sexta-feira, 30 de julho de 2010

Votações pela primeira vez em não sei quanto tempo neste blog

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Façam favor de votar ali à direita ou não.

Hopefully if I keep singing maybe this will all just go away

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Se vocês vissem o ódio e o cansaço que eu às vezes tenho de vós e do mundo nunca mais ninguém ia querer ter algo a ver comigo.



O que me salva é que já tenho o último álbum de Lightspeed Champion e já li o último livro do Scott Pilgrim e foi bom.
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terça-feira, 27 de julho de 2010

Desagradável

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Há mulheres (algumas, não todas, mas as suficientes) que aceleram o ritmo cardíaco de um homem. Fazem com que o coração salte uma oitava; o corpo sente vontade de as colhecer, precisa de as conhecer. E é por isso que os homens não têm um coração fiel apesar de tudo o resto. Apesar da sua integridade, do seu amor e da sua consideração, os instintos não são completamente domados, e a maioria das vezes que se tenta domesticar um animal selvagem o resultado é menos que feliz para o intrépido idiota que investe na tarefa.
E quem nega a existência das eternas marcas da nossa modesta origem, por preconceito ou ingenuidade sonhadora, arrisca-se a ceder por ignorância a uma batida menos leal.

Sou homem, ainda jovem. Tenho pensamentos ensopados em luxúria. Por desígnio biológico tenho gâmetas a espalhar. Tenho um historial de fraca habilidade em emudecer os caprichos do espírito e já cedi a tentações no passado, quando a paixão ainda era inexperiente. Mas os amores que tenho são verdadeiros e julgo que puros, tenho-lhes sido leal na maior das minha capacidades.

Os pensamentos e as pulsações... são culpa das mulheres e do que é bonito.

I can't fit in this skin

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O sentimento fantástico de colocarmos uma música a tocar e uma mulher nos receber na cama com olhos quentes e a frase "Óptima escolha".


Do que as mulheres precisam

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Pézuda

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Eu - Grandes pés que tu tens. Cá para mim quando fores crescida vais ter uns pés assim como os meus.
Sobrinha - Vou ter pés muuuuito grandes, enormes, até ao espaço!
Eu - Ai é? E com cada passo esmagas tudo, toda a gente.
Sobrinha - E os carros?
Eu - E os prédios e as casas.
Sobrinha - Esta casa também?
Eu - Também.
Sobrinha - Vou ter pés muuuuiiito pequeninos!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fuck my life

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Adivinhem quem pelos vistos tem uma pressão arterial de 160-120 e se arrisca a um diazinho destes ter problemas cardiovasculares?

Sabia que não estava tão saudável como costumava, mas não sabia que tinha chegado a este extremo. Começa hoje o regime exigente de dieta e exercício para além de me ter de acalmar com álcool, tabaco e café.

Isto vai ficar muito pior antes de ficar melhor.


P.S. - Entretanto voltei a medir a pressão arterial e já estava bem mais próxima do normal. Estava ligeiramente irritado aquando das primeiras duas medições e isso terá influenciado. Ainda assim mantém-se o plano da dieta e etc porque para me subir tanto a tensão quando estou aborrecido também não será bom sinal.

Esta miúda tem macaquinhos no sótão

A minha sobrinha fazia desenhos aqui ao meu lado enquanto eu estava ao computador

Sobrinha - Tio?
Eu - Hmm?
Sobrinha - A tia quer ser mãe?
Eu (ui!) - Erm... Não sei, talvez um dia... porquê?
Sobrinha - Por nada... mas quer?
Eu (nada o caraças, esta traz água no bico) - Ela é que te pode dizer, queres que eu lhe telefone?
Sobrinha - Quero!

Ela - Estou?
Eu - Oi! Podes falar?
Ela - Estou a conduzir mas estou em altifalante. Diz lá.
Eu - É que a nossa sobrinha tem uma pergunta para te fazer, vou-lhe passar.
Ela - Está bem...
Sobrinha - Pergunta tu!
Eu - Não, perguntas tu. Não eras tu que querias saber?
Sobrinha - Queres ser mãe?
Ela (risos)
Sobrinha - Queres ser mãe?
Ela - Talvez um dia, mas agora não... então porquê?
Sobrinha - Vá, eu vou continuar a desenhar.
Eu - Mas isto é assim?

Eu - Então, estás satisfeita com a reposta?
Sobrinha - Não.
Eu (mau!) - ...

On this heavy land

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Hoje tenho o peso da sensação que tudo será para sempre assim. Que nada resultará no que eu quero.

