Contam-se pelos dedos o número de ossos que parti a esmurrar paredes. E tua cara lá pintada a vermelho, beijando em mudo as tuas eternas palavras. Um ódio que cresce, mas não aparece - a velha história do costume, com duas pernas que lhe falham e uma memória que já não é o que era. Para que fique acordado à espera de esquecer esta indigestão de sonhos. Este ouriço-cacheiro de lutas à flor da pele.
Deixa-me como a meia solitária no canto do quarto. Como o depósito de vinho barato no fundo do copo. Lançando desejos às costas de camelos para atravessar o Deserto que Sara deixou.