Prometia, pela forma de falar e pelo seu charme, ter experiência na arte. Falava-se de conquistas e mediam-se as conquistas a grosso modo pelo número. Era fanfarrão e ela gostava disso. Ela apaixonou-se por ele sem conhecer mais que as suas palavras e o carisma banal de quem sabe conversar na companhia de copos cheios de dedadas. Recorreram os dois à inevitabilidade magnética de um sofá abandonado à impulsividade do aroma a eroticismo latente.
Ele não era experiente a fazer amor - era experiente a vir-se e não sabia qual a diferença entre os dois. Nunca aprendera - porque nunca lhe interessara - a escutar os movimentos internos de um corpo que não o seu. Veio-se nela e foi-se o rebento de amor que nunca poderia crescer. Neste mundo, aborta-se o toque em prol do gesto.
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