Portugal está a arder, agora é que nos fazia falta o futebol na televisão

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"Três fogos activos às 07h00 e Portugal sob alerta laranja de risco de incêndio"

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº419)

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Por alguma razão, este Verão deu-me para beber imensa limonada. Há algo no sabor do Verão que me dá vontade de o empurrar pela goela abaixo com o sabor fresquinho do limão.

O problema é que dei por mim agora, às 2 da manhã, a beber um copo de limonada com 8 pedras de gelo e já não sei se isto é tudo calor ou é antes excentricidade.

O homem quer ser

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Pensamentos Divergentes (nº160)

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..................Abre
..as
........................................tuas
.................pernas
.......
....e mostra-me
....
SE
..............eu
sou

Pensamentos Divergentes (nº159)

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.....Abre
............... .as
tuas
..............................pernas
.......
..............e mostra-me
..quem
.....................eu
sou

domingo, 25 de julho de 2010

Dígito

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O tédio mexe-se por entre os dedos, monta os molhos bonitos do acumular dos seus toques casuais, por vezes perversos, e ainda assim lhe não retira nada senão a rapidez dos tiques em conjectura forçados.
Quando beija, os lábios formam palavras, por vezes nomes. Nem ele o sabe.
Quando ama, se é que é amor, fecha portas de louça e escancara janelas de ferro pintadas de falsa ferrugem.
Quando a lúxuria se move serpente no abdómen, flui ligeiro veneno em cordas de desatados desejos desconhecidos por carregar na ponta dos dedos.
Monta molhos bonitos.

sábado, 24 de julho de 2010

Days of perfect tunes

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Esta semana no Algarve soube-me assim:

Mau Maria

Durante as férias decidi abusar nas calorias. A senhora que me atendeu ao almoço era daquelas pessoas com uma má disposição que recebemos de braços abertos; é contente no seu mau-humor e procura em todos um recipiente para as fúrias banais do seu dia-a-dia. É feliz na sua miséria, gosta de ser fodida pela vida e encara desgraças mundanas com um sorriso irónico. Gosto desta gente.

Eu - Boa tarde.
Empregada - Deste lado do balcão não atendo ninguém, tem de se deslocar para ali.

Eu (bem-disposto e sorridente) - Olá outra vez!
Empregada (nada) - Diga.
Eu - Queria uma Laffa de galinha e são tamb
Empregada - É Menu?
Eu (já sei onde isto vai dar) - Não.
Empregada - É a Laffa e mais o quê?
Eu - As batatas e o molho de alho, se faz favor.
Empregada (com a disposição de quem acaba de ter os calcanhares pisados) - Isso tem um nome.
Eu - Diga?
Empregada - Isso tem um nome. Menu.
Eu - Ah. Mas é que eu não quero a Cola.
Empregada - Ah, está bem.
Eu (resoluto numa claramente falsa ingenuidade) - É o Menu sem a bebida, pronto.
Empregada (sorrindo pelo canto da boca) - É o Menu sem a bebida, pois.

Empregada - Aqui tem.
Eu - Obrigado, boa tarde.
Empregada (nada)

A verdade é que me deu molho de alho extra e não mo cobrou. Gosto desta gente.

Voltei de Férias

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Queimei-me no segundo dia de praia, tenho a pele a saltar-me das costas, a minha namorada chateou-se comigo por uma bartender gira me piscar o olho, bebi imenso vinho na companhia de amigos próximos, morri de calor 40 vezes estendido na toalha e morri de frio 56 vezes a entrar na água, sem contar com jornais apenas li dois capítulos de livros diferentes (é óptimo sinal, significa que estive demasiado entretido), fui para a praia deserta à noite e gritei para o mar, quase resolvi por completo a merda das palavras cruzadas do Público e só escrevi meio poema.

Resumindo, foi bom.

sábado, 17 de julho de 2010

Férias

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Não devo escrever aqui durante a próxima de semana. Vou para Portimão fazer de conta que a minha vida não se anda a desintegrar.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Porque é que isto acontece comigo?

Hoje recebi um telefonema de uma velha nortenha

Eu - Estou?
Velha - (indistinto)
Eu - ... Boa noite?
Velha - Boa noite, minha puta velha.
Eu - Diga?!
Velha - (indistinto)
Eu - Olhe, fala português? E já agora, quem fala?
Velha - ... Deve ser engano.
Eu - Deve ser deve, pá.

