Enquanto tu saltavas trampolins em fogo, eu era um cavalo com três pernas. E apenas uma delas era para correr. Todo eu era tudo o que bafejava quietude, quando por dentro só respirava fugir. E tu esmagavas o crânio de gafanhotos na tua mão por tentarem alcançar mais o céu que tu. Por se atreverem a imaginar ter algo que tu não tinhas, como se alguma vez tivesses vontade de o ter. E isso fez com que todos se apaixonassem por ti, como soluços de atacadores soltos pelo caminho. E todos te queriam perto por irradiares essa força interna que parecia aquecer os outros à tua volta e dar um novo cobertor para tapar os olhos à vida. Até mesmo eu. Porque de todas as emoções, a crueldade é a mais forte das que não se sentem.
domingo, 5 de janeiro de 2014
Corrida
Publicada por
T
à(s)
17:33
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Etiquetas:
outros textos
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário