quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Parvoíce aos Quadradinhos (nº5)



Não sei se serei só eu, mas cá para mim quando um jovem adolescente usa a sua visão Raio-X noutros rapazes (quando ainda porcima tem uma jovem atraente ao lado) é porque já tem as suas tendências bem definidas. Não há aqui o pretexto da "experimentação" ou da curiosidade.

Isto leva-me a pensar que o romance entre "Clark Kent/Kal-El/Super-Homem" e "Lois Lane/Lois Lane" não passa de uma fachada encenada por este ícone universal.

Ele vai disfarçando a coisa mais ou menos bem, dando de vez em quando umas escapadelas em roupa de licra justa e penteado de engate. Ela suspeitar até suspeita, mas não tem certeza de nada e mais vale afogar-se no trabalho para não pensar na mentira em que a sua vida se tornou.

Continuam juntos por hábito e pelo medo de ficarem sós. Resignam-se a uma vida vazia e triste em vez de se arriscarem a perder tudo, por muito pouco que seja.

Talvez cada um esteja a fugir de si próprio.


Foda-se, quando estas bandas desenhadas me deprimem é porque a coisa está mesmo má.

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P.S. - Ah, mas por outro lado acho que todos podemos ficar felizes por não ter pegado o nome "Visão-Penetra" em vez de "Visão Raio-X". Graças a isso, o mundo é um pouco menos arrepiante do que aquilo que podia ser.

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