Dá-me um amor que não se cala. Um amor que me acorde pela manhã antes do despertador tocar e que me mantenha acordado de noite até à exaustão. Um ruído persistente que não deixa o coração em paz e que ponha os vizinhos a bater nas paredes em desarranjo. Quero um sofrer incómodo que fale mais alto que tudo o resto. Um barulho que afogue todos os outros. Até que um de nós ensurdeça.
domingo, 29 de março de 2015
quinta-feira, 26 de março de 2015
Trinca
Só quando saíste da minha boca é que ouvi o disparo.
Um reflexo no escuro.
Uma silhueta da alma de não-sei-quê a pairar entre os dentes. O cano do revólver a fumegar.
Tudo são palavras. Mas nos seus espaços o abismo. E pudéssemos nós entrar nele. Cortar a linha salva-vidas num gerónimo mudo e tropeçar no nada. Entrar nele para talvez não voltar.
Talvez aí fosse uma questão de tempo até que o tempo não importasse.
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