Não posso continuar a fingir que tudo o que fazes não é uma lesta labareda que me acaricia o coração, um ruflar de asas que usa a ponta das penas para fazer cócegas a todos os perdões que teria de te dar por me acordares o corpo deste sono em que me encontro desde que aprendi a atar os sapatos e levantei o olhar das suas solas para o resto do mundo. Fico preso no medo de começar a falar, de começar a contar os modos em que reabilitas as navalhas ocas do meu passado por medo de perder o folgo e morrer antes de lançar a última palavra - caso tu a quisesses ouvir. E eu sei que parece falso quando alguém se torna numa anémona de elogios, mas o mar em que tu me encontras é maior do que eu e anseia correr em oposto para o rio que o faz nascer.
sábado, 2 de junho de 2012
Valsa
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02:40
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