Pobre de ti que não sabes o que hás-de fazer com tanta vontade de ter amor para guardar em grãos por entre os folhos de uma memória efémera. Sempre essa tua fome de ser - para alguém, algures - relevante. E nesse aspecto até quase que és um rapaz nobre - quando foste infiel a principal razão nunca foi a luxúria nem alguma vez se tratou de uma questão de adicionar nomes para uma lista de conquistas da qual mais tarde te pudesses gabar. Davas-te simplesmente ao teu infeliz desespero de, já que não encontravas significado para a tua existência, ser significante pelo menos. Queres que toda a gente se apaixone por ti. Queres fazê-los sentir qualquer coisa que seja; sentir apenas - ódio, luxúria, repulsa, amor, tristeza, inveja, tudo e qualquer coisa - para que fiques tu a sentir, por um segundo apenas, que importas. Que causaste um impacto. E que algo de ti irá viver nos outros. E que não és tão insignificante assim.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Yoct
Publicada por
T
à(s)
13:54
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Etiquetas:
outros textos
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário