domingo, 31 de janeiro de 2010

Flashbacks de Conversas Passadas (nº19) & Foda-se! (nº30)

A adolescência é fodida para quem já tem um largo historial de baixa auto-estima. E é principalmente fodida quando se conhecem gajas fodidas.
Isto foi uma discussão que se passou quando a miúda se enrolou com um rapaz que mal conheceu, durante as férias de Verão.


Eu - Tu és mas'é uma superficial de merda. Isto tudo porque o gajo é mais "giro" que eu, aposto.
ExEla-0 - Não é por isso. Eu já gostei de rapazes feios e podia voltar a gostar. Mas agora não é esse o caso.
Eu - ...

E quem se rir disto pode ir mas'é para o Inferno.

Pensamentos Divergentes (nº131)

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Provei do meu mais subterrâneo.
[compreendo agora o negrume dos lábios
e a língua cortada em venenos sábios]

E poderás dizer que o mal é da visão,
que os meus olhos precisam de um remédio.
Mas a mente, essa não tem correcção.

E não é por mal
se por vezes me faço cristal.
Quando morro é pelo coração.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Pretty melodies don't fall out of the air for me

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Acho que encontrei a minha nova obsessão musical para a próxima semana.

Hoje em dia publicam qualquer um

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Hoje recebi um telefonema. Há a possibilidade de textos meus virem a aparecer numa revista.

Textos meus. Impressos. Em papel. Para quem quiser ler. Com o meu nome verdadeiro.

Tenho passado o dia todo enjoado.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº326)

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"A culpa foi minha porque eu notei que o gajo tinha o número 666 no nickname e mesmo assim fui ver o blog dele."

Rien n'arrete nos esprits

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Porque ainda não me manifestei sobre o assunto e porque acho que não há grande necessidade em fazê-lo.

Pensamentos Divergentes (nº130)

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Querem trancar-me a língua
porque digo o que penso.

E eu digo coisas tão feias, Mãe.

E tu perguntas "Foi assim que te ensinei?"
Como se se pudesse ensinar alguém a deixar de ser.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº325)

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Isto da língua portuguesa tem, realmente, coisas muito engraçadas.

Por exemplo, sempre achei piada quando os pais chamam os filhos de mal-educados ou mal-criados, pois sem se aperceberem estão a defender a sua própria incompetência.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº324)

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Acham que se eu sair à rua com uma nódoa de molho na camisola, as pessoas em vez de pensarem que eu sou um desleixado pensam amtes que devo ser um pintor que está tão imerso no seu trabalho artistico que nem repara que deixou cair tinta na roupa?

Não me interpretem mal, se a resposta for não eu vou sair para a rua assim na mesma porque sou preguiçoso. Era só para saber se posso diminuir de alguma forma o sentimento de vergonha subjacente.

Foda-se! (nº29)

Ontem, de conversa com o G

G - Olha, tu é que bem me podias fazer um desenho para eu meter no blog que vou fazer.
Eu - Ok, queres um desenho assim do quê?
G - Não sei.
Eu - ... Assim fica difícil. O blog vai ser sobre o quê em concreto?
G - Ainda não decidi.
Eu - E suponho que o título ainda menos.
G - Pois. Mas depois vejo e fazes.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº323)

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Pelos vistos hoje fui a única pessoa da cidade a andar de manga curta, porque toda a gente que conheço disse que eu devia estar doente ou maluco.

Um gajo já nem pode ter calor, foda-se.

While it slips away from view

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Para um amigo que gosta de Vampire Weekend e que mais uma vez vai para fora de Portugal uns meses.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº322)

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Ando para aqui desconfiado que isso de ser mulher não passa, no fundo, de se estar a vida inteira sem ter a certeza se alguém gosta mesmo de nós ou se só servimos para sexo.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº321)

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Hoje sentei-me no lugar do meu patrão no seu gabinete e gostei.

O pior pesadelo de sempre

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Sonhei que estava num jantar finório carregado com dúzias de tios e tias da pseudo-alta classe. E ainda porcima todos sabiam que eu tinha este blog.

Acho que no fim fui embora sem pagar.