O que vale é que eu farto-me de rir com estas coisas.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº418)

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Tenho mais de dez mil músicas no meu iPod e ainda assim sinto que não é uma décima daquilo que preciso de lá ter.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Adiar a Morte

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A Lua suga-lhes o sangue, ergue a poeira fina da pele dos sentidos. Ela, como a puta que é, passa-lhe a mão pela algibeira. Sussurra-lhe uma suja oração:

"Quero ser tua"

"Mentira dela" pensa, "Ela é incapaz de se dar a seja quem for. Não se pode dar o que não é nosso e ela nem dela é". Mas ele não engana ninguém. Antes do pensamento já se levantava a sua tesão e o expirar dos pulmões uivava desejo.

São viciados, drogados. E neste momento, o corpo do outro é a droga mais barata.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Morreu hoje Harvey Pekar

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A América está menos esplêndida.
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I stroke it every chance I get

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De repente, a ouvir esta música, deram-me saudades da minha namorada, não sei porquê.



Paulo Pedroso profere parvoíces por causa das putas

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Durante a minha vida levantei o dedo do meio a muita gente e a muitas situações, mas até hoje nunca tinha levantado o dedo do meio a um jornal. É certo que com a idade e com a alteração do meu estatuto social nos últimos anos tenho feito um esforço para me tornar numa pessoa algo mais contida e socializada, mas não me consegui conter com a edição do Público de hoje.

É bem sabido para quem me conhece pessoalmente e até mesmo para os estranhos leitores fiéis deste blog que eu sou a favor da legalização e regulamentação por parte do estado disto a que nós chamamos de prostituição, para além de ser contra constatações de superioridade moral de qualquer género. Pois bem, enquanto bebia o meu café pós-almoço deparei-me com uma entrevista ao exímio Paulo Pedroso sobre o aumento da prostituição na região do Vale do Ave. Paulo Pedroso, na sua vil nobreza de quem tem superioridade nestes assuntos, afirma que

"Estes casos acontecem quando as pessoas perdem as suas referências e entram numa dinâmica de sobrevivência. Em termos teóricos, esse é um estado possível num caminho de exclusão prolongada que as pessoas depois de perderem os seus recurso perdem também as suas referências morais e sociais".

Não satisfeito com a sua academia tendenciosa, prossegue a afirmar que no desespero da crise económica as pessoas perdem as suas referências até passarem para uma situação do "vale tudo" e que quando tentam regressar para uma vida "normal" estão perdidos porque fazem essa tentativa numa "escala de valores alterada".

Eu arrisco a dizer que as referências das pessoas não se perdem. As referências (seja lá o que isso for) estão lá e fazemos uso delas consoante aquilo que podemos e decidimos. Quanto à moral, ainda ninguém me soube dizer o que há de inerentemente errado com a prostituição e porque é que cabe a alguns elitistas intelectuais apontar falhas nos valores de mulheres que deveriam ter o direito de fazer o que quiserem com o seu corpo.
Já está mais que na altura de mandar para a sarjeta toda esta treta da "moralidade" e dos "valores" e deixar trabalhar quem não quer morrer à fome. Os valores são um subproduto da digestão - só quem tem a barriga cheia é que se preocupa com eles.

domingo, 11 de julho de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº417)

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Em retrospectiva, sou capaz de não ter espaço que chegue no quarto para mais uma guitarra. Principalmente quando ela soa mal como a porra e eu nem consigo perceber o porquê.

Numa nota mais positiva, o cavaquinho cabe no armário à vontade. Agora é só aprender a tocar cavaquinho.

When I was young

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Podia jurar que me aconteceu algo do género no recreio, uma vez.

Desconhecido

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D - E tenho andado a fazer esse exercício. Escrever sobre memórias que tenho de desconhecidos.
Eu - Quando estava em Lisboa, na estação de Campo Grande... ia apanhar o metro. Subi as escadas que lá estão e sentada nos primeiros degraus estava uma senhora encolhida, a chorar. Ainda parei e lhe perguntei se ela precisava de ajuda. E ela disse "não".
R - ...
Eu - É só isto.
D - E então?
Eu - E então... ainda me lembro. Os desconhecidos são engraçados.
D - Desconhecidos somos nós.

Nourishment is temporary

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Anni Rossi - Machine
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sábado, 10 de julho de 2010

Gestalt

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Tenho o cabelo rebelde da minha avó materna.
O sentido de humor traquina do meu avô materno.
Tenho as feições e a excentricidade do meu avô paterno
e o desajustamento social da minha avó paterna.
Tenho o temperamento e a raiva do meu pai.
Tenho a angústia da minha mãe.

