quarta-feira, 11 de março de 2009

Concursos do Demónio

Num post anterior falei das pequenas apostas que fazia com Deus.

Havia, no entanto, uma face muito mais negra deste ritual.
Também pactuava com o Diabo.

Isto é, fazia pequenos desafios a mim próprio, como por exemplo:

"Se demorar mais do que 15 segundos a chegar ao fim da rua, podes ficar com a minha alma";
"Se pisar algum risco branco da passadeira até chegar à escola, podes matar-me agora";
"Se não acertar com esta bola de papel no caixote, quando morrer vou para o inferno".

O que eu acho piada é que eu não acreditava em demónios nem nada disso, mas gostava de criar esses pequenos concursos comigo próprio porque assim dava mais pica. Havia uma certa ingenuidade ou inocência em toda esta actividade que não passava de uma forma de passar o tempo ou de me entreter, como qualquer outro jogo.

Eu também não era uma criança muito... social. Por isso precisava de fazer qualquer coisa quando não estava a ler livros ou banda desenhada.


E porque é que eu estou para aqui a contar isto?

Porque às vezes tenho saudades de ser puto, pronto. Não me chateiem.

1 comentários:

Sílvia disse...

Acho que todos sentimos saudades de quando eramos crianças... Nao tinha preocupaçoes e tinha muitos sonhos (ainda tenho claro, mas um bocado mais realistas )

bjo**+

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