sábado, 29 de agosto de 2009

Até já

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Vou amanhã sozinho para o Algarve, ter com uns amigos. Só folia, sem namoradas, durante 2 ou 3 dias e pode ser que andemos de barco.

Acho que vai ser mais ou menos assim:



Vemo-nos em breve.



Nota: O vídeo foi só para A picar. A verdade é que vou sentir bastantes saudades.
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Coisas Que Um Gajo Coiso (nº210)

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Quebrei a minha promessa. Fiz a barba.

Estava mesmo farto.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº209)

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Abri o meu armário. Ia visitar os meus avós ao lar e não queria usar uma das minhas t-shirts berrantes, visto os velhotes já me olharem de lado que chegue por causa do cabelo, dos brincos e outras coisas.
Encontrei, esquecida numa gaveta, uma camisa que tenho desde os meus 15 anos. Pareceu-me bem.
Só depois de a vestir é que me lembrei mesmo daquela camisa.

A minha primeira namorada a sério gostava muito de me ver com ela. Gostava mesmo muito. E por isso o seu uso repetitivo naquela altura.

Além disso, foi a camisa que estava a usar da última vez que me enrolei com a minha segunda namorada.

E como se não bastasse, foi também essa camisa que usei na minha primeira saída a sós com a rapariga que iria ser a minha terceira namorada.


Conclusão: estou a pensar queimar a camisa numa fogueira alimentada a gasóleo.

Comentários a notícias recentes

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Casa Branca condena fraudes nas eleições afegãs - Muito bem. Não fizeram o mesmo com as eleições iranianas porquê? coff*armasnucleares*coffcoff
Mas não está nada mal, tendo em conta que o Hamid Karzai era um dos amiguinhos dos Estados Unidos na guerra contra o terrorismo.

Morte de Michael Jackson pode ser considerada homicídio involuntário por parte do seu médico - E eu nem consigo exprimir o quão me estou a borrifar para isso.

FMI injecta 283 mil milhões de dólares em bancos centrais de todo o mundo - ... Querem então dizer que o José Mário Branco estava enganado e que o FMI existe mesmo e serve para alguma coisa? Não estava à espera.

Debates na SIC e outros - É que não vou perder nem um. Não porque seja um gajo muito interessado em política, mas porque vai ser genialmente divertido ver aquela gente à porrada. Principalmente Sócrates contra Manuela Ferreira Leite e Jerónimo de Sousa contra Paulo Portas.
Vou ter de abastecer a minha casa de pipocas.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

At least that's what wise men all say

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O Elvis Presley pode ser um dos responsáveis pela minha filosofia diária em relação ao amor.
Se Ela quiser culpar alguém, é um bom sítio por onde começar.


Desabafo Político

A sério que já me começa a estafar esta história de andarmos sempre a saltar entre PS e PSD. A repetição não se tornaria tão fastidiosa se não fosse por o 1º mandato de um consistir na reavaliação (entenda-se destruição) do que o anterior instituiu.

E eu tenho problemas sérios com o PS, como com todos os partidos, mas ao menos com o estupor do José Sócrates não tenho de aturar conversas sobre correcções necessárias do novo regime de divórcio porque o partido valoriza "a família como célula básica da nossa estrutura social".

Posso estar a exagerar mas isto a mim cheira-me a "divórcio é feio porque ai os valores, temos de dificultar ainda mais as coisas", o que é direitista demais para o meu estômago. Antes casado e miserável do que divorciado a tentar salvar o que lhe resta de vida. Puta que os pariu.
E não me digam que é a pensar nas criancinhas. Duvido que lhes faça bem crescerem num lar em que os pais só estão juntos por estatuto ou comodismo, um lar desunido em união onde o amor foi substituído por ressentimento entrançado em amarras sociais.
Se uma das tais células básicas da nossa estrutura social estiver doente, que é que lhe fazemos então? Olhamos para o lado e fazemos de conta que não é connosco desde que a porcaria da célula não se atreva a sofrer mutações?

Pelos vistos Portugal é o país em que não se pode ser divorciado, maricas, ateu, preto, ou desinteressado no futebol. E não sei se vejo tendências para isso mudar num futuro próximo.

Merda para isto.

Se a Manuela Ferreira Leite vencer nas eleições eu mudo-me p'ró Quebeque, pronto.



P.S. - E digo mais, com tanta merda que há para e por fazer neste país, não arranjam nada melhor com que se preocupar do que o divórcio? A sério?

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

"Não causa lágrimas" o catano é que não causa!

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Acabou o meu champô, por isso usei o que a minha sobrinha usa quando vem cá.

Eu não sei qual dos senhores Johnson é o mais mentiroso, o que sei é que entrou-me champô para os olhos e eu chorei como um bebé. Um bebé que corta cebolas com as pálpebras.

'dass.

Conversa Conjugal (nº29)

Por telefone

Ela - Estás chateado?
Eu - Não, não estou.
Ela - Estás sim!
Eu - Não, não estou.
Ela - Estás sim.
Eu - Não, não estou.
Ela - Estás sim.
Eu - ...
Ela - ...
Eu - Não, não estou.

Nascem mais bebés no Algarve que no resto do país

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"Para explicar o número elevado de nascimentos no Algarve em relação ao resto do país, a ARS diz que as imigrantes têm uma influência crescente nos dados do Algarve, uma vez que, segundo a instituição, cerca de 20 por cento dos bebés que nasceram no Algarve em 2008 são filhos de mães não portuguesas."
Balelas. Cá para mim isto é culpa do ZeZé Camarinha.

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Coisas Que Um Gajo Coiso (nº208)

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De repente fiquei com saudades de fazer bolhas de sabão.

Acho que vou tratar disso.



E sou só eu ou mais alguém sente que o cheiro das bolhas de sabão é de alguma forma diferente do sabonete/detergente e a bolha em si tem um cheiro específico? Eu sempre achei isso.

Every plan is a tiny prayer to Father Time

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Death Cab for Cutie - What Sarah Said from tann on Vimeo.



Ele não responde. Há muito tempo que é assim, mas há dias em que fica pior. Por vezes parece que nem dá pela existência dela, de tanto que se perde dentro de si.
Ela tenta cuidadosamente tirá-lo do seu estupor contemplativo, sempre acompanhado pela merda dos cigarros que fuma uns atrás dos outros.
O toque dela de nada serve. E ela começa-se a perguntar "É isto amor?".

Ele nada nota. Está a tentar resolver algo na sua mente.
O importante agora é acender outro cigarro.

