terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Quando bebo escrevo coisas destas

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O problema é viver a vida consciente e tudo o que isso implica. Vai mais um copo de vinho?, perguntas-te a ti próprio. Cada trago afasta a ponta dos dedos negros, de tão negros cintilantes, que se aproximam da tua nuca e que desejam agarrar-te pelos ombros e violar-te a paz e o coração.

Largas uma hóstia de sabedoria pela boca, pousada na língua. Prontamente a tentas tapar com o filtro do cigarro. Não posso deixar nada escapar, nada. É pela boca que o peixe morre e eu tenho o terrível hábito de fazer de anzol de mim próprio.

Sentes-te amado? Hoje? Então e ontem? E que achas do amanhã? E se pudesses matar metade do mundo só para calar o barulho que te afoga o cérebro todas as noites, 15 segundos antes de adormeceres? Valia a pena?

O problema das tuas linhas de pensamento é que desfiam-te a alma. Um dia vais ser só bolas de cotão.

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