terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A última carta, pelo menos nos próximos tempos


Tenho pensado naquilo que te diria sobre mim numa carta caso tu quisesses saber o que era feito de mim e no que é que eu me tornei. Não há dia que não o pense, para ser honesto.
Desenvolvi uma apreciação pelas "coisas belas da vida". Bom vinho, bom whisky. Deu-me até para começar a fumar cachimbo. Mas bem mais que isso, uma apreciação pela música, por amigos e pelos tempos vazios e insignificantes. Nem sei se saberás o que quero dizer com isso. Tu a mim nunca mo disseste.
Encontrei uma mulher boa e que faz de mim um homem maior do que pensei poder ser. Cuida de mim quando preciso disso e consegue aturar aqueles meus momentos em que parece que se o mundo não quebra logo então quebro eu. Tornei-me um homem mais paciente, mais calmo e mais aceitante. Aprendi que é preciso comprometer algumas coisas por quem gostamos e que os equilíbrios não são assim tão difíceis de atingir. Fiz tudo aquilo que tu não me poderias fazer.
Ainda assim sinto este buraco que não se preenche. Mas ando a aprender a construir a minha vida ao seu redor, sem cair nele. E por vezes, só por vezes, sinto algum descanso com ele porque poderá ser ele que me faz mover, mesmo que em círculos. E tudo o que tu não vês em mim são histórias reais que eu invento - e essas histórias não têm fim.

4 comentários:

Ana disse...

=) (e em segundos, com a primeira frase, "escrevi" um milhão de palavras)

T disse...

É dos melhores elogios.

That guy disse...

Muito bem texto! Se não te importares talvez o coloque num dos meus posts um dia destes (com a devida referência para o post original claro)

Ainda n tive oportunidade de ler mais q este post mas vou fazê-lo!

Eli disse...

Ah, a categoria em pleno!

:)

Espero que tenhas aquele sentido de humor que vi ali em cima, porque eu vi!

:))

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