"Como pode ele amar se nem ele existe para si mesmo? Se quando ele está assim tudo o que sente é uma maremoto de tristeza e dor?"

Se calhar amor é autodestruirem-se juntos e destruirem-se um ao outro, num ciclo que aparentemente não tem fim.

Só quando ela se vai embora é que ele nota o sussurro de um fantasma.
O culpado disto tudo é ele.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O chato disto de ter a mania de escrever

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é às vezes passar 15 minutos a escrever e reescrever uma só frase porque ainda não parece a escolha ideal para o que se tem em mente.

Mais chato ainda é desistir ao fim de 15 minutos mal-sucedidos e deixar aquilo feito com um cochear de significados.

Pensamentos Divergentes (nº84)

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se quiseres, podes comer-me a boca
se te alimentar a fome, leva-me o corpo também

podes até escolher não me pôr amarras
e deixar-me puro no que sou

mas não me deixes sorver a vida com cautela.
inspira-me longos golos,

morro de sede

Momentos

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Não sei porquê, depois de ver isto ficou-me a apetecer comer bolo de chocolate. Mas tinha de ser daquele com aquelas coisinhas coloridas a enfeitar por cima.
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Coisas Que Um Gajo Coiso (nº207)

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É racismo eu decidir que não vale a pena ver um filme porque o actor principal é o Leonardo Di Caprio?

Folga do blog

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Estive ausente porque andei a passar mais algum tempo com Ela. Entretanto aprendi a fazer whiskey cream (Bailey's) caseiro e já quase consigo fazer anéis de fumo quando entro no vício do tabaco (nos 6 anos que fumo nunca fui capaz e sempre quis).

Além do mais, se calhar fazia-me falta afastar-me disto um pouco. Tem-me afectado um pouco o facto de a opinião geral sobre o que escrevo ser de que é tudo muito depressivo e sôfrego. Não é de todo aquilo que quero. E quero muito menos ser monocórdico.

Não sei se isso irá melhorar ou não, mas pronto. Prometo que não é de propósito.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Quero ser metade robô

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Sei que sou nerd quando vejo um vídeo destes e quase fico com uma erecção.



Agora ando aqui a fantasiar o que podia fazer na guitarra se as minhas mãos fossem assim.
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Não sei o lugar das coisas

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"Cada coisa no seu lugar". Às vezes existo demais para a minha cabeça, abafa-me o cérebro.
Pego nas chaves do carro. Saio, não sei bem para onde. O carro guia-me para um dos poucos sítios completamente desertos que conheço na cidade.

Estaciono ao calha. Quem se vai ralar?

Saio do carro e deixo a porta aberta e o rádio ligado. Dele cospem músicas batidas em trilhos low-fi que não me animam. Mas a música não é importante, não chega a barulho de fundo.
Acendo um cigarro. Pensando bem, desligo o rádio. Quero ouvir a respiração asmática da cidade.

O Sol começa a pôr-se. A vista não é má. Vejo a Sé, ao fundo. Os carros decoram o falso horizonte.
Acendo outro cigarro.

"Cada coisa no seu lugar". Eu bem queria mas não sei o lugar das coisas. Sempre andei com a cabeça nas nuvens. Quando era pequeno os professores queixavam-se. Os mais impacientes chamavam-me preguiçoso. Os outros diziam que não prestava atenção, que me distraia facilmente nos meus pensamentos.

De que me servia a escola, afinal? Não era nada daquilo que eu queria saber. Questionava o propósito e a utilidade de tudo que me tentavam ensinar.
E podia até dizer que sendo assim preferia fechar-me no meu mundo de fantasia, mas não era nada disso. Não era uma opção minha, era algo que simplesmente fazia. Lutar contra isso era lutar contra algo tão meu e natural como o sono, quando a cabeça pende teimosamente apesar dos sobressaltos que tentamos dar, numa guerra constante impossível de vencer.

Permanece comigo até hoje. Se calhar penso demais. Se calhar nunca soube controlar a minha imaginação.
As vezes sinto-me a caminhar num sono em que não sei qual é a parte real.

"Cada coisa no seu lugar" e eu não sei onde ando.

domingo, 23 de agosto de 2009

Ba Ba Ba Ba Ba Ba Ba

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Hoje sonhei que descia uma rua super inclinada de pé num colchão gigante com rodas, em posição de surf, enquanto cantava isto:



É oficial, o meu subsconsciente enlouqueceu.
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Quase que aposto

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O Público Online diz:
"Paulo Portas acusa Sócrates de ser insensível às dificuldades dos portugueses em crise"

Amanhã dirá:
"José Sócrates acusa Paulo Portas de ser insensível para com os sentimentos do 1º Ministro e exige um pedido de desculpas"

What the...?

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Acho que, pela primeira vez desde os 12/13 anos, ando a receber cartas de amor.

sábado, 22 de agosto de 2009

Hm...

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Estive aqui a fazer umas limpezas aos armazéns do blogue.

Tenho nada mais nada menos que 16 Pensamentos Divergentes que nunca cheguei a terminar ou que simplesmente não quis publicar.

Não sei bem o que isto significa.

Googlices nº12

"ses de foda" - ... Quê?! Referes-te a ses tipo foda-se? Lamento, não fazem parte da minha área.

"sabotar contador de visitas" - Mau...

"situaçoes hipoteticas de fobia" - Hipoteticamente, poderei desenvolver fobia a situações geradas pela questão anterior.

"as 7 coisas mais estranhas do mundo" - Para isto ter vindo cá parar, espero bem não estar nessa lista.

"Qual é a coisa mais estranha do mundo?" - Ok, isto está a ficar pior...

"aprender a fazer tapetes" - Estranho estranho é o facto de imensa gente vir cá ter através desta pesquisa.

"Mamalhudas boas" - Mas é bom saber que há coisas que nunca mudam.

Acho que isto é capaz de ser um recorde

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Hoje já apaguei 5 posts que escrevi por aqui.

Alguém anda com problemas de identidade, anda anda.

Se o mundo fosse um Jogo-do-Galo

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acho que eu seria uma cruz que se recusaria a participar.

Is it because I lied when I was 17?

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Ainda é Verão e eu sinto-me assim:


Pensamentos Divergentes (nº83)

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Crei um trilho de pedras amargas
disfarcei-o com pétalas de flores comuns roubadas do jardim
e corri descalço.

Assim no chão pintei uma tela com o meu sangue
e com os teus beijos,
sempre os teus beijos,
nas falhas entre as pedras da calçada
pequenos abismos onde facilmente se perdem as coisas
para não se recuperarem.

