segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Eu Nunca, o Eunuco


Eu tinha a certeza do desamor de viver. Entre brilhantes copos amarrotados, sonâmbulos sonetos esboçados, e noites esfoladas em pranto traçava fiéis caminhos de bonita tristeza, esperando que o teu corpo se materializasse das trevas para nele eu tocar. E a verdade é que não é por ter os dedos cortados que não te alcanço, mas sim pela provocação mal falada de tudo o que a travessa dos encontros nos silencia. Emigrei a mágoa em escrita maresia, para marcar os meus compassos até ao amanhecer.

1 comentários:

Le Baladeur disse...

Uma amiga disse-me para te vir ler, em busca de semelhança ou qualquer tipo de identificação. Agradavelmente surpreendido.
Um abraço, keep up the good work!

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