domingo, 31 de outubro de 2010

sábado, 30 de outubro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº456)


Nota pessoal: Sempre que estiver com uns copos a mais, o melhor sítio para ir é para um bar rasca que tenha um poste metálico na sala em que qualquer entidade embriagada possa fazer um show de strip.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Telecomandado

Irritar a minha sobrinha com perguntas infindáveis é dos meus passatempos favoritos

Eu - O que vais oferecer ao teu irmão pelos anos?
Sobrinha - Um carro teclado e uma bola.
Eu - Um carro teclado? Que é isso?
Sobrinha (exasperada com a minha burrice) - UM CARRO QUE ANDA COM AS TECLAS DE UM COMANDO.
Eu (risos)

Foda-se! (nº 51)


Norte-americana mata filho de três meses por este a incomodar enquanto jogava “Farmville”

E depois o estúpido sou eu por ainda não ter criado conta no Facebook.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Indie boys are neurotic


Todos os dias a partir do momento em que acordo sinto-me uma merda, mental e fisicamente. Aguardo pacientemente a altura em que a carruagem da montanha russa decida ascender.

O tipo de coisas que me acontecem


Menos durmo.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pensamentos Divergentes (nº166)


Trava com os dedos a luxúria que lhe passa nos cabelos.
As palavras podres de uso caem-lhe dos lábios em fios de orvalho
(lubrificante para a alma), limpa-se à outra carne
e cospe em migalhas a honesta pornografia que lhe torturou o peito.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ok, assim gosto mais


Sonhei que viajava para as florestas da América do Sul e no meio do arvoredo encontrava templos Incas ou Maias nunca antes descobertos (sempre quis ser o Indiana Jones) e voltava a casa com uma mochila cheia de pedregulhos de ouro gigantescos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

"Sou um mutante!"




No primeiro quadrado desenhei os tentáculos bem mais pequenos do que são na verdade mas sou preguiçoso e não me apeteceu repetir o desenho porque não gosto de desenhar línguas, processem-me.

domingo, 24 de outubro de 2010

Bless those who've sickened below and bless us who have chosen so



Dedicado a todos os neo-românticos que gostam de pensar e de remoer na sua própria miséria.

A Letra T


Tínhamos os rostos flagelados por acne. Roíamos as unhas das mãos - alguns de nós ainda o fazem - e segurávamos o nosso amor nos dedos em fisga atrás das costas - alguns de nós não aprenderam a deixar de o fazer. Vestia sempre roupa larga demais para o meu corpo, sentia-me mais confortável na hipótese de me esconder nos folhos de tecido que torpemente sobressaiam da minha figura. Escrevia-me num caderno privado e apaixonava-me por alguém todos os dias, quer esse alguém existisse ou não - tinha desgostos de amor todos os dias. Nunca deixava de me sentir miserável e horrível e há dias em que sinto falta disso tudo.

Help me, Ghost Rider!



Hoje é outra vez dia de ir andar de bicicleta depois de passar uma noite a beber cerveja e vinho e a fumar como um estupor. Ai.



Pequena actualização: Vomitei a meio do caminho. Thanks for NOTHING, Ghost Rider.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº455)


Sabem quando vocês conhecem uma pessoa com a qual costumavam ir beber café e jantar e até, por vezes, tocar umas canções e que agora lançou um medíocre CD que está algures no topo das vendas nacionais enquanto que vocês estão sozinhos no mesmo quarto de sempre, em roupa interior, a tocar miseravelmente os mesmos acordes de sempre numa guitarra?

Pois.

Remando contra a maré


Fechei as portas à razão, à compreensão das coisas que parecem importantes no dia-a-dia. Bebo de mais por vezes, é certo; e é certo que por vezes me faz sentir melhor. Só porque é mais fácil não sentir se não a luz incerta e fugidia de uma noite mais brilhante pela confusão cerebral da pequena sanidade que vem com o alcóol. O facilitismo de viver o momento e não me preocupar com quem está à minha volta; com quem posso encontrar, com quem me possa reconhecer e caçar o coração até aos becos da vergonha. São as chamadas neuroses que me fazem temer de cada passo que dou na rua, de cada pedaço de mim que mostro a um outro e que domestico com os meus vícios que vou matando e reincarnando. A segurança de "Se me dei mais a alguém do que convinha é porque não estava sóbrio". E por vezes chego a casa do bar e apetece-me gritar o meu nome, contar a toda a gente só para me livrar deste pseudo-anonimato que mantenho para ter fragilmente equilibrada a privacidade do meu sentir, nem que seja para me livrar por outro lado do peso da farsa que em mim despejo a cada hora do dia.
Sou blogger anónimo, poeta sem que se saiba. Sou humano contragosto e espião perito em máscaras frágeis. Tudo por medo de quem sou e de, um dia destes, me ver confrontado comigo mesmo quando alguém me mostrar enrolado nas suas mãos.

