segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Diário extraviado (2)


A última vez que te amei era Inverno, com a chuva dos teus dedos aquecendo o carinho das noites desgraçadas pelo teu cheiro. Que foi de mim... que é de mim, se ainda não voltaste... Se teus lábios guardam gananciosos o bater de um coração que só conheço quando o teu desprezo é pelo menos junto a mim.
Porque não voltas.
Porque não te ofereces a mim de vez... para sempre.
É que eu morro - está para qualquer altura - se tu não fores meu agora. Se não isso, ao menos deixa-me ser tua só mais uma vez.

6 comentários:

J disse...

Identifico-me sempre com o que escreves, T.

T disse...

"sempre" duvido, mas neste caso ainda bem porque ando a tentar escrever como se fosse mulher.

J disse...

Exacto, não sempre. Depois de escrever reparei nisso mas pensei que fosses entender e não rectifiquei :p

Sara disse...

porque tentas tu escrever como uma mulher, homem T?

T disse...

E porque não haveria eu de tentar? Se escrevo tanta treta e maior parte dela nunca a vivi realmente, bem posso escrever como se fosse mulher de vez em quando.
Sinceramente, acho que é pelo menos um exercício engraçado e desafiante e uma boa forma de praticar a escrita. Na melhor das situações, força-me a ver as coisas numa perspectiva feminina, que é algo que só beneficia um homem.

Sara disse...

acho que devia ser um exercício praticado por todos. também vou experimentar, pode ser que consiga compreender certas e determinadas coisas acerca dos homens. (:

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