terça-feira, 7 de agosto de 2012

E-mail que recebi agora mesmo


Olá T. Daqui é a tua Musa... lembras-te de mim?

Não te vou aqui incomodar com as caóticas particularidades da nossa relação embora, como deves calcular, já começa a fartar este nosso romance de toca-e-foge em que me usas e abandonas a teu belo-prazer. E também não me agrada que simplesmente me escolhas ignorar quando não te é conveniente ou quando és demasiado preguiçoso para saber que se passa comigo. Bem, não interessa, já comecei a divagar - tudo isto são pontos de discussão válidos mas são para outra altura.

Ouve... eu sei que sempre tiveste a tendência para ficar aborrecido comigo. E eu sei que também não sou o epítome da estabilidade e isso não ajuda. Mas não te chateies com o que te vou dizer... é que acho que alguém tem de ser honesto contigo para te ajudar. É que... tu não és lá grande coisa.

Espero que não estejas já a choramingar. Bem sei que na melhor das hipóteses começas logo a dizer que estás farto de saber que és uma merda e que nunca vais ser nada de jeito - mas deixa-me chegar até ao fim.
Tu não és nada de jeito mas até fazes algumas coisas giras... de vez em quando. Se trabalhasses um pouco mais nisso aposto que terias melhores resultados e no fim ficávamos os dois mais satisfeitos. E sei que motivação não é contigo principalmente agora que andas com problemas pessoais e além do mais estás incapaz de arranjar oportunidade de emprego por mais entrevistas a que vás. Mas se calhar está na altura de tentares investir um pouco em ti e naquilo que queres, não?

Já estou à espera que depois disto amues e decidas passar uns dias sem me querer ver. Continuo mesmo assim com esperança de que aquilo que disse tenha algum efeito. Entretanto, fico à tua espera.

Sempre tua (mais ou menos),
Musa.

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