sábado, 23 de outubro de 2010

2 anos de blog


Este blog faz hoje dois anos! Dois anos a fazer a mesma treta dia após dia! Foda-se!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sou prático

Ela chegou a minha casa e demorou tempo a reparar na nova adição.

Ela - Então, tudo bem?
Eu - Sim. E como correu hoje?
Ela - Ora...
Eu - ...
Ela - ... O que é isto?
Eu - É outro monitor para o computador...
Ela - E ficas com dois?
Eu - Posso usar ao mesmo tempo. Assim posso fazer aqui as minhas coisas enquanto tu vês também alguma série que gostes e posso também estar a trabalhar num monitor enquanto vejo coisas no outro.
Ela - ... Tu és tão nerd.

17 razões para o suicídio


Ele dormia ao lado dela - um gajo qualquer que tinha conhecido no bar na noite anterior. Olha com nojo para os pelos grossos e feios que lhe enfeitam os nós dos dedos das mãos e tenta lembrar-se se na noite anterior, no furor alcoólico e semi-libidinoso, também lhe tinham metido nojo. Chamava-se João ou Jorge ou Joaquim ou qualquer nome banal desse género e ainda por cima ressona. Lembrou-se que sim, tinha reparado nos pelos dos dedos e a tinham repugnado mas isso não lhe interessava ontem. Pegou num cigarro, roubado do bolso do casaco dele, e acendeu-o pensando Mata mas pelo menos não engorda. O telemóvel na mesa de cabeceira - dezassete chamadas não atendidas, todas da mãe. Foda-se.
Só queria um homem que soubesse lamber cona e ler-lhe o coração. E (já agora que decidiu sonhar) que não fosse casado. Um que ficasse ou, pelo menos, que ela quisesse que ficasse. Não podia ser tão difícil assim, o fedor a whisky e a sexo rápido e os remorsos do dia seguinte. Merda para eles, para todos eles. Que morram agarrados à pila.
Tomou o primeiro comprimido desse dia.

"Sometimes that's just how it is"


Isto da clareza na retrospectiva e de encontrar respostas para o nosso presente no nosso passado costuma ter resultados incómodos.

Fuck it.

A invasão dos robôs está para breve e vão-nos matar a todos com música pop anasalada e coreografias embaraçosas



A única coisa mais estranha que os meus sonhos marados é o Japão inteiro. Ninguém vence contra o Japão.

Resumindo:

Um dia tenho de tentar esta


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº454)


"Devo-me estar a tornar num verdadeiro homem adulto pois cada vez gosto mais das raparigas universitárias."

Flashbacks de Conversas Passadas (nº24)

Veio-me isto ao vestir uma t-shirt que não usava há anos. Uma colega minha estava isolada a fumar.

Eu - Estás bem? Estás aqui neste canto sozinha e o resto do pessoal todo ali.
Colega - Não me apetece.
Eu (olhando para trás) - Hm, percebo.
Colega - Foste a única pessoa a preocupares-te com isso e a vir falar comigo.
Eu (silêncio)
Colega (entre bafos do cigarro) - Não te imaginava com uma t-shirt dessas.
Eu - Como assim?
Colega - É uma t-shirt de malandro.
Eu (olhando para a t-shirt) - É só o desenho da cabeça de uma rapariga...
Colega - Sim, mas nota-se bem nos olhos dela aquilo que ela quer.

"AAAAAH!"


Sonhei que cantava a música One of My Turns dos Pink Floyd com gajos da direita conservadora, conhecidos da minha adolescência, que encontrei na rua. Só que a letra da música estava alterada e começaram a cantar sobre o meu maço de tabaco que subitamente se transformou num pequeno pacote com azeite. Apresentaram-me também a sua avó que tinha começado agora a praticar Tae Kwon Do.

