A nossa disforme eloquência de sentimentos mancos e as nódoas nos sapatos. Projectando as nossas inseguranças no éter. Nódoas de lágrimas nos sapatos e o rímel esborratado. Tudo o que amávamos um no outro era a nossa capacidade de fingir que eu era algo que não era. E tu nos teus castelos de areia, na torre mais alta a desvendar um novo músico, artista ou modelo para te fartares a seguir. Eu uma imitação barata e mais acessível com a qual nos podíamos entreter. Fugindo à realidade das plásticas percepções que criávamos para não ter de estar sós. Sabendo em uníssono que eu não servia para ti e mesmo que servisse deixara de ser novidade. E as minha únicas característica interessantes eram a minha neurose e a minha vontade de morrer. Então matámos o bebé porque era a única forma de adiar que eu me transformasse nos meus pais e tu nos teus. Matámos o sexo um do outro e finalmente matámos o amor que nunca foi. Trapézios de luxúria para arder.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Autopsicobiografia dos meus amores, da minha adolescência, e dos meus amores
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16:24
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Etiquetas:
escritofrenia
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