- Clac
- Clac
- Clac
A última anterior à quarta.
- Clac.
Sou metódico no vício de não pensar. De entreter os meus tambores de nervoso enquanto decoro o cérebro com souvenires de nada, fragmentos de azul e verde que duram o soluço de um segundo.
Acrobata do tédio. Domador de inúteis. Supra-sumo ditador de tudo o que me escapa ao controlo, espero pelo assobio da dinamite que guardam os ossos da minha mão. Aguardo anatomicamente impaciente pelo estalo daquela porta que nunca fecha e que se faz de castanhola com a corrente da casa onde não moro.
E quem perceba a linguagem dos tiques e dos toques de emoção não sabida, ouvirá a minha oração.
Dá-me algo para me esquecer que dentro da minha cabeça o mundo será sempre melhor que o que está lá fora.
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