quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Boca e lábios


Não pretendo insultar a tua inteligência ou mesmo esse jogo de cartas que usas para cercar as emoções que invadem as veias. Que enquanto os outros se escondem por trás das mentiras, tu escondes-te por trás das verdades - sempre por trás das verdades. E por isso se soltam da tua boca adagas impunes e nunca te mostras. Porque o teu corpo é só a carne possuída pelas inegáveis constatações de um universo que é só teu. Nem de ti és veículo.

E eu podia ficar aqui a falar de ausências. Mas é mais que saudade. É mais que sentir a tua falta. 
Não sabes a morte que me fazes.

1 comentários:

Teresa Margarida Costa disse...

"Não sabes a morte que me fazes." Gostei

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