terça-feira, 16 de dezembro de 2008

sábado, 13 de dezembro de 2008

Pensamentos Divergentes (nº9) - Agulha e Linha

Texto escrito Quinta-Feira e que tenho carregado no bolso de trás das calças desde então.

Passam uma pela outra, entrelaçando-se em vida e arte. E embora se trespassem, tocam apenas nas superfícies, beijando-se em dores construtivas para outro alguém.

This poem is for you to play the trust game with

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Não tenho parado de ver este vídeo.



Não tenho parado de pensar na inveja que tenho do talento dos outros.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Pensamentos Divergentes (nº8)

Depois de um dia bem cansativo

"Andamos nesta vida a arrendar espaço desarrumado no coração para que os inquilinos abandonem as premissas, deixando toda a tralha inútil para trás".

domingo, 7 de dezembro de 2008

Title Track - aniversário de nós

Há músicas que se conciliam perfeitamente com fases da nossa vida, tanto pela altura em que as ouvimos e o que elas nos fazem recordar, quer pelo conteúdo da sua letra que às vezes parece que poderia ter sido escrita por nós, só que com talento..

Como por exemplo a história do rapaz que há anos atrás fugiu de uma cidade para outra, para encontrar lá uma rapariga de olhos azuis. Os dois escapavam dos outros sob o pretêxto de um cigarro.


Title Track - Death Cab For Cutie


Left uninspired by the crust of railroad earth
That touched the lead to the pages of your manuscript
I took my thumb off the concrete and saved up all my strength
To hammer pillars for a picket fence

It wasn't quite what is seemed: a lack of pleasantries
(My able body isn't what it used to be)
I must admit I was charmed by your advances
Your advantage left me helplessly into you

Talking how the group had begun to splinter
And I could taste your lipstick on the filter

I tried my best to keep my distance from your dress
But call-response overturns convictions every time
My memory cannot recall: a wave of alcohol
We shared a cigarette and shaved the hours off

Talking how the group had begun to splinter
And I could taste your lipstick on the filter
Lushing with the hallway congregation
My best judgment signed its resignation

I rushed this, we moved too fast
And tripped into the guest room
I rushed this, we moved too fast
And tripped into the guest room

sábado, 6 de dezembro de 2008

Conversa Conjugal (nº7)

Por telefone

Eu - Estás bem comigo?
Ela - Estou. Mas fico melhor quando estiver contigo.

O primeiro ícone sexual

Em 1988 saiu para os cinemas o filme algo controverso "Quem tramou Roger Rabbit?", revelando-se um êxito cinematográfico e um momento inesquecível para muitas crianças. Este foi para muitos de nós o primeiro filme não completamente animado que conseguimos ver até ao fim e do qual conseguimos gostar. É, alias, um filme que ainda hoje em dia revejo com muito gosto.
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Os diálogos eram inteligentes e engraçados. As personagens novas tinham personalidades bem-definidas e apelativas, e existia um enorme conjunto de personagens familiares já adoradas que, sem monopolizar o filme, se mantiam fiéis ao que já conhecíamos delas. O filme estava de facto muito bem escrito e realizado. Tinha alguns momentos bastante negros, o que hoje não seria aceite para um filme que qualquer criança pudesse ver, mas isso só lhe acrescentava profundidade; todas as crianças sabem que existem coisas assustadoras no mundo como a morte e o sofrimento, não é um desenho animado que lhes vai introduzir essa noção.
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Mas havia algo para o qual nenhum de nós estava preparado.


Lembro-me de em miúdo ter visto o filme umas centenas de vezes, mas a primeira vez que o vi houve algo que mudou em mim. Foi a primeira vez que se implantou no meu cérebro a ideia de que existia algo mais neste mundo do que rebuçados, jogos de computador e brinquedos das tartarugas ninja. Intui, nesse momento, que havia algo nesta vida pela qual valia a pena crescer.
Esta cena em particular está tão carregada de erotismo que quase que dá para cortar à faca a tensão das ondas de luz que irradiam do monitor. Este é um momento extremamente pontente... e tratam-se de desenhos animados.
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Eu sei que a figura da Jessica Rabbit deveria ser completamente ridícula... uma mulher com figuras tão anatomicamente exageradas, cuja possibilidade de existência é puramente irrealista e inconcebível, não deveria ser minimamente sexual. No entanto é, e desconfio que isso é uma grande derrota para a raça masculina no geral. Mas a sério que não estou minimamente preocupado. Além do mais, não é só a sua figura; a Jessica Rabbit sabe ser sensual, bolas!
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E melhor que tudo, ela é completamente apaixonada pelo maior totó do filme, o Roger Rabbit. Se ele conseguia ter uma mulher assim, isso significava que um de nós também tínha alguma hipótese.
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Depois de ver este filme, nenhum rapaz teve outro remédio senão crescer um bocadinho e esperar em vão pelo dia em que conhecesse uma mulher igual à Jessica Rabbit.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Parvoíce aos Quadradinhos (nº8)