Flashbacks de Conversas Passadas (nº18)

Quando era muito muito miúdo

Eu - Pai, sabes o que eu quero ser quando for grande?
Pai - O quê?
Eu - Cientista.
Pai - Ai é? E porquê?
Eu - Para inventar uma poção que faça com que nem os avós nem tu nem ninguém de quem gosto morram.

Lembrei-me disto ao pensar que já não tenho avós paternos.

Estupidamente, à luz disto, pequena parte de mim julga que sou um fracasso.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº320)

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Apercebo-me que uma discografia completa dos Beatles no meu iPod é capaz de ser uma discografia a mais quando meto aquilo em shuffle e toca três músicas dos Beatles de seguida e nenhuma delas é das minhas favoritas.

Analfabeto

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Para alguém que costumava ler livros como quem bebia café, há imenso tempo que não leio um bom livro.

E a culpa não é da estante de livros que tenho por ler.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº319)

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Culpo a minha mãe por nunca me ter avisado que haviam mulheres assim.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº318)

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Discordo. O pior cego é aquele que vê e não faz nada.

The hardest part is yet to come

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Parece que continua a fazer frio lá fora.

A Mentira

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Tenho escrito menos neste blog.

E tenho escrito menos neste blog porque é uma tarefa que, acima de penosa, é vazia. Porque o chamado blogger é um animal desonesto - tenta dizer por palavras aquilo que não pode ser dito. A limitação da carne o proíbe. E ainda assim transgride a regra, peca contra O Verbo e tira-lhe o significado na sua constante procura de significado.

Contra o Logos, apresenta o seu Pathos na ausência de Ethos, tudo para uma plateia de imaginários sem rosto, sem reacção sentida como real. É que o blogger sente-se amparado no seu desamparo; é cobarde demais para se expressar por fora das teias virtuais. É incapaz de viver o seu corpo mas acima de tudo de viver o outro.

Não se deixem enganar. Não acreditem no que dizemos, em nada do que qualquer um de nós dizemos.
É tudo falso.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

domingo, 24 de janeiro de 2010

Dilema

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Tenho saudades de desenhar mas não tenho saudades da frustração que se segue ao pegar da caneta.

J'ai un grand projet pour l'avenir

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Há imenso tempo que não tenho uma daquelas diversões.
E isso vai ter de mudar em breve.

Chega o bom tempo e tudo parece ficar melhor

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Third strike

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Já chega, foda-se. Este gajo acaba de entrar na minha shitlist.

Cinemofilia

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Há pessoas secantes neste mundo, mas depois há pessoas com as quais se pode falar sobre cinema durante uma hora.

Pensamentos Divergentes (nº129)

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É com as pontas maltratadas dos dias desperdiçados
que irás cavar o buraco da tua solidão.
Teus amigos, teus amores e teus irmãos,
todos eles lá terminarão
(de cabeça destruída
e de peito [in]seguro na mão)
no fundo do buraco,
o solo fértil de malditos não-ditos.

sábado, 23 de janeiro de 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

They want a happy ape with no english drape

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A verdade é que por muito que as mulheres aparentem romantizar com cavalheiros galantes e cultos, se nos basearmos na maioria dos seus desejos e acções, o que aparentam querer realmente são homens abrutalhados e bestas que as tratem mal. Homens que, no fundo, não estão muito longe do Neandertal.

E vocês, mulheres que andam por cá a ler isto, nem pensem em tentar contradizer-me. Sabem bem que já (a)cederam a isto mais que uma vez na vida.

E sim, admito, tenho traumas vestigiais da minha adolescência.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº315)

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Em vez de fazer algo de útil, passei os últimos 15 minutos da minha vida a rebentar coisinhas destas.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº314)

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Eu nem me importava assim tanto de estar constipado se não fosse por parecer um bêbedo a falar.

Eu já estive em casas-de-banho públicas assim

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Acho a publicidade bastante engraçada e bem conseguida. No entanto, a minha perturbação obsessivo-compulsiva não me permite ignorar o facto de o final do vídeo sugerir que o pénis (vulgo caralhote) irá utilizar o mesmo preservativo com todas aquelas vaginas (vulgo pachachas), o que derrota um pouco a sua própria mensagem.



