sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Prestar de contas


Perguntou-me como quem já sabe a resposta. Aliás, perguntou-me porque já sabia a resposta.

O Outono sempre foi para os fracos do coração. O castanho da contemplação sempre ficou bem de se usar nas mangas do casaco, à espera de surgir um novo amor por um ano que sonha em findar. Pede-se à chuva que lave os despejos da calçada e os arrume a um canto para mais tarde recordar.

Olha-se para trás a recordar o que ainda não se vê em frente. E enquanto os outros se banham em passado eu só vejo a linha do horizonte. Desisti de manter um registo de tudo o que já foi.

A resposta é não. Não quero factura.

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