E eu sei que crescem lá outras coisas ainda mais belas
mas é tão fácil pisá-las sem dar por isso.

Prometo. Tento beber deste copo todos os dias.
Mas o pensamento persegue-me
lambe-me a cara com a sua lingua espinhosa
não sei se é medo ou fartura
Mata-me.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº206)

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Hoje sonhei que andava enrolado tanto com a Gwen Stacy como com a Mary Jane.

Para quem não sabe são personagens da banda desenhada do Homem-Aranha.

Sim, eu mereço a guilhotina.



P.S. - Por alguma razão, a Gwen Stacy tinha irmãs gémeas.

"Aquele rabo está a olhar para ti"

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No comments. Vou procurar álcool do forte.

Gostava de poder medir regularmente o meu coração numa balança

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Só para saber se é mesmo só impressão minha ou se ele às vezes fica realmente mais pesado.

Se eu tivesse duas mãos esquerdas...

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... como raios atava os atacadores?

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº205)

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Lembro-me de em puto pensar que é impossível tocar em outra pessoa. Temos a ilusão disso, sentimo-lo no corpo.
Mas não passam de números insignificantes de átomos que se aproximam de outros átomos e que nunca entram em contacto uns com os outros.
Estávamos então destinados a nunca nos aproximarmos de outra pessoa, mesmo fisicamente.

Depois fiz amor com alguém pela primeira vez e deixei de pensar nisso.

Pensamentos Divergentes (nº82)

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Existe um fio vermelho pendurado por trás da tua orelha.
E tu sabes como sou. Quero descobrir o novelo.

Mas desfias-te com ele sempre que o puxo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº204)

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Se calhar é boa altura para me preocupar quando "Aquele, o cabeludo com ar de louco" é a expressão que as pessoas que mal me conhecem utilizam para a outra pessoa perceber de quem se trata.

E se calhar é também boa altura para cortar o cabelo, visto não poder fazer muito em relação ao ar de louco...

Preso por um fio

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Para o propósito deste texto, pensemos nos balões coloridos, de hélio, que se vendem nas feiras. Mas quem fala aqui de balões poderia falar (e fala, mais à frente) de outros objectos. Escolhi os balões porque quase todos nós já vimos ou fomos uma criança a olhar impotente para um balão a elevar-se no ar. Momentos atrás encontrava-se no seu/nosso poder, preso por uma pequena mas firme e determinada mão que por alguma distracção efémera se descuidou.

É frequente encontrar-se um adulto presente que tenta apaziguar a explosão desgostosa da criança, que ao contrário do gigante crescido raramente ou nunca se preocupa com a presença de estranhos que se incomodem com a sua comoção. É de igual forma frequente esse adulto dizer à criança algo do género:
Deixa estar, eu compro-te um igual.

E é extremamente frequente a criança, em plena birra, dizer algo do género:
"Mas eu não quero outro, quero aquele".

E para o adulto trata-se apenas disso, uma birra inexplicável. Se pode ter outro igual, porque prefere ficar sem nenhum, desgostoso e chorão por aquele balão banal que jamais irá recuperar? Aparentemente, não faz sentido. E ainda porcima é incómodo e barulhento.
Mas era aquele balão. Aquele que teve, que por momentos foi dele e fugiu, aquele que era igual a tantos outros mas único. E então a criança faz um luto por um objecto querido que para todos os efeitos morreu, nunca mais vai voltar, e que nenhum outro pode substituir.

Sei que me estou a alongar demasiado com este texto mas aguentem-me só mais um bocadinho que eu quero chegar a algum lado com isto. E acho que onde eu quero chegar é que o adulto é estúpido. Não este adulto ficcional em si, mas o adulto em geral e a forma meio inconsciente que tem de mentir a si mesmo e aos outros.
Chegamos a adultos, a namorada ou o namorado dão-nos com os pés ou levamos uma tampa, e que é que os outros que estão próximos nos dizem logo?

Deixa estar, há mais peixes no mar.

E o adulto que dá este pequeno consolo a seu amigo, que não é minimamente consolador, está mais a tentar arranjar uma forma de apaziguar a sua birra e escapar-se das suas lamúrias do que outra coisa qualquer.
E o pobre coitado que é consolado, sei eu o que ele está a pensar:

"Mas eu não quero outro peixe, quero aquele."



E qual é a minha moral para isto? Estou indeciso.
Estou indeciso porque não sei se é a criança que sabe como é e que se lixem os adultos, se somos nós que estamos destinados a esquecer-nos da singularidade das coisas e da sua magia à medida que crescemos, ou se simplesmente estamos condenados a passar uma vida inteira a fazer birras e os outros à nossa volta a ver se se safam de as ouvir.

E eu, por minha vez, estou capaz de fazer uma birra por ter passado 30 minutos da minha vida a escrever este texto de merda, só para o terminar com um nítido sentimento de irritação.

Big people have little humor and little people have no humor at all

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Às vezes faço de palhaço só para as pessoas não acharem que sou só depressão e melancolia.

Outras vezes é porque gosto.

Porque faço as coisas que faço

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Toco guitarra porque amo a música.

Desenho porque me faz bem.

Escrevo porque não tenho outro remédio.

Pensamentos Divergentes (nº81)

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Tinhamos linhas indefinidas nas palmas das mãos
e as nossas paixões tocavam-se pelas pontas dos cabelos.
Acreditávamos que aquelas coisas que nos diziam eram só para nos matar a fé
e arrefecer um sangue que ameaçava cozer-nos vivos em juventude.

O gosto das mentiras começou-nos a tingir a boca
e os lábios tornaram-se mais belos até nos habituarmos ao sabor.
Encontrámos conforto no silêncio
nas coisas por dizer.

Eu sei.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº203)

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Acho que nunca me senti tão bem a apagar um post como hoje.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Muppet Fashion


Há três posts atrás falei da minha imaginação...

A estas horas da madrugada comecei a pensar como seria a moda e a publicidade de marcas de roupa no mundo dos Marretas. O problema é que às vezes preciso de passar estas merdas para papel de forma a parar de pensar nelas.

E modéstia à parte, é capaz de ser o marreta mais sexy e cool que já vi.
Sem ofensa, Cocas. Serás sempre o meu favorito.



Nota: O blogger corta-me uma letra da frase e obsessivo-compulsivo como sou até corrigia isso mas é demasiado insignificante e demasiado tarde para esse tipo de coisas.

Deixa 'tar, eu às vezes também me sinto assim

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Não vos passa pela cabeça a quantidade de vezes que isto me acontece quando começo a desenhar.



P.S. - Também podia ser um Quatro transsexual em que a operação correu terrivelmente mal.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº202)

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Gostar de mulheres é como apreciar uma pintura abstracta sem sabermos que está de pernas para o ar. Não percebemos nada daquilo mas sabemos que algures por trás de toda aquela confusão deverá existir um sentido bem definido e profundo que nunca conheceremos.

Isso, e passamos maior parte do tempo a tentar meter-lhes as pernas no ar. E aqui acaba a metáfora.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº201)

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Por vezes fico preocupado com a minha imaginação. Mas depois lembro-me que está tudo na minha cabeça.

E depois penso: "Foda-se, está tudo na minha cabeça" e fico ainda mais preocupado.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Textos da Escola Primária que eu decidi escrever hoje (nº3)

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......Gosto de pessoas fúteis. As pessoas fúteis costumam ser bonitas e usar roupa lavada. Mesmo as feias também costumam usar roupa lavada. A minha mãe diz que eu ando sempre com a roupa suja.
......Gosto de pessoas fúteis porque não nos deprimem com conversas profundas e têm blogs coloridos com fotografias de gente bonita, às vezes de roupa interior, e têm uma forma engraçada de escrever a língua portuguesa.
......Quando for grande quero ser fútil e dizer bem do PSD à mesa do café.

Este gajo até diz que sim demasiadas vezes

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Tive umas complicações intestinais que me fizeram cancelar os meus planos para hoje. Consequentemente aproveitei as minhas amarras para dar uma ligeira mas merecida renovação ali nos meus links para outros blogs.

E estou a chegar à conclusão de que ando a seguir tantos blogs que em breve torna-se completamente impraticável ler seja o que for. Ainda porcima montes deles deixam de existir passado um mês de os descobrir e já nem dou por nada.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº200)

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Reparei hoje que colesterol é um dos ingredientes principais da cera que ando a usar para controlar o meu cabelo.

Gostava de saber de onde raios vem esse colesterol visto as fontes mais plausíveis para tal serem de origem animal. Está a deixar-me relativamente desconfortável o pensamento de que ando a espalhar diariamente vestígios intestinais de cadáveres no meu cabelo.

"Sem bacon, se faz favor"

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Devo dizer que este assunto da Gripe A já me começa a preocupar. Não pelo vírus em si mas antes pela paranoia viral que provoca.
Sinceramente, estava à espera que por esta altura já tivesse acalmado mas parece estar cada vez pior.

E ouço com cada coisa...




P.S. - Este post foi mais uma desculpa para fazer este tipo de bonecos parvos à banda-desenhada do que um desabafo, tinha saudades disto. É o que dá já não ter aulas secantes para matar.
E sim, o da direita é a representação que tenho de mim.

Ninguém me quer trocar esta sucata por um novo

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Entrei na loja.

- Boa noite. - Cumprimentaram-me prontamente. O velho que me atendeu tinha largos anos. Usava óculos consideravelmente mais grossos que os meus. Era calvo e os poucos pedaços de cabelo branco que tinha enfeitavam-lhe a careca como neve no topo de uma montanha esférica.
- Boa noite. Vinha aqui trocar isto... - Coloquei de forma algo tosca o meu coração em cima do balcão. Há muito que se tornara escorregadio e então levei-o embrulhado em folhas de jornal. Só quando abri o papel empapado reparei que eram páginas de óbitos. Praguejei silenciosamente dentro da minha cabeça.
- Hm... - O velho, apesar de míope, olhou-me atentamente por cima dos óculos. - ... E qual a razão da devolução?
- Está estragado...
- Estragado?
- Sim, apodreceu, sei lá. Não percebo nada disto.
- Estou a ver... mas sabe, jovem, este item em particular não tem garantia.
- Como assim, não tem garantia? Porque raios não tem garantia?
O velho encolheu os ombros descontraidamente. Eu já me estava a irritar um pouco com a conversa. O meu coração tossiu fracamente um ligeiro batimento cardíaco em cima do balcão, no meio da porcaria que resultava das páginas de jornal húmidas.
- E não há nada que eu possa fazer agora?
- O jovem tem recibo, pelo menos?
- ... Qual recibo?
- Recibo de compra do coração.
- Tenho lá recibo de compra. Veio com o conjunto todo, fazia parte da mobília quando o recebi.
- Então assim fica complicado... - Passou a ponta dos dedos da mão esquerda pela careca. Imaginei por momentos a possibilidade de uma avalanche de neve que lhe escorresse pela testa abaixo. - Como está a quilometragem?
- Como é que acha que está? - Olhei desolado para a massa disforme em cima do balcão. Senti um vazio no peito.
- Podia tentar vender...
- Acha mesmo?
- Pois... e trocar, já tentou?
- Não conheci muita gente com quem alguma vez eu quisesse trocar. Além do mais ficaria de coração partido se conseguisse trocar com aqueles com os quais gostaria de trocar.
- Então olhe, não sei que lhe diga. Lamento mas não posso ajudar. - O meu desgosto deve ter-se tornado transparente nesse momento. - Pode ser que melhore...
- Pode ser, sim... - Retorqui, pouco convencido. Uma resposta automática para preencher o silêncio da conversa, não fosse entornar para fora de mim algum outro órgão de valor. - Bem, obrigado por tudo mesmo assim. - Embrulhei de novo o meu coração. - Boa noite.
- Boa noite.




Nota: Peço desculpa por este texto longo. Não sei de onde veio mas comecei a escrever e saiu do nada de uma só assentada.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº199)

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Decidi não cortar o cabelo nem a barba, mesmo que me apeteça, até começar o estágio.

Só para ver se quando lá chego alguém me manda cortar o cabelo e tirar os brincos.

Girl, let's get freaky

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Por vezes, Ela ainda se supreende (assusta) com as minhas estranhas peculiaridades no que toca a momentos íntimos - entenda-se bizarras taradices.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº198)

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Hoje, disseram-me que parecia o Johnny Depp.

Hoje, decidi que só eu estou são de mente neste mundo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Deixei a minha sobrinha pintar-me as unhas dos pés

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Estou arrependido.

Vermelho-rosado não é um tom que me favoreça.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº197)

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É bem possível que eu já tivesse deixado de fumar há uma carrada de anos atrás se não existissem as mulheres.

domingo, 16 de agosto de 2009

I have a tendency to wear my mind on my sleeve

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Parece que eu e Ela andamos sempre em guerras. A coisa passa-se mais ou menos assim:


A propósito, esta parte sou eu sem tirar nem pôr:

How can I help it if I think you're funny when you're mad
Trying hard not to smile though I feel bad
I'm the kind of guy who laughs at a funeral
Can't understand what I mean?
Well, you soon will
I have a tendency to wear my mind on my sleeve
I have a history of taking off my shirt


Podem ver o resto das letras aqui.

