Eram sempre as raparigas bonitas e burras que eu queria foder. Foder só para foder. Porque com as outras até poderia imaginar fazer amor e até algo mais. Mas as bonitas e burras eram só para foder dada a oportunidade. Porque elas dar-me-iam algo que as outras nunca me dariam: a gabarolice genérica de uma virilidade estuporizada e uma proximidade em semelhança aos rapazes idiotas que eu invejara nos primeiros anos de adolescência. E cá dentro de mim vai sempre haver uma parte desse puto cromo e inseguro que a única coisa que quer é sentir-se normal, desejado e invejado.
Acabei por nunca ir para a cama com uma mulher burra (embora tendo em conta que as que foram para a cama comigo escolheram de facto ir para a cama comigo, esse aspecto do seu carácter esteja aberto para discussão) e não tenho grande pena. Agora quero apenas que mulheres burras queiram ir para a cama comigo, como se eu fosse um gajo como os outros. Porque de vez em quando ainda sou um cromo que de vez em quando quer que os outros pensem que é um gajo como os outros.
0 comentários:
Enviar um comentário