P.S. - E só não comento o sexismo inerente ao vídeo porque já ando farto de falar dessas merdas.

It's turkey time!

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Gobble gobble.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

You love good, but

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Faz algum tempo que não me sentia como esta música me faz sentir.


Faz algum tempo que não me sentia como faço esta música sentir-se.

Disforia

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É este humor que vai dar cabo de mim. É achar que tudo em que toco se transforma em merda. Que a ponta dos meus dedos segregam um veneno qualquer que faz apodrecer. Que o simples facto de alguém me conhecer piora a qualidade de vida dessa pessoa.

Desde me lembro que receio ser assim. Desde que me lembro que penso ser assim.

Conversa Conjugal (nº34)

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Ela - Tu és pessimista por natureza. E eu não consigo ser nem quero ser assim. Quero pensar que a minha vida vai ter algo de bom ou pode ter algo de bom.
Eu - Mas eu penso isso.
Ela - Não, não pensas.
Eu - Penso. Não é tanto como tu. Mas se eu não pensasse já estava aí morto numa vala qualquer.

Mais um brinquedo que não me importava nada de ter

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Anda um gajo há anos a tentar aprender a tocar guitarra e depois aparece um melro qualquer que pega numa guitarra pela primeira vez e fica logo famoso

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O meu ego fica na dúvida

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Recebi um convite para participar num projecto de criatividade (já agora carreguem no link, parece porreiro). Pelos vistos alguém veio parar a este blog e contactaram-me.

O problema é que é apenas entre os 12 e os 18 anos. E agora não sei se devo interpretar isto como "Gostamos da tua escrita" ou "Para puto nem escreves tão mal quanto isso".

Pensamentos Divergentes (nº128)

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O teu pai bebia para não viver
- cacos de vidro no chão da cozinha -
porque o sémen que usou só deu em erva daninha

Ainda sentes as suas mãos no teu pescoço
- seguram-te em cachecol -
são elas que te aquecem nas noites em que te degola o lençol

E a tua mãe chorava todos os dias
- o seu estado era delicado -
é por ela que agora o teu amor sai despropositado

Contas as tuas cicatrizes
- procuras pela panaceia -
mas a morte é o único xarope que te deixa a barriga cheia

A morte é o único xarope que te deixa a barriga cheia.

Googlices (nº20)

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"como fazer uma atividade sobre o tema presos por um fio" - A sério que não sei que te diga.

"peso na consciencia menage namorada" - Estás aí com um belo problema... Não me vou manifestar sobre esta, está bem?

"PODERIA DIZER TANTA COISA" - Já podias dizer mais que eu.

"o mundo ipotetico dos ses" - Anda por cá alguém que teve mais que uma nega a Português na escola.

"mulheres nao sabem ler os homens" - E tu não sabes escrever, enganaste-te na ordem.

"eu não bebi" - És um cortes.

"a nostalgia da passagem do ano" - É fodido, isso. O pior é que demora um ano inteiro a passar.

"textos criancisse" - Aqui? Não senhor! Aqui é tudo muito sério, conversa de gente crescida... *coff*

"porque me fazes isto ?" - Faz-me uma pergunta mais fácil de responder...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº313)

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Às vezes a vida parece-me tão complicada que só me apetece apanhar um comboio daqui para fora, mas as CP não tem bilhetes para lá seja onde "lá" for.

And you can't keep draggin' that dead weight around

O que se passa

Em minha casa

Ela - Olha, deixa-me ir aí ao computador ver o que há de novo no teu blog.
Eu - Nada. Não tenho escrito.
Ela - Porquê?
Eu - Não sei.

sábado, 16 de janeiro de 2010

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº312)

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Sabem quando se passam uns anos desde que provaram algo que detestaram, e então decidem voltar a provar para ver se continuam a não gostar?

Pois bem, leite de soja achocolatado continua a ser nojento e a saber a sumo de feijão frade.

Pedido singelo

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Se eu um dia escrever como o Pablo Neruda espetem-me um tiro nos cornos o mais depressa possível que é para eu morrer satisfeito.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº311)

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"Tenho mais gente a vir ler o meu blog do que tenho gente conhecida disposta a aturar-me e a ouvir-me no dia-a-dia."

