Quando disseste que querias morrer, não pensei que quisesses morrer de copo cheio. Pensei que querias apenas matar o corpo, deitares-te fora. Não soube que desejavas destruir por completo tudo o que eras ou poderias ser. Qualquer pessoa se pode matar, mas é preciso um empenho e um génio alucinado para alguém se destruir por completo e ser outro algo que é menos que qualquer algo.
E agora as tuas portas já não são tuas e das janelas só um espelho da rua e de quem lá passa. E até hoje ainda não sei se os mortos também se lembram dos que ainda vivem.
3 comentários:
daqui a pouco desisto de escrever!
Não faças isso que é talento que se perde. Nunca ninguém gosta do que escreve.
Gosto de te ler. Nunca o disse. Mas gosto.
http://diascaes.blogspot.com
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