domingo, 13 de novembro de 2011

Foge enquanto podias


Banha-se com a pura estratégia de acalmar a fera cintilante que lhe habita o crânio. Ela prende-lhe a razão, mantendo-o desorientado com lestas ideias em rascunho, cada uma mais incompleta que a anterior. Sente a vida a escorrer-lhe pelo corpo e pelo cano abaixo. A casa velha, a cidade onde morou. As formas reflectidas pelo sol e o coração descompassado. O cheiro a desespero, o bafo do mesmo nos conhecimentos. Os fragmentos das ruas e as suas sombras prístinas e vivas nos poros da alma.
Respira o fogo e as suas fagulhas fotográficas. Nada alguma vez te tirará isto.

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