domingo, 7 de novembro de 2010

Pensamentos Divergentes (nº168)


Não farás com que me desdoa a rotunda encravada do meu sexo
A monótona monogamia das palavras entornadas
Não me farás perplexo de amor
a loucura de não ter beijos sem retorno
ou uma cama sem ardor
Não são para mim essas ruas que me chamam à razão
onde tantos outros desaventurados perderam
o brilho e a euforia do abandono.

Mas eu vi.

Eu vi nos teus lindos olhos o dom da dor e o tom da desilusão
E em olhos desses não sou senão uma criança
sem norte
incapaz de ser forte
e sem tesão
Teus olhos maternos congelam-me a frieza
deixando-me apenas a incerteza
da minha tua nossa compaixão.

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