.
Quero descer do alto desta lápide em berço que me ergueram.
Quero des-ser.
Quero que o tempo voe pelas janelas fora
e migre para um nada a Sul d'Este descontentamento.
Carregue com ele a masmorra do corpo em demora,
que o leve embora o largue e se deixe perder no vento.
Quero que a minha voz seja igual à tua
e que as nossas vozes emudeçam numa voz só,
sem que sejamos novelos no fundo dos bolsos de uma mentira nua
em que os nossos esforços são esboços de uma história já avó.
Quero mais dois braços mal pintados no meu reino em noz
e o tépido conforto de um anestético cio,
porque ao nunca sermos capazes de estar sós
ainda assim o mundo é mais fácil de imaginar vazio.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Pensamentos Divergentes (nº155)
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T
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18:52
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Etiquetas:
pensamentos divergentes
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