quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Pensamentos Divergentes (nº330)


Ando a tentar viver sem rodinhas de apoio
e pedalar a vida como quem olha para a frente e só para a frente
no equilíbrio de quem finge saber para onde se dirige e que sabe que fingir é a melhor forma de lá chegar.

Ando a tentar acreditar que somos mais do que estas matrículas de dor que nos fazem ver uns aos outros
"lá vai a rapariga dos mil corações destroçados,
lá vai aquele dos lençóis molhados
e o outro que do futuro só os dedos lhe sussurram o vazio de dias que não devolvem a chamada".

Porque quero ser mais do que o rapaz que lia estórias sozinho
para em solidão descobrir com quem poder conviver.
E mais do que o homem que escreve em solitário sem Ás no baralho nem caneta que espada lhe possa valer.

Ando a ver se dos meus braços se pode fazer violoncelo.
E se ao fazê-lo algo mais terei a perder.

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