sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Pensamentos Divergentes (nº95)

Trancou o coração numa gaiola,
tinha deixado de cantar.

Recortou um pedaço de mágoa,
colou uma cópia em cada olho,
e etiquetou à alma a esperança
de já não ter lágrimas para dar.

A figura sempre à porta
à espera de uma nesga de oportunidade.

O chacal em forma humana,
e uma avé-maria abortada,
foram a pouco e pouco rasgando
a cicatriz da sua costura.

Nasci assim.

1 comentários:

Pedro Mendes disse...

Adoro os teus poemas e os teus textos.

São fantásticos, eu acho. (:

Sesguidores