...

I know


Bom dia. Agora vão-se foder.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

sábado, 26 de novembro de 2011

Some day maybe I'll know better, but right now I'm making them pay


É sempre a mesma merda. Tento ser um menino bem comportado até de tanto puxarem por mim fazerem o copo transbordar. E depois fica tudo surpreendido e dizem que perdi as estribeiras.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 540)


As relações amorosas parecem-se aos frutos silvestres. Durante um tempo são doces e sabem bem mas durante muito mais tempo andamos ocupados a raspar os restos não digeridos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ranhosos e mal-educados



Ao contrário do que muitos dizem, esta geração não está "perdida". Pelo menos não é correcta a implicação que está por trás do cliché - de que a geração está perdida porque se perdeu, como se tivesse virado na direcção errada a caminho do que é o claro e recto trilho do futuro. A geração foi colocada por outrém num labirinto caótico causado pelos tropeções das gerações anteriores que derrubaram as estruturas do nosso caminho. Viciaram o jogo antes de cá chegarmos e ainda por cima culpam-nos a nós da inescapabilidade de uma situação da qual não tivemos controlo.

Se soo zangado, é porque o estou e todos devíamos estar. Porque após o 25 de Abril, surgiram muitas oportunidades que não se agarraram por incompetência, distracção ou simples ingenuidade. Não se educaram os cidadãos, não se alertaram para as consequências das nossas práticas, não se cumpriu a promessa de um estado laico, não integrámos no nosso consciente as implicações do passado e ninguém se preocupou sobre de que forma devíamos existir com o outro e connosco próprios. Não ponderámos em conjunto na altura (e penso que nunca o chegámos realmente a fazer) sobre o que significa ser um português livre e que direitos e sobretudo deveres isso comporta. E após esta negligência cultural, intelectual, humana e espiritual, a culpa cai sobre a nova geração. E ainda é dito aos membros da nova geração que são preguiçosos, imorais e irresponsáveis - comportamentos que, quando constatados, foram aprendidos se não até mesmo incentivados pela geração anterior; Como os jovens alunos que cabulam e fazem batota nos exames com aprovação dos pais porque o que interessa não é adquirir conhecimento e ser uma pessoa justa, honesta e real - o que interessa é passar a perna ao sistema e tirar boa nota e vir um dia a ser um profissional incompetente mas que ganhe o seu. Ou como os jovens que não têm interesse na vida política ou em tentar melhorar o país onde vivem porque "não vale a pena" e "temos é de nos concentrar a fazer a nossa vida", na ilusão solipsista de que é possível ao ser humano existir sem coexistir.
Não se deixem enganar, o interesse em salvar este país é pouco. A maioria das pessoas não acredita que tal seja possível. E por isso é que a minha geração ouve tanta vez "Vai trabalhar lá para fora, que lá fora é que se está bem, isto aqui não vai dar em nada". Chega-se à desagradável conclusão que quem nos arruinou já nem tem interesse em tirar-nos da ruína.

E é este o património que herdámos e que vamos deixar para os que nos seguem. Porque os valores que interessam para a nossa sobrevivência e crescimento não interessam a ninguém se não um punhado de esperançosos que são, na melhor das hipóteses, apelidados de ingénuos e de sonhadores.

No one will ever read his words


É tempo de melancolia, solidão e fantasmas do passado que ninguém dá pela presença.

Foda-se! (nº67) - Trolled por sms

Recebi no meu telemóvel uma mensagem de um número que desconheço. Este foi o diálogo que decorreu, palavra por palavra

??? - Ola quem é ?
Eu - Penso k se enganou de numero.
??? - Quem é, agora chegei a kaxa tnha uma chamada nao atendida km este numero
Eu - Impossivel, nao fiz chamadas, viste mal o numero.
??? - Nao vi nda . Es rapaz ou rapariga

Nesta altura decidi não responder, mas ao fim de uns minutos...

??? - Comu te chamas e que idade tns ?
Eu - Ja te disse k n fui eu e n estou interessado em fazer amizades por isso deixa-me em paz.
??? - Nao seijas mazinha
??? - Sou bastante querido .
Eu - Pronto, sou tua. Eh impossivel resistir a tanta eloquencia e charme. Sodomiza-me com o pente da tua avo enquanto navegamos o pacifico em procura da ilha dos unicornios dourados.
??? - Hum ok . Tnho 19 anos . É para sabers a minha idade .
Eu - Eu sou um gajo com 25 anos. Paramos com isto agora ou continuamos a parodia?

Como ficou mais tempo que o costume sem responder...

Eu - Bem me parecia. Eh para aprenderes a deixar de ser tanso.
??? - Eheheh . Dves ser alguma menina marota
Eu - Foda-se!
??? - Foda-se! :->

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 539)

Escrevi isto, de mim para mim:

Preocupas-te de mais com o que as pessoas pensam de ti, e a principal razão pela qual isto te tem incomodado tanto ultimamente é por causa do que poderão pensar de ti se descobrirem como te preocupas com o que os outros pensam de ti.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

I'm such a tiny toad


Se eu fosse capaz de te fazer ver aquilo que eu vejo.

Educação/Física


O lugar no banco é tudo o que vejo. E nem me importo de não continuar só para falar contigo. Finjo uma dor no tornozelo só para me poder sentar um bocado ao teu lado sem ser muito óbvio. O sorriso cura-me a dor que não me aflije e é melhor parar antes que vá longe de mais - antes que fique próximo de mais.

- Então, maricas! Já lhe passou a dorzinha no pezinho?
- Cala-te e passa a bola.

Pensamentos Divergentes (nº215)


ficas bonita quando estás triste
(quase tão bonita como quando não estás)
e tudo o que dizes está da boca para dentro
evaporando o momento

domingo, 20 de novembro de 2011

Fazer fita (métrica)

Estava a passear com a minha namorada pela cidade

Eu - Estás a ver aquela rapariga a quem eu falei há pouco?
Ela - Sim.
Eu - Foi a tal que se deixou dormir no meu quarto com a ******* em tronco nu depois de se encamadarem.
Ela - Se eu soubesse tinha-lhe tirado melhor as medidas.
Eu - Nunca mais dali saíamos, eram muitas medidas para tirar.
Ela - ... Não falo mais contigo.

Shining down


Tem dias que até o mau tempo é bonito.

Isto Esteve estranho, vai ficar mais estranho ainda


Há mulheres que fascinam, confundem e fazem com que um homem fique incrédulo perante algumas das suas acções. É um poder quase místico que umas poucas eleitas manipulam.
A Assunção Esteves, actual presidente da Assembleia da República (a primeira mulher a ocupar tal cargo) é uma dessas mulheres. Diz que foi convidada pela Maçonaria e pela Opus Deis, mas recusou o convite. No entanto, estes convites (de entidades que ideologicamente são completamente opostas) não será tão surpreendente assim visto a afirmação milagrosa da Srª Presidente de que "numa folha A4 se podia mudar a Europa toda". Não sei se ela se refere a um desenho da Europa para colorir livremente a lápis de cera e ainda é incerto se a senhora se tratará de um génio como nunca testemunhámos na história da humanidade ou se é, simplesmente, um pouco avariada. Mas tendo em conta o cargo que ocupa, estou mais inclinado para a última hipótese.
Agora, se me dão licença, a Maçonaria e a Opus Dei mandaram-me um pedido de amizade para o Facebook, coisa que prova o poder que Dan Brown atribui a estas organizações visto que eu nunca criei conta no Facebook.

sábado, 19 de novembro de 2011

Foda-se! (nº66)



"(...) the vain individual has created a goal which is impossible of attainment in this life. It is his purpose to be more than all others in the world, and this goal is the result of his feeling of inadequacy. (...) There may be individuals who are conscious that their vanity begins where their feeling of inadequacy becomes evident, but unless they make a fruitful use of their knowledge their mere consciousness is sterile"
Alfred Adler em Understanding Human Nature

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Look at yourself boy, whatever the price



Há quem tenha como força motriz a conquista do mundo. A minha é afundar-me em mim próprio até encontrar alguma coisa.

Pensamentos Divergentes (nº214)


queria ter braços do tamanho desse espírito fecundo
para abraçar a epiderme desse teu mais profundo
mas não sou se não um traço
um girino no teu regaço
um ponto exultante nesse mundo

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 538)



Sou preguiçoso e ando cada vez mais a cagar para a minha aparência. A única razão pela qual fiz a barba hoje foi porque olhei para o espelho e por algum motivo o meu bigode tinha-se transformado num bigode à Clark Gable e eu não tenho nem metade do carisma necessário para ter esse tipo de pêlo facial sem parecer completamente ridículo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ingredientes para fazer um T


- Uma chávena de chá cheia de necessidade ilógica de ser totalmente perfeito em todas as actividades da vida na esperança cega de um dia ser especial e assim justificar o espaço de mundo que ocupa.
- Uma colher de sopa de rituais masoquistas designados para a auto-punição quando não se cumprem expectativas irrealistas de si próprio
- Raspas de misantropia q.b.
- Uma colher de chá de falso optimismo e boas intenções (só para equilibrar um pouco o amargo das raspas de misantropia).
- 20ml. de sumo de auto-comiseração.
- 100g. de narcisismo refinado para cobrir as demasiadamente evidentes inseguranças.
- Uma garrafa de whisky.

Bom proveito!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pretend there aren't ten strings tied to all ten of my fingers


Convenci-me que o problema é ver com demasiada clareza. Alguém que me cegue o peito.

Pensamentos Divergentes (nº213)


dedos delicados
não acariciam os lábios
de beijos gretados
e o teu lindo cadáver
que já não posso admirar
brota flores de mágoa
perfeitas para adorar
provando lágrimas aos teus pés.
é como eu
o cobertor de terra onde tu já não és
colecciona os ossos de quem eu amo

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Catatonia em 8 bits



O Inverno não tem dias quentes e esplanadas para beber cerveja fresca nem noites amenas para conviver com amigos e vinho branco, mas tem jogos de computador e séries boas para vegetar em frente à televisão e acabo sempre por me sentir assim.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 537)


Sonhei que voltava à escola só para voltar a ter gente a chamar-me estranho e a ridicularizar-me. Quando mesmo é que é suposto um gajo tornar-se adulto?

Pensamentos Divergentes (nº212)


confesso que é bom voltar a ver-te
embora incomode ainda o nosso falhado romance
mas nestes anos cresceste tão para lá de mim
e portanto para lá do meu alcance
reconheço ainda o rapaz doce que levava sempre flores
e nas quentes mãos o coração para dar
só que agora pareces ser mais cínico e triste
e eu sei quem é que devo culpar...

espero que tenhas encontrado outras
que te soubessem amar
e espero principalmente
que o tenhas conseguido aceitar
os teus olhos ainda são meigos
como o foram da primeira vez,
mas ligeiramente menos vivos
ou será que é só quando me vês...

domingo, 13 de novembro de 2011

Where do I begin?



A parte mais cansativa da vida é passar a vida a formular teorias sobre o significado da vida para ficar sempre com a dúvida da hipótese do significado da vida ser passar a vida a procurá-lo.

Foge enquanto podias


Banha-se com a pura estratégia de acalmar a fera cintilante que lhe habita o crânio. Ela prende-lhe a razão, mantendo-o desorientado com lestas ideias em rascunho, cada uma mais incompleta que a anterior. Sente a vida a escorrer-lhe pelo corpo e pelo cano abaixo. A casa velha, a cidade onde morou. As formas reflectidas pelo sol e o coração descompassado. O cheiro a desespero, o bafo do mesmo nos conhecimentos. Os fragmentos das ruas e as suas sombras prístinas e vivas nos poros da alma.
Respira o fogo e as suas fagulhas fotográficas. Nada alguma vez te tirará isto.

sábado, 12 de novembro de 2011

Pensamentos Divergentes (nº211)


evadir a morte de Inverno
é dar-te o meu amor em trapos
(é tudo que tenho)
e ser que baste para te aquecer

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Eucaristia


Queria sem saber como fazer-te ver o que ninguém suspeitava. Como o que os anos te trariam com os teus amigos de plástico e os seus dentes oblíquos que aprendias a emular. Intoxicada pela ideia de poder não saber da tua própria existência - ser uma pessoa igual às outras. Ninguém parecia reparar ou estranhar ires à casa-de-banho sempre que comias.
Acordei na cama, mastigavas-me a carne arrancada dos ossos. "Foi só desta vez".

terça-feira, 8 de novembro de 2011

I've done things in small doses


Só porque está frio e isto não me sai da cabeça.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 536)


O meu coração é como o queijo suíço. Está cheio de buracos que dá vontade de preencher.

Pensamentos Divergentes (nº210)


para fugir dessa casa que te quebrou
cresceste daninha pelas cicatrizes que te deixaram
amarrando pelos tornozelos
os poucos que te amaram

faz de novo os sinais de fumo
para a indigestão da nossa sociedade
move-te lenta
e abana a cidade

Pensamentos Divergentes (nº209)


Cansei-me debater comigo mesmo os méritos da auscultação da alma
e da perscrutação da ausência de mim na calma do vácuo que amanhece
sempre que mergulho as mãos nos olhos que me olham olhando
no que parece ser o vingativo comando de uma estuprada prece.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Dor aflitiva? A solução é desenhar mal



Dependendo do álcool que ingerir hoje estou a pensar pedir ajuda ao Super-Alicate-Esterilizado para lidar com o seu nemesis.


P.S. - Assim que postei isto apercebi-me que siso está mal escrito. Em vez de admitir o meu erro e desculpar-me com a dor e o que já bebi, vou garantir-vos que foi uma decisão artística da minha parte e que o Dr. Ciso é originalmente francês e "Ciso" é na verdade uma aportuguesação de Cissou.

P.P.S. - "aportuguesação"?

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