sábado, 10 de abril de 2010

Pensamentos Divergentes (nº145)

A todas as mulheres que não amei,
(porque sei que não amei,
não da forma como os outros amam
nem da forma como se deve amar)
A todas as mulheres que não amei,
(mesmo quando as amei)
a desculpa é do meu amor
que não me corre em rio,
que me aperta sem apertar,
(como que se esgota numa ampulheta em fio,
como que um torniquete que segura sem esmagar)

A todas as mulheres que não amei,
(porque amei de verdade mas de dedos cruzados
porque o verdadeiro amor sei que não é assim)
que me perdoem a incapacidade
de um coração que sente um amor vago
(uma pequena vida inscrita algures no peito)
A todas as mulheres que não amei,
que saibam que eu amei
(isso eu sei)

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