"... Foda-se."

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

As minhas noites têm sido mais-ou-menos assim

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E coloco ênfase no mais-ou-menos.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº310)

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Eu juro que já não sei se o meu pai faz de propósito ou não quando estou a sair à pressa de casa por me ter deixado dormir, e com a minha mão na maçaneta da porta ele comenta "Olha que tens o coiso fora das calças".
No meu pânico ensonado, olho para a zona da braguilha, e murmuro confusamente - "O quê?".
Ao que ele me responde "Um dos headfones. Tens um dos headfones a sair do bolso das calças".

Matrioshka

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Tenho estado a pensar e a pensar e como não consigo adormecer vou fazer o habitual que é escrever na esperança de evacuar a mente e conseguir, por fim, dormir.

Nas últimas horas tenho pensado em como aquilo que fomos na nossa infância determina em muito o que somos hoje em dia. Por exemplo, eu sempre fui uma criança bastante isolada. Foi até razão para preocupações consistentes por parte dos meus pais e dos professores. Nunca foi no entanto nada de gravemente preocupante, era capaz de estar em contacto com as outras crianças apesar de algumas dificuldades. Estas dificuldades também terão sido subvalorizadas, penso eu, por me ter tornado numa criança relativamente precoce no que torna à intelectualização, em grande parte por começar a ler compulsivamente assim que aprendi a tal. E, como é habitual nestes casos, entrei num ciclo vicioso em não estava com os outros da minha idade porque estava fechado no meu próprio mundo, a ler ou a ver filmes que não eram para a minha idade, e não aprendia como deveria estar com eles, e por sua vez o não conseguir estar com eles reforçava a minha necessidade de me fechar no meu próprio mundo. Fez com que me tornasse precoce na leitura, mas atrasado e débil em relacionamentos.
Estas dificuldades relacionais permanecem até hoje sob alguma forma e, num certo grau, estarão sempre presentes. Fazem parte da mecânica de quem eu sou. E tal é verdade em relação a muitas características que nós próprios e os outros que nos são próximos nos atribuem - dizem que já em pequenos éramos assim, sempre fomos.
Tenho pensado nisto porque acho curioso que, por outro lado, não somos as mesmas pessoas. Não me lembro de nenhuma forma em que possamos estar remotamente ligados às pessoas que éramos antes.

Por um lado, a matéria de que sou composto não é a mesma. Sou um ser recente. As células do nosso corpo renovam-se constantemente; as células dos meus ossos, dos meus músculos, da minha pele, não são as mesmas de há 10 anos atrás. Sou, na verdade, a cópia genética deteriorada de uma criança que existiu há anos atrás, e isto é verdade para todos vós também. Por isso, em termos físicos, somos criaturas diferentes das que existiram no nosso lugar.
Por outro lado, a nossa mente também não é a mesma. O cérebro que comporta aquilo que chamamos de consciência passou por várias transformações físicas e químicas durante o nosso crescimento, para não falar do acomular das experiências que construiram o que nós somos hoje em dia, o que significa que em termos de identidade, comportamento, e da percepção dos outros e de nós mesmos, também não somos de forma alguma a mesma pessoa que já existiu.

E é aqui que no meu monólogo idiota chego à conclusão que, em vez de uma história com princípio, meio e fim, somos mais como bonecas russas feitas de memórias de outros nós que já existiram. E esses outros morrem constantemente, a cada instante que passa, dando lugar a um outro que acontece sem nascer. Um clone imperfeito daquilo que existiu ainda há pouco.
E no entanto as memórias desse outro que existiu são as minhas memórias. Sinto-as como minhas, ressoam em mim como factuais e inegáveis. Para todos os efeitos, aquele era eu.

Enfim, isto é apenas mais um daqueles pensamentos curiosos que me assolam. Vou tentar dormir uma ou duas horas antes de ir trabalhar.
Até.