A minha cabeça odeia-me.

sábado, 16 de outubro de 2010

Assaltos


Eu e a minha irmã vamos visitar a nossa avó, tentar levantar a poeira que ela deixa assentar nos ossos velhos. Arrancamo-la do sótão da miséria e convencemo-la, apesar dos protestos, a ir para um café nas redondezas. Arranjamos um lugar na esplanada. Está bom tempo mas ninguém habita o exterior do café. Ofereço-me para ir buscar as coisas - um café para mim, uma água das pedras (natural) para a minha irmã, e um garoto para a minha avó; não me lembro da última vez que a minha avó bebeu um garoto, só quando eu próprio era muito miúdo. É uma boa desculpa para me ausentar e as deixar a falar um bocado, sempre fui o elemento da família sem talento para conversa de circunstância.
Espero no balcão. A dona do café está na cavaqueira com um dos clientes habituais, conversam sobre roubos e assaltos. O homem queixa-se que nesta cidade nem os ladrões sabem o que fazem, partem vidros de casas para as assaltar, cortam-se e têm de chamar o INEM. É o problema desta cidade, o tédio e o solipsismo é tal que os cidadãos se queixam da incompetência dos ladrões.
Finalmente a dona do café aceita a minha fastidiante existência. Um café, uma água das pedras (natural) e um garoto. Não abandona a conversa, move-se contra a vontade do ar que a rodeia como se a atmosfera fosse manteiga. Passo 10 minutos, que mais parecem 30, controlando o meu temperamento enquanto preguiçosamente faz cada pequena tarefa, sem se desconcentrar do tema de conversa e sem retirar os olhos do cliente que mais a entretém de momento. Eles a falar de roubos e assaltos e a roubarem-me a mim tempo de vida e a assaltarem-me a paciência. A minha irmã estranha a demora e procura uma explicação através do contacto visual, que é apenas contaminado com a minha irritação efervescente.
Mais um café nesta cidade onde eu não volto a por os pés.

Costume

No bar do costume

D - Que é que se passa contigo? 'Tás estranho.
Eu (após ponderação) - Define estranho.
D - Não sei. Parece que estás na espectativa de alguma coisa. Mas aborrecido ao mesmo tempo.
Eu - Isso é o normal.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Until you can feel it


Hoje é para tentar sair desta vala em que me meti.

"A stare that pounds my brain"



Sabem aquele puto do Clube dos Poetas Mortos que tem uma insegurança tremenda e paralisante de partilhar a sua poesia com os outros por medo do que eles possam pensar dele?

É.

Foda-se! (nº 51)

No MSN a falar sobre exercício

B - Eu tenho que arrastar a minha mesa da sala p'ro lado p'ra ginasticar.
Eu - Vem ginasticar! Ginasticar! É bom ginasticar!
B - Eu tenho essa musica no meu iPod p'ra correr.
Eu - ... Vês porque é que somos amigos?
B - Porque somos os dois neuróticos?
Eu - Foda-se.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Um cafézinho, pelo menos


À pessoa que escreveu numa parede perto da associação de estudantes da Universidade de Évora o poema Kassandra da Sophia de Mello Breyner: Vamos ser amigos?

Foda-se! (nº 50)

Acabei de ler num formspring que a razão pela qual a pessoa (rapariga) do dito formspring gosta do meu blog é porque é "(...) o lado inseguro e deprimente de se ser rapaz. Afinal parece que há alguns que são parecidos às mulheres".

Ainda bem que já estou alcoolizado, fuck my life.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Número da Besta



Negligenciei tanto o meu correio electrónico que acabou por ser possuído pelo demo.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº453)


Não há nada melhor para me sentir como um vagabundo como quando a minha própria mãe me diz para eu ir mas'é comprar um maço de tabaco para mim por eu ser um crava.

domingo, 10 de outubro de 2010

Ando demasiado preguiçoso para fazer exercício, mas devia


And if your heart's screaming




A pior parte dos meus dias é a partir do momento em que acordo, mas passa quando finalmente adormeço.

Conhece-me bem

Após atribulações

Ela - Estás bem?
Eu - Acho que sim... porquê?
Ela - Estás todo despenteado. Geralmente ficas assim quando te pões a passar as mãos pelo cabelo e geralmente quando fazes isso é porque 'tás ansioso ou nervoso ou assim.

Pensamentos Divergentes (nº165)

Para o movimento

O seu ventre fazia alvorada no horizonte do lábio
num tremor sincopado, o mesmo que condensa diamantes.
Fez-se o mundo na boca dele e o mar rompeu em púrpura,
o regaço do cosmos na ponta dos dedos.

