Agora é noite.
Entra no teu sarcófago de lençóis. Beija na fronte a tua luta, a guerrilha de arritmias em corações. Encerra os sonhos em cadeados e engole a chave. Deixa o estômago desejar por mais. O que o estômago anseia é sempre mais fácil de digerir.
Deixei em tua casa o papel inflamável das minhas emoções. Não te sei contar quantas. Nem quantas noites elas me têm trepado as costas em suores inversos. Como espelhos do caminho que as minhas sinapses percorrem ao lembrar-se de ti.
Lê, se quiseres, como quem acende um cigarro.
Sempre tiveste de me pedir pelo isqueiro.
2 comentários:
agora que te leio e mentalmente repito o final, sorrio; (e) pergunto-me: será que (elas) fumam quando estão sozinhas? acredito que sim; mas, (e na verdade,) também a mim sempre me pedem o isqueiro.
É coisa que uns perdem, outros emprestam e nunca mais os vêem de volta.
Os tais isqueiros, isto é.
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