Temos tendência em apaixonarmo-nos por pessoas que brilhem mais que nós. Ou que pelo menos nos pareçam ter uma luz mais intensa que a nossa. Procuramos, no fundo, banhar-nos no brilho que irradiam e porventura absorver alguma da sua vitalidade para nós próprios.
Queremos ser especiais.
E então, quando se extingue a novidade, o brilho sufoca-nos. Lembra-nos de todas as nossas incompetências, da nossa certeza sobre o nosso baixo valor.
O que antes nos alimentava com um fervor ébrio torna-se no espelho de tudo o que desejamos ser sem o conseguir. Torna o solo fecundo para o ressentimento.
Odiamo-nos por comparação.
3 comentários:
gostei muito do blog, deste post em particular.
... :\
Subscrevo :x
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