Pensamentos Divergentes (nº127)

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É de ventrículos cruzados que recebo
a ideia de ti.
E eu sei que as palavras que deixas escapar
são bonitas em conteúdo
E sei também que a visão dos meus olhos
só alcança aquilo que eu lhe permito.
Os meus ouvidos são débeis,
o meu coração fraco.
E jamais conseguirei que a minha cabeça
compense o défice que incorre no meu peito.

E por isso as tuas lindas palavras saem ocas,
a tua figura é embutida num cenário desfocado,
e não aceitarei a beleza do que tens a dizer.
Sou Deus,
Senhor do meu mundo,
Rei do meu umbigo,
Tirano da minha própria miséria.
Sou Alfa e Ómega do cenário incolor que habito sozinho.
Sou único residente daquilo que posso saber ser.

E tu só existes na minha cabeça.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Fait sa pour moi la prochaine fois que tu me vois

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Não sei a quantas pessoas vou dedicar esta música, mas sei que a maioria são mulheres e que essas são todas por aproximadamente as mesmas razões.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº309), ou "A razão pela qual não cozinho mais vezes quando estou sozinho"

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50% dos ovos que parto ficam inutilizáveis, o que me irrita imenso.

E detesto limpar/arrumar a cozinha.

De resto, para a minha primeira vez a fazer pasta carbonara, não 'tá mal.

Está visto

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O meu problema são saudades do bom tempo, de passear pelas ruas de Lisboa, e de beber umas cervejas com amigos que não vejo há demasiado tempo.

A existência eborense é como a noz-moscada: fica bem com muita coisa mas em grandes quantidades torna-se tóxica.

Porra, pá!

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Neva no país todo menos onde eu estou.

Open up your throat

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Gosto mesmo de coisas estranhas.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº308)

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Ultimamente ando com medo de morrer sem aviso e que a última coisa que escreva em vida seja uma idiotice qualquer neste blog.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº307)

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Acho que finalmente entendi porque é que há coisa de 6 anos atrás uma rapariga que conhecia começou a falar bué mal comigo de um dia para o outro.

Poderá ter sido por ela ter passado duas horas sozinha comigo de conversa, a enviar-me sinais que me passaram completamente ao lado na altura e que só agora percebi terem existido.

I'll take myself to an east coast city and walk about

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Está de volta aquela vontade absoluta e sufocante de apagar tudo na minha vida, sair daqui e ir para algum sítio onde ninguém me conheça.

I wish I was special

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Temos tendência em apaixonarmo-nos por pessoas que brilhem mais que nós. Ou que pelo menos nos pareçam ter uma luz mais intensa que a nossa. Procuramos, no fundo, banhar-nos no brilho que irradiam e porventura absorver alguma da sua vitalidade para nós próprios.

Queremos ser especiais.

E então, quando se extingue a novidade, o brilho sufoca-nos. Lembra-nos de todas as nossas incompetências, da nossa certeza sobre o nosso baixo valor.
O que antes nos alimentava com um fervor ébrio torna-se no espelho de tudo o que desejamos ser sem o conseguir. Torna o solo fecundo para o ressentimento.

Odiamo-nos por comparação.

Crise em Banho-Maria

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Todos os dias tenho escrito posts que apago antes de publicar. Parece-me tudo vazio, forçado.
A verdade é que não sei o que se anda a passar comigo e isso assusta-me. Tenho medo de estar a perder algo. Sou um cobarde, tenho medo da mudança, sempre tive.
Desde que tenho memória de mim que tinha medo de crescer. Pânico de cada ano que passava.

Às vezes não sei o que hei-de fazer comigo. Falta-me algo que não consigo preencher.

Alguém me socorra

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Que este blog está-se a assemelhar a um acidente ferroviário e eu não sei o que fazer.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº306)

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"Pelos se's morre o céptico."

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº305)

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Sinto-me um mariquinhas quando passo o dia a queixar-me que tenho os tomates a congelar à conta do frio que está e depois vejo o dealer da minha zona que fica horas a fio a gelar à esquina da rua.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Se o mundo fosse perfeito

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Foda-se! (nº28)

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Uma das coisas que mais me enoja em viver neste país é o racismo e a xenofobia ainda serem tolerados e largamente aceites. De tal forma que as pessoas nem têm vergonha de mostrar os seus preconceitos.