Isto em princípio agrada-me

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Coisas Que Um Gajo Coiso (nº196)

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Adoror beber vodka preto só para ficar com a língua e os lábios negros.

sábado, 15 de agosto de 2009

O Natal chegou mais cedo para mim

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Admito que fiquei bastante inchado com isto que a menina do Blogfólio fez com uma frase minha.

Não podia pedir melhor.



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Micro-WHAT?

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E queixo-me eu às vezes de que acabar um desenho dá demasiado trabalho.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº195)

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Quando bebo café gosto de apanhar os grãos de açúcar que escapam à chávena um a um com o dedo indicador.

E depois passá-lo pelos lábios, se ninguém estiver a ver.

Ninguém ama a tempo inteiro

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Atrevo-me a repeti-lo:

Ninguém ama a tempo inteiro.

Não sei até que ponto o que chamamos de Amor será um sentimento só. Parece ser uma amálgama de diferentes sentimentos comprimidos e sintetizados num composto que resulta estranho e diferente. Talvez por isso existem diferentes tipos de amor. Isto fará também com que, numa relação, existam alguns desses sentimentos que o compõem que se vão sobrepondo uns aos outros consoante o tempo.

Por vezes é a paixão, outras a luxúria, a amizade ou o ódio, entre outros.

E todos nós que temos alguma experiência amorosa sabemos também que o amor se transforma rapidamente em ódio. E este é um dos pontos que mais me fascina. Como é possível que amantes que outrora partilharam uma proximidade que sentiram como mística, perdidos em carinho, paixão e noites a fazer amor, acabam por mais tarde ter apenas vazio e ressentimento entre si.

Mas isto se calhar sou eu que ainda mantenho um estilhaço da noção romântica e infantil de que o amor é eterno.

Ou então sou eu que não estou a pesar bem o quanto a pessoa que somos hoje não é a mesma que existia anos atrás.

Hm...


Não liguem, isto são só pequenas coisas em que tenho pensado.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº194)

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0.00

Ou eu bebi menos do que penso ter bebido, ou o balão em que me fizeram soprar na operação stop estava avariado.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Rabiscos (nº16)

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Amor-Doença.

These are their Twisted Words

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Por outro lado, para adoçar a perda do Les Paul, estes meninos conseguem melhorar-me o humor.


O ícones andam todos a morrer na minha geração

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Agora foi o Les Paul. E a música moderna deve tanto a este grande senhor que eu estou a pensar fazer velório em minha casa.

E tu

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se eu soubesse que também andavas por este mundo, tinha escolhido a porta ao lado antes de nele entrar.

Gostava de saber quem seria eu hoje

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se nunca te tivesse conhecido.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O calor da tarde

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Passo por uma rua estreita. À janela da sua casa uma velhinha mata o tempo que lhe resta. O seu rosto é lavrado de rugas, como um papel amarrotado.
Atirava milho para a rua e chamava os pombos, com um sorriso. Pedia-lhes para que não tivessem medo dela até que um grupo deles se reunia em frente a ela. Sempre que alguém passava pela rua pouco movimentada, erguiam-se num agitar de asas fazendo-a repetir o ciclo.
Ela parecia gostar daquele jogo. Eu imaginei na minha cabeça metáforas e representações místicas para um gesto tão simples, algo sobre a aproximação e o abandono ou então a morte e o renascer. Coisas parvas.

O calor mata-me. Não encontro a porcaria de uma esplanada e a maioria dos cafés estão fechados. Praguejo mentalmente e imploro por uma brisa qualquer que me refresque o suor do corpo.
Compro o Público numa papelaria estranhamente movimentada. Começo a ceder ao calor.

Finalmente encontro um café aberto na zona. Peço um café, uma garrafa de água fresca e um B! de groselha.
- Copo ou palhinha?
- Desculpe?
- Quer um copo ou uma palhinha?
O calor toldou-me o juízo, não consigo raciocinar. Parecia-me uma pergunta de uma complexidade e de uma seriedade tão grave quanto o de decidir entre manter um braço ou o outro.
- Uhm... pode ser com palhinha.
A empregada sorri de forma compreensiva, também ela sente o efeito do calor. Limpa o suor da testa com as costas da mão esquerda e dá-me a palhinha.

Sento-me no canto mais recôndito e isolado do café para ler o Público descansado. Organizo meticulosamente a minha parafernália de papéis, pires, copos e garrafas. Meto um pouco da água gelada no café, está demasiado calor para o beber tão quente. Ao terceiro golo arrependo-me do sabor do sumo que pedi depois da fresca glória dos seus predecessores. Parecia-me demasiado amargo.
Não há uma única notícia no Público que me alegre o dia. E o Medvedev preocupa-me.

Quando termino a leitura sinto-me mais fresco. Saio do café e vou-me sentar na sombra solitária do jardim mais próximo.
Vejo o Luís. Uma das figuras mais predominantes da mitologia moderna de Évora. Dizem que cada cidade tem o seu; um indivíduo louco que vagueia pela cidade e cuja origem está assolada por mitos e rumores incertos, variados mas sempre com pontos-chave em comum.
Na minha adolescência mais romântica chamava-lhe o "Fantasma de Évora". Com os seus cabelos e barbas brancas assombrava a cidade, parecia encontrá-lo em todo o lado quando saía. Conhecia-lhe a figura desde criança.
Eu sentei-me num banco, um instrumento construído e desenhado propositadamente para eu me sentar. Ele fez o que a mim realmente me apetecia e deitou-se sem pudor na frescura apetitosa da relva verde, por baixo de uma árvore à qual se encostou.
Acendi uma cigarrilha e pensei no estúpido que eu sou em comparação com aquele louco sincero na sua natureza.

Pensamentos Divergentes (nº80)

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Meu amor, eu preciso da escuridão
se o amanhã for mais brilhante, eu posso cegar
O Amor é um monstro que nos come os olhos
e vomita-nos segredos e ilusões
e é disso que eu tenho medo.

sei que os meus sonhos
estão presos por cordeis
mas os nós das amarras
fazem lindos laços.

Pior que os meus sonhos só mesmo os meus pesadelos

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Fico preocupado com o estado da minha mente quando sonho que sou outra vez criança e que o Monstro das Bolachas é um assassino em série que, inutilmente, se disfarça com uma máscara de borracha para parecer mais humano.

