Não vou fingir e dizer que fui o típico rapaz durante a minha infância.
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Por exemplo, interessei-me por filosofia bastante cedo. Cedo demais, até.
Lembro-me de ler que o conhecimento é inverso à felicidade. No fundo, a máxima que Fernando Pessoa já tinha abordado: na ignorância, a felicidade.
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E como era típico, tive de levar o assunto ao seu expoente máximo e questionar-me:
"Tendo a escolha entre todo o conhecimento do mundo e ser infeliz, e não o ter mas ser feliz... o que escolheria eu?"
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Decidi-me pela primeira opção. Aos 12 anos.
E isto preocupa-me.
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E preocupa-me ainda mais que após 10 anos não tenha a certeza se faria uma escolha diferente.
2 comentários:
Escusado será dizer que qualquer outra escolhia seria impossível :)
Mas deixo a exploração do paradoxo que introduziste no teu texto para outro post teu.
Para mim, o desconhecimento traz-me muito mais insatisfação que o conhecimento, seja ele qual for.
Não acho nada estranho que continues a achar que fizeste a escolha acertada.
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