Irrequieta, começaste tamboreando levemente os pés. Um sapateado de pele descalça num tépido chão de madeira, os dedos tensos da dificuldade em conterem-se no lugar. Começaste a dançar. Sempre me fascinou que para ti aflição nada tinha a ver com tristeza - aflição para ti era tentar adiar uma manifestação de alegria. Juro-te que nos meus olhos moraram câmeras de filmar de cadência aproximada ao infinito. Tão lento vi girar o teu vestido que podia estar suspenso no ar. Uma eternidade e 2 segundos depois ainda aqui estou, aguardando sem pressa. Sem aflição.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Musger
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21:44
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