quinta-feira, 30 de junho de 2016
Pensamentos Divergentes (nº 346)
vai-te merda foda-se o caralho da tiazinha,
que as profundezas do meu, uh, vasto intelecto, também me permitem uma eloquência bonitinha
esporra nessa boca olho de cu diabo te carregue
cogito e julgo que falando os dois assim, quiçá, dinamicamente, permitirá que a inteligência se pegue
come diarreia de um burro na açorda
- é a manipulação política das massas que permite este contexto de crise, não concorda?
caralhinhos te mordam nos ovários da avó
você dialoga como um entendido e fica aqui entendido o que eu penso da sua punheta rococó
eu não QI na tua esparrela
agora engasga-te na tua esporradela.
Pensamentos Divergentes (nº 345)
são aquelas particulazinhas
de nojo e verdade e mais nojo outra vez
nas periferias da garganta
que fazem a gente afogar a goela mês a mês
por isso venha um copo de whisky,
e batuca os silêncios no tampo da mesa
com esse orvalho de preocupações
que cuidadosamente borrifas na tua testa
sem perceber que sou eu quem se está
a borrifar
para ti.
quarta-feira, 25 de maio de 2016
os mortos não falam por isso cala-te
se tudo correr bem ainda vais fazer dinheiro depois de morrer.
encher a boca de pó em vez da barriga de vermes que armazenaste a vida inteira.
encher a boca de pó para cuspir o que não tiveste a dizer.
e quando as raízes das árvores fizerem música com os teus ossos todos vão festejar a ausência de culpa em não saber o teu nome, a tua profissão e o teu número fiscal.
e já não vai haver ninguém para se lembrar que se esqueceu de ti
e podes não ser, feliz, para sempre
porque o que morre é a lembradura de ti
mas o viver do teu esquecimento é eterno.
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T
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22:58
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escritofrenia
Pensamentos Divergentes (nº 344)
Perguntas-me porque bebo tanto.
Como quem pisa cuidadosamente cartuchos de tiros passados
para não acordar os pássaros que dormem no ninho.
Ou como os putos que fazem do coito um canto, de costas virados para que não lhes vejam o esconderijo.
E o vinho.
"Agora és tu a apanhar".
Fazemos de conta que se esquece, quando cada trago serve para recordar o que na sede nos enlouquece:
A verdade sobre nós tão difícil de expressar.
E a perder,
sem me perder,
faço a silenciosa aposta.
Porque as perguntas mais difíceis de responder
são aquelas às quais nós sabemos a resposta.
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