Quem pensas tu que és, se não és nada disto. Queres-te ver nas montanhas mais altas e nos abismos mais fundos, queres-te ver nas obras dos grandes e no intelecto dos geniais e também na crueza das mulheres de rua batidas com que por vezes te cruzas e que no teu mais fundo te dão asco. És como o Narcíso só que a tentar ver o reflexo numa poça cheia de lama que de ti só devolve a estagnação e o peso grumoso do peito. Fazes-te de artista a olhar para o infito à espera que ele ceda e pisque os olhos, mas quem perde o jogo és sempre tu. Mas podes ir abanando o corpo ao som da música e podes respirar um ar melhor do que qualquer um merece. Só que isso não chega. Nada chega porque tu não chegas lá. E todo o teu tempo é a desejar o que não sabes.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Autobiliofagia
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