Só relembrar-me da imagem é desconcertante.


E continuo sem saber se ele andava mas'é atrás de bolachas.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

É por estas e por outras que, aos 23 anos de idade, tenho medo das mulheres

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Já estou a ver gente nos cafés a comer tostas mistas com o saleiro ao lado

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As padarias que a partir de Agosto de 2010 produzam pão com mais de 14 gramas de sal por quilo podem sofrer multas até 5000 euros, segundo uma lei hoje publicada em Diário da República.

Se eu fosse um gajo mais inteligente faria uma piada intelectual qualquer sobre a sociedade e estarmos cada vez mais a entrar numa cultura de "pãozinho sem sal".

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº193)

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Ultimamente, quando estou algum tempo sentado em frente ao computador, fico com o rabo dormente.

Neste momento não sei com o que me preocupar primeiro: com a minha circulação, com o passar demasiado tempo ao computador, ou com a situação do meu rabo em geral.

"Deixa-me tocar-te"

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Não subestimem os esforços a que um homem se dará para estar numa sala com um conjunto de mulheres atraentes em roupa interior, tocando umas nas outras como ele ordena, e podendo participar no jogo.

Fora isso, devo dizer que mesmo assim é uma ideia bem fixe.


Making of e explicação de como funciona o sistema aqui.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº192)

Ao ler que a Megan Fox tinha sido "eleita" a mulher mais sensual do ano

"Não sei porquê mas tinha ideia que isto da sensualidade de uma pessoa era mais do que Epá, apetecia-me mesmo fodê-lo(a), mas acho que o conceito geral da população prova o meu erro, como costume."

Googlices (nº11)

"e se me fode-ses" - E se aprende-ses a escrever primeiro?

"ex namorado não fode sai de cima" - Suponho que seja "não fode nem sai de cima". Se é ex-namorado compreendo a parte de ele não sair de cima, mas a parte de não foder é suposto ser assim mesmo não é? Epa esquece, não é assunto no qual eu me deva meter, tu fazes o que quiseres da tua vida, pronto.

"porque gosto dela" - Se não sabes pergunta-lhe. Elas geralmente sabem melhor do que nós, ou então é melhor fingirmos que sabem. E ai de ti se a corrigires...

"avos a mandar umas fodas" - Como é que se "mandam" fodas? E porque é que queres ver avós a fazê-lo?

"o que fazer para acompanhar a evolucao do mundo" - Queres dizer que existem alternativas para além de desistir?

"hipotética mulheres" - As mulheres hipotéticas são tramadas. Podem tanto ser as melhores como as piores da sua raça.

"todas as mulheres fazem" - Fazem o quê? Chantagem emocional? Jogo psicológico? Charme? Agora fiquei curioso, foda-se.

"o que é hipotético" - Hipoteticamente, tudo poderá ser hipotético.

Niilismo Intermitente

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O meu coração tem trinco automático.

Quando sente um brisa que ameaça tempestade, e muitas brisas para ele já são tempestade, fecha-se a sete chaves.

Nesses momentos sou gelo. Esvazio-me como um androide. E posso sinceramente dizer que deixo de sentir, deixo de amar, deixo de odiar. Existo só.

Uns chamam-lhe mecanismo de defesa.
Outros, doença.

Fumo.
Bebo.
Já me droguei ocasionalmente.
Olho para outras mulheres e nem sempre tenho os pensamentos mais puros.
Sou ainda uma criança e por isso infantil, exigente, obstinado e necessitado.
Não tenho maneiras à mesa.
Tenho mau feitio. Magoo os outros facilmente.
Estalo os dedos das mãos e roo as unhas também.

Este sou eu.
Um degenerado.
Um papel rasgado de uma obra outrora límpida, sã.
Mas as almas estéreis, para além de não serem de confiança, são também escorregadias
e fogem-nos sem darmos por isso a tempo.

E eu pediria perdão, mas não sei a quem.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Mundo Hipotético dos Ifs

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Este vídeo de Tim Brown resume o espírito deste blog. E da minha vida.

Pensamentos Divergentes (nº79)

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Sentou-se à secretária.

"O vândalo das meias-noites chega a casa outra vez. O vento da noite empurrou-o porta dentro com..." não, foda-se.

Não consegue escrever. Não lhe sangra a escrita como era costume. Está anémico das palavras e não sabe o que fazer.
Sente-se sem direcção. Ao menos antes tinha a ditadura das artes. Era seu escravo e elas impunham-lhe um sentido.

Esta nova liberdade ainda vai dar cabo dele.

Sobre Raul Solnado

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Não sou completamente ignorante, sei quem era o senhor, a sua significância, e que morreu ante-ontem.

Não falei nada sobre ele aqui como homenagem ou sei lá o quê porque há muitos outros bloggers de maior destaque que já o fizeram.

Além do mais, como o D me disse há pouco, "Esse homem fartou-se de morrer hoje".
Vou tentar deixá-lo descansar.

Parabéns, B!

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Só para ti:

domingo, 9 de agosto de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº191)

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Tomei o caminho mais comprido para casa, atravessando a cidade.

Passear de carro, nas calmas, ao som de Bach alisa-me as rugas da mente.

Isso e vi jovens mulheres com vestidos criminais.

Why does my appearance seem to have a somber tone

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Hoje voltei a vestir-me todo de preto só porque me apeteceu.

Se me voltarem a perguntar tantas vezes o porquê de estar de preto sou bem capaz de começar a assobiar isto e virar as costas.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº190)

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"Esta minha estupidez de estar vivo e querer ser como um punhado de gajos mortos."

I've got coffee breath

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Isto é o meu dia-a-dia.

Admito, sou viciado em café.

sábado, 8 de agosto de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº189)

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Há meses e meses e meses (acho que chegou mesmo a um ano) que me doia o dedo grande do pé direito.

Hoje, a calçar-me, dei um mau jeito e estalou dolorosamente. Agora parece que a dor desapareceu de vez.

Awesome.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº188)

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A vocês nem vos passa pela cabeça o quanto eu gosto de me vestir ao som disto.






P.S. - E hoje vesti-me todo de preto porque sim.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº187)

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Sabes que amas alguém ao dar-lhe um abraço porque sabes que está a precisar de um, quando a ti o que te apetecia mesmo era apertar-lhe o pescoço.

Ela partiu o cóccix

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Vou andar a brincar aos enfermeiros.

Logo no dia em que parei de brincar ao babysitting.

'dass.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Criancisse pega-se

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A minha Sobrinha anda na fase dos amigos imaginários. Entre eles encontram-se dinossauros em miniatura que cabem na palma da sua mão.

Foi-se agora embora da minha casa ao fim de 6 dias cá. Para eu não me sentir sozinho e ficar sem ninguém com quem brincar, deu-me para a mão o Pterossauro (o voador, que supostamente me pode também levar a viajar para todo o lado).

O estúpido é que despedi-me dela no seu carro, entrei em casa e subi as escadas para o meu quarto sempre com a palma da mão virada para cima como se estivesse a segurar alguma coisa.

Just play it cool, boy

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Tenho um temperamento do demónio e poucas competências para o dominar.

Às vezes seria capaz de partir tudo, mas tenho de me manter calmo.

Jesus, que eu nem me conheço

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Vi este jogo num blog e pensei em jogá-lo no meu.
É suposto metermos a verde o que está na lista e que já fizémos. Acontece que, para minha surpresa, a minha lista ficaria mais de 50% verde (das 81 alíneas eu preencho 51) e eu até tenho vergonha.

Vou deixar aqui a lista na integra porque acho piada, vocês inventem o que vos apetecer.


Formaste-te na Faculdade
Fumaste cigarros
Ficaste inconsciente de bêbedo
Foste a todas as diversões de um parque
Coleccionaste algo mesmo idiota
Foste a um concerto de rock
Pescaste
Dançaste numa discoteca
Seguiste alguém no metro ou na rua porque o/a achaste interessante
Viste 4 filmes numa noite
Passaste 3 dias ou mais sem dormir
Mentiste a alguém
Acabaram um namoro contigo
Alguém te encornou
Cheiraste cocaína
Baldaste-te a uma aula
Fumaste ganza
Estiveste num acidente de carro
Estiveste num tornado
Usaste drogas pesadas
Viste alguém morrer
Estiveste num funeral
Ardeste um bocado de cabelo
Correste numa maratona
Voltaste de uma saída com um buraco de cigarro na roupa
Tiveste os pais divorciados
Choraste até adormecer
Gastaste mais de 200€ num único dia
Voaste num avião
Engataste alguém
Foste engatado/a
Escreveste uma carta de dez páginas
Velejaste
Cortaste uma parte do corpo propositadamente
Tiveste um melhor amigo
Perdeste alguém que amavas
Roubaste algo de uma loja
Estiveste na prisão
Foste suspenso
Foste culpado por algo que não fizeste
Roubaste livros de uma livraria
Foste a outro país
Abandonaste a escola
Estiveste num hospital psiquiátrico
Leste um livro do Harry Potter
Viste um filme do Harry Potter
Tiveste um diário online
Disparaste uma arma
Jogaste num casino
Participaste numa peça de escola
Foste despedido
Nadaste com golfinhos
Beijaste alguém do sexo oposto
Beijaste alguém do mesmo sexo
Escreveste um poema
Votaste no BB/Operação triunfo/Ídolos
Telefonaste para o Toca a ganhar
Leste mais de vinte livros num ano
Amaste alguém que não podias ter
Ficaste confuso acerca da tua sexualidade
Usaste um livro de pintar depois dos 12 anos
Fizeste uma cirurgia
Levaste pontos
Fartaste-te de esperar pelo metro/autocarro e apanhaste um táxi
Tiveste algum problema com álcool ou drogas
Participaste numa luta
Sofreste qualquer forma de abuso
Pintaste o cabelo
Fizeste uma tatuagem
Fizeste um piercing
Tiraste só notas 20
Estiveste entre os melhores alunos da escola
Foste mandado para um psicólogo
Foste algemado
Conheceste alguém com HIV ou SIDA
Tiraste fotos com uma webcam
Começaste/ias começando um incêndio
Deste uma festa quando os pais não estavam em casa
Foste apanhado na alínea anterior
Fizeste amigos na net e conheceste-os ao vivo
Namoraste alguém conhecido na net

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº186)

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Às vezes gosto de usar a roupa suja do dia anterior.

Faz-me sentir mais badass, por alguma razão.

E também sou preguiçoso com roupa.

Recordei-me agora de uma conversa que tive ontem sob o efeito de álcool

O G estava a falar sobre uma personagem feminina em particular que fez parte da vida dele.

G - Falei com ela ainda no outro dia.
Eu - Ai é?
G - Sim.
Eu - Hm...
G - Estás a pensar dizer aquilo que eu penso que estás a pensar dizer?
Eu (fazendo-me desentendido) - Eu? Sei lá eu.
G - Não digas.
Eu - Não digo o quê?
G - Aquilo que eu estou a pensar.
Eu - Como é suposto eu saber o que estás tu a pensar? Ainda não tenho poderes telepáticos.
G - Então pronto, não digas aquilo em que tu estás a pensar.
Eu - Mas... como é possível eu dizer algo em que não esteja a pensar?
G - ... Olha, bem visto.

É possível que eu fique mais inteligente quando bebo.

Não é difícil.

PsicoSEmático

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Dói-me o ombro direito sempre que estou sob muito stress e cansaço ou quando estou muito ansioso.

É verdade que devo ser novo demais para estas coisas, mas já há uns anos que é esta a situação. Poderá ser que a minha breve idade e algumas lesões de percurso tenham possibilitado tal coisa.

Mas ultimamente tenho pensado se não será antes uma forma de somatizar a vida.
Traduzir em corpo o que vivemos dentro.

E também me tenho perguntado porque raio só somatizamos o que é mau.

A não ser que contemos os beijos como somatizações.
Se sim, devia somatizar mais.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº185)

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Tinha de namorar com a única rapariga do mundo que não gosta de tirar os pontos negros das costas do namorado.

Um gajo perde a conta

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É incrível como 5 (6?) copos de sangria forte, um copo de whisky de 20 anos, e 3 (4?) shots de Jagermeister nos tiram as preocupações da cabeça.

Dou é graças a Deus ou a alguém do género por não ter tendência à ressaca.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Plano de acção

  1. Tapar melhor as evidências e deixar de ser descuidado.
  2. Tentar não pensar em apagar o blog.
  3. Tomar um banho.
  4. Tentar não pensar em apagar o blog.
  5. Pegar no carro, meter gasolina e sair com Ela.
  6. Tentar não pensar em apagar o blog.
  7. Fumar em quantidades absurdas.
  8. Tentar não pensar em apagar o blog.
  9. Ver o G, que volta hoje da Alemanha, e passar uma noite agradável sem preocupações.
  10. Tentar não pensar em apagar o blog.
  11. Provavelmente beber um pouco demais na companhia de amigos.
  12. Chegar ao fim do dia sem apagar o blog.
  13. Amanhã logo se vê.

