domingo, 25 de julho de 2010

Dígito

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O tédio mexe-se por entre os dedos, monta os molhos bonitos do acumular dos seus toques casuais, por vezes perversos, e ainda assim lhe não retira nada senão a rapidez dos tiques em conjectura forçados.
Quando beija, os lábios formam palavras, por vezes nomes. Nem ele o sabe.
Quando ama, se é que é amor, fecha portas de louça e escancara janelas de ferro pintadas de falsa ferrugem.
Quando a lúxuria se move serpente no abdómen, flui ligeiro veneno em cordas de desatados desejos desconhecidos por carregar na ponta dos dedos.
Monta molhos bonitos.

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