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Já não sabias o que era ter o frio a correr-te pelo corpo.
É a única coisa que te vai mantendo em pé, deixaste de saber ler os ponteiros. E vais aturando aquele tempo lânguido que não se mata nem se deixa matar; fica ali a definhar indefinidamente como uma baleia que fica presa na costa a uivar sibilosamente.
E cada vez que isso acontece pensas que nem um estúpido De onde conheço eu esta baleia, hein?
Tentas prender o bocejo com as mãos mas ele foge-te por entre os nós dos dedos
(É só mais uma coisa que te foge por entre os nós dos dedos, não é? A vida é um bocejo, bem te dizia alguém que nunca existiu).
Já não sabias o que era ter o frio a correr-te pelo corpo.
É a única coisa que te vai mantendo em pé, deixaste de saber ler os ponteiros. E vais aturando aquele tempo lânguido que não se mata nem se deixa matar; fica ali a definhar indefinidamente como uma baleia que fica presa na costa a uivar sibilosamente.
E cada vez que isso acontece pensas que nem um estúpido De onde conheço eu esta baleia, hein?
Tentas prender o bocejo com as mãos mas ele foge-te por entre os nós dos dedos
(É só mais uma coisa que te foge por entre os nós dos dedos, não é? A vida é um bocejo, bem te dizia alguém que nunca existiu).
Entretanto queres construir Roma num dia, tentas agradar gregos e troianos, e rezas para que os persas não te batam à porta a pedir indemnizações de carne como o Shylock.
É só mais um dia, amanhã vem outro e por aí adiante.
É só mais um dia, amanhã vem outro e por aí adiante.
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