E depois sou eu que tenho de escolher entre criar confusão ou ter de aturar a fonte de merda que sai da boca das pessoas.

Queridos leitores mais atentos

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É verdade, fiz borrada. Já quebrei a promessa de actualizar todos os dias a imagem do cabeçalho. Ando desorientado.

Assim que puder, compenso.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº304)

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Uma das pequenas e cruéis piadas da Natureza é que quanto maior a nossa vontade de fazer cocó, menor a nossa capacidade para corrermos em direcção a uma casa-de-banho.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

It's like rain on your wedding day

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Como já referi, toda a cidade de Évora (ou pelo menos a maioria) ficou sem água canalizada hoje.

Só agora fui ver os meus mails. E ontem, antes de isto acontecer, alguém me mandou um mail em cadeia sobre a escassez de água potável em países de 3º mundo, e como a água é um bem precioso, etc.

Ou anda alguém a gozar com a minha cara ou daqui a nada entra a Alanis Morissette pelo meu quarto adentro a cantar sobre o que ela acha ser irónico.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº303)

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Hoje a cidade inteira ficou sem água canalizada. Sinto-me a tornar-me mais primitivo a cada hora que passa.

Mais mal-cheiroso, também.

S P E L's Disaster

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Tenho a sensação que todas as histórias de amor acabam assim.

I'm wide awake it's morning

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Por vezes tento adormecer e não consigo. O corpo dá-me um solavanco, agarra-me pelo coração e puxa-me da cama.
Tenho a arritmia de quem vê o tempo a escoar. São estas alturas em que me dá a pressa de fazer, a pressa de viver. Apercebo-me subitamente da inércia banalizada em que deixei a minha vida cair. Acordo, vou trabalhar, chego a casa cansado, não pego na guitarra, não faço nada. Tenho a vida em atraso.

Entro em pânico e dou por mim à procura de um cigarro. Levanto-me e tento escrever algo para entreter, para disfarçar esta morte iminente. É a minha pequena oração. Rezo para que a escrita tenha algum efeito e me deixe dormir, me deixe continuar a viver a mentira.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº302)

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Admite, quando há papel-higiénico na sanita gostas de o destruir com um jacto de urina enquanto fazes de conta que o teu pénis é um canhão laser.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Os mortos que eu conheço

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Um morreu de cancro do pulmão.

Outro morreu de ataque cardíaco.

Dois morreram de leucemia.

Outro de velhíce.

E ainda um outro que morreu com um AVC.

Um morreu pela metade, no acidente.

E tantos outros morreram da minha vida, levados pelo tempo.

"Há cem mil anos a despensa dos humanos já teria cereais"

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"Descoberta feita numa gruta em Moçambique relevou que a nossa espécie terá começado a ingerir cereais, e a aproveitar o seu amido energético, há bastante mais tempo do que se supunha."

In Público


Sei que não sou normal quando olho para o título desta notícia e o meu primeiro pensamento é "Há cem mil anos os humanos já tinham despensas?"

I'm the poisoning one

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Não sei se a barragem cá dentro aguenta com toda a chuva lá fora.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº301)

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Nada mais frustrante do que um gajo levantar-se às 7:30 da manhã para o primeiro dia de trabalho do ano, quando já se habituou a ir para a cama as 5 da manhã e não se consegue deixar dormir antes disso, e chegar ao trabalho e descobrir que afinal não foi lá fazer nada e mais valia ter ficado no mundo dos sonhos.

'Dass.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº300)

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Às vezes sinto que ando para aqui a balbuciar que nem um idiota alucinado, tentando sem sucesso expressar algo de muito significante que desconheço completamente.

Não sei se isso faz de mim artista frustrado ou simplesmente frustrado frustrado.

Hoje deram-me saudades do filme Magnolia (pt 2)

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Hoje deram-me saudades do filme Magnolia (pt 1)

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domingo, 3 de janeiro de 2010

Os homens e a infidelidade

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A psicóloga francesa Maryse Vaillant afirma que a infidelidade masculina é natural e deve ser aceite pelas mulheres, visto que o facto de um homem ser sexualmente infiel não querer dizer que ame menos a sua mulher.
Mais, chega a afirmar que os homens completamente monógamos sofrem de uma patologia psicológica, sendo a sua fidelidade sintomática de uma idealização rígida sobre as funções de um homem.

