quinta-feira, 26 de junho de 2014

Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 665)


O mundo fica mais bonito depois de ver um sexagenário a olhar para o rabo de uma sexagenária.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Piromania


Agora é noite.

Entra no teu sarcófago de lençóis. Beija na fronte a tua luta, a guerrilha de arritmias em corações. Encerra os sonhos em cadeados e engole a chave. Deixa o estômago desejar por mais. O que o estômago anseia é sempre mais fácil de digerir.

Deixei em tua casa o papel inflamável das minhas emoções. Não te sei contar quantas. Nem quantas noites elas me têm trepado as costas em suores inversos. Como espelhos do caminho que as minhas sinapses percorrem ao lembrar-se de ti.
Lê, se quiseres, como quem acende um cigarro. 

Sempre tiveste de me pedir pelo isqueiro.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Passo em falso


Agarra-me pelos pulsos. Acorrenta-me a memórias inescapáveis. Torna-me abismo de pernas - asas de traça em fuga da centrifugação do abdómen dobrado.

Brinca. Cospe-me o teu ácido cítrico na boca e mastiga-me o olhar. Um paquidérmico Aleluia em queda livre.

Segura-me nos lábios.

Antes que caia no abismo.

sábado, 14 de junho de 2014

Pensamentos Divergentes (nº 340) - In Sonso


Minha querida,
minha pequena menina
vem ser o sal na minha ferida,
a minha injecção de endorfina.
Torna-te o tempero da minha crueldade,
o granizo que refresca o meu copo de tempestade.

Estala.
Crack
Esfuma-te nas minhas mãos.
Lambe-me a 5 micro milímetros da superfície dos meus lábios.
quero-te o mais longe possível do que pode ser a nossa proximidade.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Zombie T


Sacode o pó.

Roda o tornozelo.

Considera dançar o Thriller.

Pois bem.
Não sei se posso dizer que as notícias sobre a minha morte foram grandemente exageradas. Tenho no céu da boca um purgatório para pensamentos abortados à concepção. 

I need
some
brains.

Vou tentar desenrolar a língua sem que ela caia ao chão.


Coisas Que Um Gajo Coiso (nº 664)


"Será que um cego embriagado não vê a dobrar?"

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