Tudo o que sou não é meu.

Lineagem

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Pai - És igual ao teu avô. Sais igual a ele, de aspecto e de feitio.
Eu - Por isso é que te brigas tanto comigo?
Pai - E tu brigas-te comigo porquê?
Eu - Logo vi.

I'm the 51st member of a god awful group

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Mais uma visita à cidade que detesto. A cidade onde o meu pai cresceu.

Deixou a família lá. Na sua cobardia salvou-me a mim daquela doença que nos corre das veias, tentou fugir dela sem saber que também carregava nele o veneno e que estava condenado a cometer os mesmos erros do seu pai.

Fomos cumprir uma obrigação, daquelas de sangue. Eu, o meu pai e o seu irmão, sentados numa esplanada, três cervejas em cima da mesa. Os irmãos de uma geração degradada numa proximidada raras vezes testemunhada. Surpreendo-me ainda o quão semelhantes são, a cópia das feições - feições que eu também levo na cara, o que por alguma razão me causa tristeza.

Soluçava a conversa entre golos de cerveja, travos de tabaco e o barulho dos putos a brincar. Como sempre, eu ficava a ouvir tudo o que não era dito (o que nunca foi dito). O que é silenciado marca a sua presença. E a minha irmã estava presente na sua ausência.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº415)

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Uma das coisas boas de ficar alcoolizado é não sabermos bem onde nos vamos colocar a nós próprios. Por exemplo, tocar/cantar Johnny Cash e vinho branco são uma óptima combinação e eu não fazia ideia até agora.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº415)

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Estava a afinar a guitarra com o meu afinador electrónico e dei por mim a pensar como seria bom se também o pudesse usar para afinar a minha vida.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

I'm a realist, I'm insatiable

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As melhores e mais inteligentes pessoas que conheço são infelizes.

We are beautiful, we are doomed.

Foda-se! (nº 42)

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Acabei de ver a maior barata do mundo no chão da minha cozinha. É maior que o dedo mindinho do meu pé e eu calço o 45.

Ainda lhe tentei tirar uma foto com o meu telemóvel mas a puta para alem de lesta é pelos vistos tímida e rapidamente se esgueirou para um qualquer canto recôndito e escuro da divisão.


P.S. - Apercebi-me agora de que provavelmente não é muito normal a minha primeira reacção ao ver a barata ter sido correr para meu quarto apanhar o telemóvel para lhe tirar uma foto em vez de, sei lá, esmagá-la logo.

Os sonhos

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Uma névoa de sonhos forma-se por trás dos meus olhos. Mas os sonhos são perigosos, disseram-me.

Tinha 13 anos. Lia muito. A minha vida estava no dissipar do pó entre páginas de livros e nas horas passadas a olhar o tecto do meu quarto. Começara a ler sobre filosofia e sobre física quântica. Sobre biologia e sobre a mente. Lia também livros de "adultos", livros perigosos. Pensava muito, sempre pensei. Diziam-me deste puto que pensava demasiado e eu certo que tal coisa era impossível. Consideraram-me aberrante mas pior que isso foi considerarem-me precoce ou "especial", pior coisa não me podiam ter feito.

A minha irmã, 13 anos mais velha, mãe de substituição mas jovem de coração, tinha a idade que tenho hoje quando me disse algo que me quebrou o espírito e que recordo até hoje.

Sonhas muito, mas sonhar não leva a lado nenhum. Sonhar e pensar sobre os mistérios da vida é muito bonito mas não põe pão na mesa e portanto ninguém valoriza isso. Quem sonha muito passa a vida a dormir e não faz nada da vida.

Fiquei chocado na minha ingenuidade. Não me tinha ocorrido até então que era possível alguém pensar realmente assim, muito menos alguém tão próximo de mim. E parte de mim soube instantaneamente que havia alguma verdade no que ela me acabara de dizer mas decidi que não era isso no qual eu queria acreditar.
Mas alguma coisa aconteceu ou já vinha a acontecer há muito tempo. Admito, tenho medo de sonhar. Tenho medo de querer ser alguma coisa que eu realmente valorize. Ainda assim erguem-se paixões em mim, paixões que eu faço por matar antes que me matem a mim.
E o pior é que eu sei que não é suposto as coisas serem assim. E sei que esse caminho é que não me leva a lado nenhum.

