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A velha que mora na rua onde eu trabalho está sempre à janela. Se a idade se contasse pelas rugas, podia ser mais antiga que o pó.
Espera à janela como quem espera pela Morte, com o chá sentado no fogão e a conversa preparada na cabeça.
Ou talvez ela já seja um fantasma que apenas ainda não foi arrastado por uma brisa forte.
Passo quase todos os dias por ela e nunca consigo arranjar coragem para lhe dizer bom dia ou boa tarde.
A velha que mora na rua onde eu trabalho está sempre à janela. Se a idade se contasse pelas rugas, podia ser mais antiga que o pó.
Espera à janela como quem espera pela Morte, com o chá sentado no fogão e a conversa preparada na cabeça.
Ou talvez ela já seja um fantasma que apenas ainda não foi arrastado por uma brisa forte.
Passo quase todos os dias por ela e nunca consigo arranjar coragem para lhe dizer bom dia ou boa tarde.
1 comentários:
a dimensão desses seres que se postam assim nas janelas de suas casas abafa-me por completo. como se sugassem tudo o que sou. não lhes consigo dirigir um olhar, quanto mais uma palavra. e tanto que eu gosto de olhar nos olhos das pessoas.
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