Concordo com a senhora no ponto em que a fidelidade não faz parte dos instintos biológicos do homem. Por outro lado, também não faz parte dos instintos biológicos da mulher. A diferença consiste no modus operandi de cada: enquanto que o homem está geneticamente programado para copular com o maior número de mulheres possível (de forma a aumentar a descendência), o maior número de vezes possível (de forma a aumentar a probabilidade de a descendência daquela fêmea ser sua), a mulher está geneticamente programada para encontrar o melhor parceiro em termos de qualidade genética, assegurando ao mesmo tempo a sua segurança e a segurança da sua descendência. Isto poderá implicar que tenha um parceiro geneticamente superior que a engravide, enquanto um parceiro geneticamente inferior mas mais atento cuida dela e dos filhos que ele não sabe não serem seus. Presumivelmente será por estas razões que, estatisticamente, os homens se preocupam mais com infidelidade sexual e as mulheres com a infidelidade emocional*.
A monogamia é, de facto, um construto completamente cultural. E é, além do mais, um construto bastante recente na história da humanidade.

Fora isto, e apesar de não ter (ainda) lido o livro que escreveu sobre o assunto, não sei se concordo com a Maryse Vaillant. Admito que para alguns indivíduos poderá tratar-se realmente de uma imagem idealizada à qual o homem tenta corresponder, mas isso implica um padrão consistente de comportamentos moralmente rígidos em outras áreas da sua vida.
Possivelmente faltará a Maryse Vaillant considerar outras hipóteses. Como por exemplo algo mais ao nível da empatia como "Não lhe irei fazer algo que sei que me magoaria a mim se ela mo fizesse". Ou, em termos mais românticos, um homem que ame uma mulher o suficiente para resistir a tentações naturais por não a querer magoar, mesmo que ela nunca ficasse a saber do sucedido.

Dito isto, não tenho nada contra a poligamia e múltiplos parceiros sexuais desde que seja algo consciente e aceite por todas as partes.

E cuidado com os chauvinismos.



*Devo avisar que isto são teorias pertencentes a uma área denominada de Psicologia Evolutiva que é bastante pobre em termos de rigor científico, visto que são teorias que não podem ser testadas e muito menos confirmadas cientificamente.

sábado, 2 de janeiro de 2010

I need an addiction, I need an affliction

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O tédio é um dos piores males que pode cair sobre mim. Sou impaciente e preciso de algo que me cative a atenção. Aborreço-me facilmente. Estou convencido que esta é uma das razões pelas quais fumo - ajuda a tapar o buraco e a diminuir a ansiedade.

Sou também culpado de provocar discórdia propositadamente para tornar as coisas mais interessantes. Os meus amigos mais próximos já sabem por experiência própria que gosto de defender pontos de vista com os quais não concordo só para provocar o debate e suscitar ânimos.

O conflito estimula-me, ajuda-me a pensar e incentiva a minha tentativa de criar algo a que se possa chamar de arte.

Agora anda tudo muito calmo. Estou a precisar de conflito na minha vida.

Criatividade forçada

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Para me obrigar a desenhar decidi mudar de cabeçalho do blog consoante as ocasiões (Natal, passagem de ano, etc.).

Para me obrigar a desenhar um pouco todos os dias, coloquei agora o que poderá ser o cabeçalho principal mas incompleto. É suposto adicionar algo novo todos os dias.

Agora só me falta arranjar forma de me obrigar a escrever e fazer música todos os dias, mas vamos lá com calma.

E não, isto não são resoluções de ano novo.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº299)

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Gosto de discussões filosóficas de 2 horas que não levam a lado nenhum.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Este ano não deve ir começar lá muito bem

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Sonhei que era um super-herói e que todos os meus inimigos se tinham aliado para me derrotar de uma vez por todas.

Se isto for uma premonição, estou fodido.

Se for só o meu subconsciente a tentar dizer-me alguma coisa, também devo estar fodido mas de outra forma.

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