We need secrets back right now

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Era inevitável.

Uma visitante deste blog descobriu-me a identidade com demasiada facilidade.

Estou a tentar decidir o que faço agora com isto.

Merda

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Apetece-me gritar.

Crianças sem consideração nenhuma

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Independentemente das horas a que eu me deite e do pouco que eu dormi, a minha Sobrinha vem-me acordar com intenções imediatas de brincar aos pais e às mães.

Hoje fui pai de um hipopótamo musical 2 segundos depois de acordar e não sei se alguma vez recuperarei do choque.

Pensamentos Divergentes (nº78)

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As alucinações escorriam-lhe em mel pela testa, até chegarem dolorosamente aos olhos.

No estômago, um contorcer doloroso. O veneno que bebera queimava-lhe o interior. Mas a maldita doença permanecia imune às chamas purificantes do ritual.

Acende a merda do cigarro, suga tudo. Pode ser que te apagues e que se vá contigo.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Mulheres complicadas

A minha Sobrinha veio cá passar uns dias a minha casa. Como é costume, apareceu-me aqui de rompante no quarto e atirou-se para a minha cama.

Sobrinha - Tio?
Eu - Sim?
Sobrinha - Porque é que eu venho sempre para o teu quarto?
Eu - Eu sei lá. Tu é que vens sempre cá ter comigo, diz-me tu.
Sobrinha - Também não sei.

Transformando-me numa preguiça

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O V disse-me que depois deste Paredes de Coura é necessária uma semana para recuperar.

Deve ser verdade porque eu vinha com fantasias megalómanas de me fartar de escrever, desenhar e compor música quando chegasse de lá, e ando para aqui feito tubérculo ensonado.

Foda-se, acho que estou mas'é a ficar velho.

Só uma coisa parva que me apetece dizer

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Não gosto nada que me chamem de Artista.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº184)

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Há por aí rumores de que se vai fazer um Sexo e a Cidade 2.

Há por aqui rumores de que eu me vou enfiar numa gruta algures e tapar os olhos e os ouvidos.

A sad song to make me happy

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Alegra-me saber que por este país fora existem algumas pessoas a fazer muito boa música.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Pensamentos Divergentes (nº77)

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Somos todos filhos da mesma puta
que nos diz quem somos nós
Passamos a vida a bailar
sem saber exactamente quando havemos de parar
E um dia os nossos dentes hão-de fugir
de mãos dadas às mentiras que tanto seguraram
E os anos que por elas passaram
também hão-de fazer-nos cair a nós
E sempre ouvimos a mesma voz
que nos diz quem nós somos
Mas a minha faca é esquiva
há-de ter sempre metades para cortar.

Mais sobre Paredes de Coura

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Estou com a ressaca de uma semana inteira em cima. E tenho andado a fazer de babysitter da minha irmã, que teve de ir embora em trabalho durante esta semana. Foi com um timing perfeito. Mesmo assim cá ver que mais posso dizer sobre Paredes...

  • Bem, o 1º dia foi muito fraquinho sinceramente. Patrick Wolf estava no palco secundário, que não tem capacidade para muita gente, e por isso nem o consegui ver. Mas só pelo som também não me parecia estar a ser tão bom como eu esperava.
  • Foda-se, Supergrass foi tão melhor do que estava à espera. Deram um concerto espetacular seguido dos fantásticos Franz Ferdinand, que definitivamente não desiludiram. Os The Pains of Being Pure at Heart também não foram nada maus e os The Horrors foram um bom aperitivo ao que se ia seguir.
  • Portugal The Man foi muito muito fraquinho e nem sequer tocaram a AKA M80 The Wolf, mas para compensar tocaram muitos outros dos meus temas favoritos. Já Blood Red Shoes foi muito bom, embora tenha feito falta a interacção com a audiência. Peaches foi... bem, foi Peaches e não há muito mais a dizer sobre o assunto.
  • No último dia, Manel Cruz não desiludiu, os Right Ons deram um bom espetáculo, metade da audiência se apaixonou pela belíssima vocalista dos Howling Bells, Jarvis Cocker deu um dos melhores concertos do festival, e os The Hives partiram com tudo.


Quanto à música e ao evento não há muito a dizer. No que toca a experiências e relações mais pessoais correu tudo bastante bem, com alguns altos e baixos.
No seu todo, foi um bom ano.

Pensamentos Divergentes (nº76)

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Vem-me Deus à cabeça quando me venho em ti.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº183)

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Devia-me preocupar quando me vou embora durante uma semana e os únicos mails que recebo são daquele lixo em cadeia e avisos do Hi5 de aniversários de pessoal com quem não falo há anos?

domingo, 2 de agosto de 2009

Sobre Paredes de Coura

Cheguei há pouco a casa do meu 4º festival em Paredes de Coura e estou estafado. Amanhã digo mais coisas mas posso listar aqui alguns acontecimentos inéditos neste ano:

  1. Apanhei um escaldão antes de chegar a Paredes.
  2. Comi salada!
  3. Ela bem me andava a dizer que, por alguma razão, de repente comecei a ter demasiado sucesso com a população feminina. Durante os dias do festival duas miúdas tentaram meter conversa comigo, em ocasiões separadas. Com Ela ao meu lado. Acho que afinal vou começar a usar desodorizante Axe regularmente.
  4. Choveu a potes durante uma noite mas eu não me molhei.
  5. Estive a um passo de levar porrada de dois gajos matulões devido a uma confusão de identidades.
  6. Ah, entre concertos também houve uma gaja qualquer que, ao passar atrás de mim, me deu um beliscão no rabo. Pelo menos espero que tenha sido ela (vi-a de relance) e não um dos gajos bêbedos atrás de mim.
  7. Apareço numa entrevista num vídeo no Youtube.
  8. Ela arranjou-me um autógrafo do Manel Cruz.

Por agora é do que me lembro. Até amanhã.



P.S. - Não podia deixar esta de fora.

9. Havia gente a foder na casa de banho portátil ao lado da minha, na última noite.

sábado, 1 de agosto de 2009

Post Agendado - Paredes de Coura nº4

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A sério que eu gosto de The Hives. A sério que sim. Mas é que... nem consigo pensar neles. Vou ver o genial Manel Cruz, foda-se. Que se fodam os The Hives.
Desde a minha adolescência que tenho uma paixão quase homossexual pelo homem e já estive mais longe de construir um altar em sua honra.




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