segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Orquestra Muda

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Ela dá o seu corpo para que não lho tirem. O amor não se quebra quando não existe.

A ausência de toque é a ausência do saber.
É daquelas mulheres que confunde desejo com carinho. E é daquelas mulheres que confunde desejo perverso com desejo. Afinal de contas, mesmo quando a chamam de puta estão a confirmar que ela existe ali, nesse momento.
O sexo tem um objectivo. O membro masculino apenas serve para tapar o buraco.

Ela é o exemplo do consumismo carnal, o objecto que por desígnio se descarta após utilizar. É o cliché freudiano, o patético totem da mulher quebrada desde criança. É a ponta do meu cigarro, que incandesce sem paixão e que se desfaz em cinzas no chão - só serve para esborratar e apagar com a sola do sapato.

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