Lembram-se do meu post sobre as escapadelas do Super-Homem?


Pois é...

Pensamentos Divergentes (nº7) - Carta à Tristeza

Sempre gostei de brincar com a rima... este texto saiu de mim recentemente.

Tristeza, minha eterna namorada, que dá até não restar nada,
escrevo aqui para te dizer
Que a nossa relação amorosa, mesmo que por vezes proveitosa,
só serve para eu sofrer.

Na rua há outros desconsolados, que são também teus namorados,
soube eu sem perceber
Que tu nunca descriminas, segues somente doces linhas,
que outro alguém traçou sem querer.

Tristeza meu amor, foste mel de beija-flor
envenenado nos recantos
E eu sei de outros tantos, que ao procurar os teus desencantos,
morreram com o seu ardor.

Entre beijos e bailinhos, enquanto segues teus sós caminhos,
de mãos dadas a outro qualquer
Fico por ti abandonado, prontamente aliviado,
por não ter mais que te ver
Até que voltas em teus passos, arrastas os teus pés descalços,
e não me aguento sem te ter.

BETTER, BETTER, BETTER

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Ainda hei-de dedicar uns bons anos da minha vida a apontar todas as coisas fixes do mundo numa única lista, por grau de intensidade. Desconfio que as one man bands estariam na centena do topo, entre "chocolates After Eight" e "Orgias".

Son of Dave é um projecto muito bom dentro desta onda que se tem tornado crescentemente popular (pelo menos nas tendências indie). Deixo aqui a sua cover da música Harder, Better, Stronger, Faster dos Daft Punk.



Agora até que marchavam uns After Eights.

Orgias não que comi muito e deve fazer mal à digestão.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº13)

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Estive a pensar na minha própria experiência pessoal e na de amigos meus do sexo masculino ao longo dos anos. Cheguei à conclusão que cada homem tem de ter pelo menos uma femme fatale na sua vida. Uma mulher misteriosa, que nos seduz, que se mantem sempre inalcançável de alguma forma, e que acaba por nos lixar a vida.
Eu, pelas minhas contas, já tive três.


Se contar com parvoíces do início da puberdade, quatro.

Havia uma rapariga mais velha que eu, que não era "flor que se cheirasse", mas com a qual na altura eu gostaria mesmo ir para a cama (se bem que nessa altura quer-se ir para a cama com metade do mundo), e consequentemente cheguei a meter-me num ou noutro sarilho.


Se contar com paixões de infância, cinco.

Ela só namorava comigo porque eu lhe dava os meus cromos da Bollycao, que na altura eram do programa de TV fatela chamado Beverly Hills 90210. Quando os cromos começaram a ser de jogos da Sega Mega Drive (coisa que me interessava muito a mim, mas a ela nada) a coisa deu para o torto.

Foi o primeiro de muitos desgostos amorosos que estariam por vir. A diferença é que na altura as coisas ultrapassam-se em 10 minutos e fica-se logo pronto para outra.
E ao menos tinha os cromos da Sega Mega Drive só para mim.

O Medo como doença



A ignorância é uma espécie de microorganismo que infecta todos os aspectos da vida de uma pessoa. É uma besta ferida que, irracionalmente, ataca com fúria tudo o que cruze o seu caminho.

Estas pessoas não são felizes, e jamais o poderão ser. Estarão para sempre revoltados com um mundo que não conseguem controlar, devido a ameaças originadas há muito no seu passado. No fundo sentem-se mal consigo próprios, mas como não se conseguem compreender imaginam o Mal como estando de fora.

Terão sempre medo dos outros e daquilo que interpretam como diferente de si próprios. Morrerão sem que se lhes ocorra que se vivessem naquilo que imaginam como utopia, continuariam a sentir-se infelizes, sós, e sem propósito.

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