terça-feira, 14 de agosto de 2012

Pensamentos Divergentes (nº314) - Processo criativo


Encantando, por vezes, mesmo sem coloração
as bruxarias agarradas por temporária adoração
desleixando as... Não. Não. Não, não. Que se foda. Não.
- Uhh... que é que estás a fazer?
- Não. Vai-te te foder. Não. Já chega. Recuso-me. Não.
- ... Onde vais?
- Fode-te. Vou-me embora. É demais. Chega. Não, não, não.
- Mas qual é o problema?
- O problema és tu. Fartei-me. Que é esta merda?
- Uhh...
- Só rimas com "ão"? A sério?
- Não vejo qual o proble-
- Vai-te foder.
- Se o problema é esse, não é preciso rimar... também não é coisa que eu faça assim tanto...
- Hermenêutica.
- Ãn?
- Ias usar a palavra "hermenêutica" num poema.
- ... Sim...
- Tens mesmo a mania que és intelectual, não é?
- ... Não...
- Mentiroso de merda. Que se foda. Desisto.
- Podíamos não fazer isto à frente das pessoas?
- Que se foda. Merecem saber. Que é esta merda? A sério? E tem de ser tudo deprimente contigo também, pá!
- Nem sempre...
- "Nem sempre" o caralho! E se fosses antes pela milionésima vez embebedar-te e ver o Big Lebowski? É patético à mesma mas ao menos assim divertias-te.
- Queria fazer algo mais útil...
- E isto é útil? Foda-se.
- Vá não te chateies...
- Foda-se meu... porque é que me fazes isto?
- Pronto... desculpa. Foi sem intenção.
- Snif.
- Queres ir ouvir Buddy Wakefield juntos? Só nós os dois.
- Sem seres pretensioso?
- Sem ser pretensioso.
- Prometes?
- Prometo.
- Ok...
- Pazes feitas?
- ... Pazes feitas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom.

Anónimo disse...

Para mim é impossível ganhar uma discussão comigo própria (por estúpido que soe)

T disse...

Anónimo: Agradecido.

Anónima Singular: Ganha-se mas sai-se sempre a perder.

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