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A Morte percorre a ponta dos dedos pelo seu corpo. Aquela Morte vagabunda que ele bem conhece. A que lhe dá suores frios e uma ligeira febre de insanidade. A que faz com que ele queira ser mil diferentes, explodindo em mil direcções diferentes. A que o beija com a ponta da língua em gotas de delicioso veneno.
Foi assim que há incontáveis estórias atrás perdeu a caixa onde guardava o coração. Sem ter onde o esconder ou aprisionar, arremessou-o para um canto qualquer. Faz questão de se esquecer imediatamente do local, sempre que tropeça nele.
Mas o objecto continua algures no quarto, à espera.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Pensamentos Divergentes (nº49)
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18:50
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