Cenário


Fazia-se madrugada nos seus lábios e a luz dos candeeiros, doentes de amarelo, manchava o seu cabelo, o cabelo em que mexe casualmente (Sem o saber toca os acordes dos meus ossos, faz de mim pó e guarda para esquecer no fundo dos bolsos - Podia jurar que tinhas sentido o mesmo quando o Sol se punha entre os nossos joelhos). Mas a merda do telemóvel para ver as horas e o barulho do camião do lixo como que para lembrar que não pertenço ao cenário. Faço de mobília, estrago a Jeoconda e vou para casa sozinho.

sábado, 9 de outubro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº452)


Hoje tive um encontro com cadernos que utilizei na universidade. Um caderno por cadeira.

Descobri que todos eles estão em branco. Lembrava-me de ter sido algo mais diligente na minha educação académica.

I'll be having neurasthenia


Quem ouça a minha namorada falar fica a pensar que eu sou um Don Juan com pelo menos uma dúzia de mulheres atrás de mim. Gostava de ser tão cool como ela me imagina.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº451)


"Chove niilismo lá fora."

Menos inteligente que uma criança de 2 anos


O meu sobrinho estava a brincar com uma massa qualquer que cheira muito bem e que não é tóxica. Experimentei dar uma dentadinha. Como é óbvio decepcionei-me.

A minha vida anda um tédio.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº450)

Ao ler isto

1ª Reacção (com ironia): "Yeah, sou a voz de uma geração."
2ª Reacção (com absoluto terror): "Foda-se, sou a voz de uma geração?"

24 now but I won't be for long


A mesma estória de sempre


Um tédio profundo. Abate-se também sobre mim a irritação de Michio Kaku, através da sua má escrita, tornar um assunto tão interessante num aborrecimento total. O idiota do génio não me entretém e eu preciso de ser entretido. Esfrego os meus molares uns contra os outros, um tique nervoso que já conheço como sinal de ausência de nicotina. Decido fumar uma cigarrilha e talvez espairecer a mente - já bebi café hoje? Não. Mas também não me ajudaria em nada, fica para depois.
Dou por mim num estupor a ouvir o shuffle do iPod enquanto fumo e desenho bigodes em fotos de modelos nos anúncios de um jornal velho. O que tenho para fazer não me interessa; O que me interessa fazer não consigo fazer. Abandono a escrita porque o que escrevo não é imediata e inegavelmente brilhante. Não componho porque os acordes saem torpes e as melodias pobres. E a frustração de desenhar, de imaginar algo perfeitamente claro na mente e a técnica da mão me atraiçoar deixando-me uma cópia inferior ao concebido, desmotiva-me completamente da tarefa.

Sou um rochedo imovível na minha triste e inconsequente solidão. Entretanto, tudo o que é significativo não passa de folhas ao vento. E eu especado a olhar.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº449)


"Estar apaixonado é a flutuante certeza da absoluta ausência de um presente mais promissor que o vivido."

A melhor coisa de Outubro:


Batata doce.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Se ela comprar uma pulseira de balanço a seguir desterro-a

Ao telefone com uma das minhas irmãs que se meteu na treta do Reiki supostamente por não ter dinheiro para psicoterapia apesar de ser isso que precisa e de se considerar uma céptica. Mas eu sou mais.

Irmã - (...) deitaram-me numa cama e ao fim de um pouco eu comecei a sentir uma dormência muito estranha.
Eu - Hm...
Irmã - E ao fim de um pouco deram-me uns espasmos muito estranhos nos pés, eu de propósito não consigo fazer aquilo, nunca me tinha acontecido.
Eu - Hm...
Irmã - Opá, não comeces se não já não te conto mais.
Eu - Não estou a dizer nada.
Irmã - Mas pensas!
Eu - Tu já sabes o que eu penso sobre isso até prova do contrário; é tudo sugestão mental e placebos.
Irmã - Devias é informar-te antes de criticar.
Eu - Eu já me informei sobre estudos sobre a eficácia disso e já fui ao site da Pubmed. Tu já foste?
Irmã - Pois, 'tá bem, mas devias ir a outros sites que não esse.
Eu (risos) - Vá, continua lá a contar.
Irmã - Depois ela disse-me que eu tinha o Chakra dorsal e o Chakra sexual desalinhados.
Eu - Tinhas o q desalinhado?
Irmã - O Chakra sexual, sim.
Eu - ... Como assim?
Irmã - Já te explico. Disse-me que tinha os Chakras dorsal e o sexual muito desalinhados, 'tava sempre a dizer que estavam muito mal, etc.
Eu - Hm...
Irmã - E depois eu contei-lhe da minha úlcera e perguntei se podia ter a ver com o Chakra dorsal.
Eu - "Ah pois, é isso mesmo, a causa da úlcera é mesmo essa, eu não disse que tinha o Chakra dorsal desalinhado?".
Irmã - Olha, cala-te.
Eu - Então e o Chakra sexual, como é que fizeste para o desalinhar?
Irmã - Tu gozas mas aí está! Ela esteve sempre a dizer que aquilo estava muito mal e sabes que mais? No dia seguinte tive infecção urinária.
Eu (sarcasticamente) - Sim, isso prova que funciona e que não é sugestão mental.
Irmã - Já não te conto mais, pronto.