Estou a contar isto porque pode haver alguém aí que sinta o mesmo. Alguém que compreenda isto. Estou a contar isto porque isso pode ser útil para mais alguém. E porque às vezes, quando não me chega o álcool e o tabaco, sabe bem desabafar.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº414)

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Pode ser altura de reavaliar a minha vida quando eu e os meus amigos damos "mau aspecto" ao bar mais alternativo da cidade.

Someday he'll have everything

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Andava a guardar esta música para quando o D finalmente se demitisse daquele emprego que lhe mata a alma, mas visto que ele faz anos hoje olha aqui vai:


Parabéns, pá.
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terça-feira, 6 de julho de 2010

Jesus!

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Parece que a Playboy deste mês vai ser em homenagem ao nosso Saramago.


Quando eu morrer, façam-me homenagens destas. Aliás, podem-mas começar a fazer já, se quiserem.
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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Em privação de sono fico com o Q.I. de um tacho de puré de batata

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº413)

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Sei que há algo de traumático no meu passado quando vejo uma núvem de fumo no horizonte e o primeiro pensamento que tenho é centrado no desejo de que a origem do incêndio tenha sido o sítio onde estudei.

Continuação!

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Adivinhem agora quem é que pelos vistos vai estar de directa. Vá, não se acanhem.

Hey!

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Adivinhem quem anda outra vez acordado às 5 da manhã porque não consegue adormecer apesar de estar esgotado. Eu cá não sou. Não senhora.

I can't be by myself. I can't be all alone

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Estou em plena crise neurótica e ainda bem que ninguém me pode ver agora.

domingo, 4 de julho de 2010

Super-Eficácia Reduzida

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É super eficaz beber café e mais café para escrever "ensaios" mas só é super eficaz durante 15 minutos e depois começo a ir abaixo e não posso beber ainda mais café porque se não depois dá-me super caganeira eficaz e já não consigo eficazmente acabar o "ensaio" dentro do prazo.

Porque vejo a merda que na verdade sou

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Ler bons escritores tira-me a vontade de escrever.

Não sabia que era tão acarinhado

Enquanto saía com amigos, encontrei na rua uma rapariga que foi da minha turma do secundário. Falei-lhe quando passou.

Eu - Olá!
Ex-Colega - Olá meu amor, tudo bem?
Eu - Sim...

Eu - Ela tratou-me por "meu amor", não tratou?
D - Tratou. Já deve ter andado a fumar qualquer coisa.

All I wanna say is "thanks a lot"

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É bom tê-la de volta.

sábado, 3 de julho de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº412)

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Lição de vida: comer gelado de chapéu deixa baunilha na pala.

O que fazer da minha vida

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Tenho 24 anos, quase 1/4 de século, e ainda não sei bem o que quero ser quando for crescido. Não sei se quero fazer música, não sei se quero escrever, não sei se quero desenhar e não sei se quero fazer aquilo para o qual estive 5 anos a estudar na universidade. E, acima de tudo, não sei ao certo como ganhar dinheiro de nenhuma destas coisas. Principalmente quando não me julgo realmente bom em uma única delas.


Quanto mais tempo passa, mais vejo o quanto estou fodido.

"Yeah, well, you know, that's just, like... your opinion, man"

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Tenho de ter uma conversa com o meu subconsciente

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Esta noite os meus sonhos decidiram que me iam pôr a dizer aquilo que nunca disse às pessoas a quem nunca o disse.

Não estou certo se isto é terapêutico ou anti-terapêutico.

Big Brother is watching you

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"Ruas do Bairro Alto vão começar a ser vigiadas por câmaras no final do Verão"
Já andam longínquas as minhas noites de deambulação ilícita pelas ruas do Bairro Alto. Parece-me que se um dia lá voltar já não vai ser a mesma coisa.

E é óbvio que por uma questão de princípio sou contra a videovigilância num local público. Parece-me absurdo.

Ela já voltou

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Celebrámos. Estou embriagado. Até amanhã.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Baby feel so good right now

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Amanhã Ela volta definitivamente a Portugal e a partir daí vai ser assim:

Ao contrário do que penso, os meus heróis não são imortais

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Dilema

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Este ia ser o 1º ano desde 2006 que eu não ia ao festival de Paredes de Coura, mas fui agora informado que não só vai lá voltar Caribou (um dos concertos mais fantásticos que já vi na minha vida) como vão lá os Los Campesinos!.

Ai a minha vida que eu agora não sei o que fazer.

Impotência

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Se não estou em erro, lembro-me que há uns anos escrevi uma letra de música que algures dizia algo do género "If I had a singing voice I could change the world. If only I had something good to say too".

Estou-me a sentir assim, de momento.

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