Um grito agrafado no escuro,
a noite ressaca das ruas namoradas pelos vagabundos
sonâmbulos de olhos especados nas pálpebras da loucura.
E tu,
de mão congelada ao lado do corpo,
para não dares por ti a agarrar no braço de um desconhecido
e implorar que te diga que não és real.
A palestra do sangue ecoa dentro de ti
soprada pelo frio que te abraça pelo lombo.
És bola de sabão
a flutuar ao capricho dos elementos
à espera de rebentar.
0 comentários:
Enviar um comentário