A minha educação


Aquelas gotas de agonia escorrem-te pelo pescoço até ao peito. Não te reconheces assim e isso assusta-te - os punhos cerrados, o corpo a tremer de raiva e os pulmões em soneto máximo proferindo a mágoa acumulada durante toda uma jovem vida. Impróprio para um poeta pretensioso que põe sempre a lógica à frente da emoção. Não foi assim que te educaram.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tomorrow belongs to me


Sair desta cidade e viajar faz-me bem e adia a desintegração da minha mente em total insanidade mental.

Relembrar


Jantava em Lisboa com os meus amigos e namorada e comentava uma das razões de me sentir tão bem naquela cidade. Largavam-me os braços sufocantes de Évora e abraçava-me o conforto do absoluto anonimato. A certeza de não conhecer ninguém, de não esperar conhecer ninguém. De poder ser Eu sem amarras e de ser mais um ninguém do qual nenhum outro ninguém sabe o nome ou passado. Relembrei-me avidamente do libertador que isso tinha sido para mim quando fui lá viver temporariamente.

Foi nessa altura, claro, que encontrei contra todas as probabilidades um gajo que foi da minha turma na minha primeira (e falhada) tentativa de curso universitário. E relembrei-me também de porque fugi de informática e de tudo o que tenha a ver com ela.

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº448)

Ontem, pelo Bairro Alto/Chiado

"Se eu (ainda) vivesse em Lisboa o meu blog não seria anónimo."

Lisboa - Covilhã - Évora


Saciei, por agora, a minha necessidade de fugir. Vamos ver se dura até amanhã.

sábado, 2 de outubro de 2010

Improviso

Depois de termos planeado uma viagem a Lisboa para o Filme do Desassossego, tocou o meu telefone há coisa de meia-hora

D - Tenho más notícias, pá.
Eu - Então?
D - Telefonei para reservar bilhetes e a senhora disse-me que já não há bilhetes para as 17:30. Não só isso como para reservar bilhetes tinha de ser com pelo menos dois dias de antecedência. E a sessão das 14:30 já não dá para irmos, né?
Eu - Sem um gajo ter tempo para comer nem nada, esquece lá.
D - Pois...
Eu - Pá... 'bora à mesma?
D - 'Bora.

Fair enough

A propósito de comediantes e de escrita

D (algo embriagado) - Os cómicos... sem querer desfazer o tipo de trabalho deles porque não é assim tão fácil escrever comédia... Faz-me um pouco confusão isto de através do ridículo e de coisas que não fazem sentido fazerem as pessoas rir por não pensarem nas coisas.
Eu - Pá... eu subscrevo um pouco à teoria de que os grandes comediantes são aqueles que, sem darmos por isso, através do riso nos fazem pensar em coisas sérias. Como o George Carlin por exemplo.
D - Sim, mas eu não quero fazer as pessoas pensar, quero fazê-las sentir.
Eu - Fair enough... mas epá, eu queria fazê-las pensar e sentir também, não era melhor ainda?
D - Sim, mas tu queres sempre fazer tudo.
Eu (foda-se)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

The sky might not fall in on us


Preciso de um pouco de aventura e excentricidade na minha vida, este tédio consome-me.


Apetece-me largar compromissos e fazer uma road trip e acampar algures com muitos amigos, mas ao contrário de mim todos os meus amigos têm vidas produtivas e ocupadas com empregos ou com a universidade.

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